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S/n LaRusso
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— Vamos? — Meu pai me pergunta.
— Fazer o que né.
Entramos no carro passamos na casa de Keene e fomos para o dojô.
— Wow — O Robby diz assim que meu pai tira em negocio preto de cima do carro — O senhor Miyagi te deu isso?
— Deu. Melhor presente de aniversário — Meu pai responde — Não tenho tido muito tempo para cuidar dele como ele merece.
"Mas é um carro" penso comigo mesma fazendo uma careta.
— Vejo uma lata de cera no meu futuro.
— Relaxe, temos muita coisa pra fazer antes disso.
(...)
— Você vai mesmo me obrigar a fazer isso? — Reclamo pela decima vez — Se soubesse que tinha vindo para trabalhar, teria ficado em casa assistindo série.
— Vai valer a pena no final, confie em mim.
Meu pai é mesmo inacreditável, pego uma lata de tinta azul e começo a pintar as paredes com Robby.
Ele parecia super experiente fazendo aquilo, e estranhamente atraente.
Balanço a cabeça em sinal negativo para afastar os pensamentos e volto a pintar.
Assim que terminamos, meu pai e Keene começam a colocar algumas cercas, enquanto eu apenas observava, e ria quando alguém sem querer dava uma martelada no dedo, ou ganhava uma madeirada.
Depois fomos lixar o chão, que estava sendo super chato, por quê já tinham entrado umas quatro ferpas no meu dedo.
— Círculos maiores — Meu pai aparece segurando uma caixa, e nós fazemos o que ele manda — Isso maiores, e lembre-se inspire e expire.
"Não, imagina, vou parar de respirar" penso e reviro os olhos, dando uma risada em seguida.
— Rindo sozinha? —Robby pergunta.
— Obvio que não, não está vendo o Jabiroco aqui do meu lado? — Respondo debochada.
— Tá, já percebi que não está pra papo.
— Não, desculpa, é que eu realmente preferia estar fazendo coisas mais interessantes.
— Deixa eu adivinhar saindo com seus amigos?
— Talvez.
— Veja pelo bom — Eu o olho confusa — Você tem minha companhia.
— Ah sim, claro, que belo lado bom.
— Claro que é.
Eu solto uma risada, e pego uma pedrinha jogando no mesmo em seguida.
— Ai — Ele coloca a mão no lugar acertado.
— Bem feito, agora vai trabalhar.
Nós rimos e voltamos a lixar a madeira do chão.
(...)
Já tínhamos desencapado e encerado os carros, passado verniz nas cercas, e meu pai havia mandado eu e Robby colocarmos umas plantas em uma plataforma que tinha no lago?
Eu realmente não sabia o que era aquilo.
— Eu não vou entrar lá, vai molhar toda a minha roupa.
— Um pouquinho de água não faz mal filha.
— Não, não e não, aliás, você nem sabe quando aquela água foi limpa, pelo visto nunca.
— Tá, vem Robby eu te ajudo — Eles entram naquele negocio sujo.
Terminam de colocar e voltaram para as berradas.
— Me ajuda aqui — Keene pede estendo a mão.
— Acha que eu sou trouxa — Me aproximo.
— Sim — Em um movimento rápido, ele puxa minha mão, me fazendo cair na água.
— Seu filho da puta.
— Ei, olha a boca — Meu pai diz segurando a risada.
— Isso não teve graça — Jogo água no mesmo — Idiota, agora estou toda molhada, por sua causa — Aponto para Robby.
— Podia estar molhada de outro jeito — Keene sussurra, mas eu escuto, e solto uma risada.
— Pervertido — Sussurro de volta.
— Saiam logo daí — LaRusso fala na porta.
— Em que momento ele saiu?
— Boa pergunta.
Robby saí primeiro, me ajudando logo depois.
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Daddy Issues
FanficUma menina, um menino, ambos com problemas com o pai. Totalmente diferentes, mais uma coisa em comum, karatê, que os fez despertar interesse um no outro.