Poema 3

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Quem eu sou nada tem a ver com meu comportamento,
Continuo sendo gentil, esperançoso e ingênuo.

Vocês me abominam como se eu tivesse feito algo,
Mas não são vocês que me chamam de diabo?

Gritando nas ruas que devo queimar no inferno,
Como te conto que se eu for, você estará perto?

Se por ser um garoto, sou um monstro,
Qual seria sua sentença, sendo um monstro escondido na pose de bom moço?

Ah, sim, você vai à igreja aos domingos,
Reza para Deus iluminar seus caminhos.
Isso é o que basta para ir aos céus?
Ele te ouve querendo matar seu filho?

Você me olha e diz que um dia um garoto me colocará no caminho certo,
Quando entenderá que não preciso de alguém, muito menos de concerto?

O que vê de tão errado em mim?
Onde mora o problema?
É porque não sou quem você queria?
Porque não sou sua garotinha?

Eu gostaria que se preocupasse com minha vida no mesmo tanto que a ameaça.
No fim continuo vivo, apenas por medo de fazer a escolha errada.

Quando tudo acabar, te deixo fingir que sente muito,
Estarei observando seu falso luto, enquanto mente dizendo que se arrepende.

Oi, qual o/os pronome/s de vocês?

Sabe, eu sei como é difícil viver situações como essas, onde não são aceitos, e digo, caso queiram conversar, eu estou disponível para todos.

Podemos falar sobre o que estão sentindo, o que estão pensando, ou eu posso encontrar um assunto legal para te distrair.

Fiquem bem, anjinhes.

↪21/03/21↩

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