Irmãos á Deriva

A Carta de Katsuna

   Foi em uma noite calma onde os únicos sons que podiam ouvir era os grilos e sapos, a lua iluminava o local e havia muitas estrelas no céu, e no teto do Palácio imperial, estava uma moça com aparência de trinta e um anos, estava sentada com um kimono japonês e uma folha enquanto escrevia no mesmo, escrevia de forma apressada e sempre olhava para os lados até que nessa hora alguém aparece do lado dela:
- irmã, pode me explicar oque está acontecendo?
A moça teria o nome de Katsuna rapidamente olha para o lado e vê sua irmã parada olhando ela com seus olhos negros de yokais, e logo se assustava com a fala da outra moça e logo ficava ofegante:
- que droga Yumi! quase me matou de susto.

A mulher parada ficava mais confusa com a sua irmã, até que pergunta de novo:
- Você andou estranha desde que o nosso pai recebeu aquela carta de um dos missionários dele, oque aquilo tem haver com você?
Disse ela se sentando ao lado de sua irmã:
- Hum... tem muita coisa que não contei pra ninguém desde que cheguei á anos atrás.
Disse Katsuna enquanto observava as estrelas que brilhavam pelo céu:
- Coisas? Que coisas?

Perguntou Yumi se aproximando da mesma, mas isso fez com que a jovem ficasse mais nervosa:
- pode contar, eu não vou contar pra ninguém eu juro.
Yumi disse como uma forma de acalmar sua irmã, e isso faz com que a outra solte um suspiro e falar bem no ouvido da outra:
- Os humanos ainda existem...
A garota ao lado logo se espantava com a resposta de sua irmã e olhava em seus olhos e gaguejava:
- C-como assim..?
Perguntava ela de forma gaguejante como se estivessem correndo algum tipo de perigo, assim a outra mulher olha para a carta que escrever:
- Em Garden Wall, vive uma família de um homem adulto, uma senhora e duas crianças, os três são diferentes do fato de serem bem fortes tipo a senhora, ela possui um belo conhecimento com magias. Ontem, o papai recebeu uma carta que o fez ele ficar espantado e quando eu li, descobri que o povo de Delendil foi libertado por três humanos poderosos, isso porque um yokai disfarçado entrou lá e viu que uma das crianças tirou a máscara revelando a identidade para uma hollow, agora ele está planejando uma emboscada e matar essa família... essa carta é um pedido para eles fugirem da região pois eles são importantes para mim, principalmente os meninos.

A jovem que ouvirá o motivo de tanta pressa de sua irmã logo olhava de modo inacreditável:
- Mas porque? Porque eles são tão importantes assim?
Katsuna arregala os olhos com a pergunta de sua irmã, mas logo a olha nos olhos e solta um sorriso animador:
- Aquelas crianças que falei... são meus filhos.
Um grande silêncio se alastrou pelo local Yumi apenas a olhava com a boca aberta:
- S-seus filhos?
A moça concorda com a cabeça e logo depois olha para ela com um olhar meio ameaçador enquanto a mesma se assustava:
- C-calma, eu não vou contar pra ninguém eu juro, mas porque não contou pra ninguém?
Katsuna então suspira e se deita nas telhas respondendo a sua irmã:
- Oque você acha que o pai faria se soubessem que existem humanos vivendo em Garden Wall?
- Bom, é bem provável que ele pode matar eles, mas oque você escreveu ai?
Ela da a folha para Yumi e ela lê com atenção e enrola a folha de novo e devolvendo para sua irmã
- Talvez seja uma boa ideia para manter eles vivos, mas você não vai sentir falta deles?

Katsuna olha para sua irmã e responde com um tom de tristeza:
- Claro que vou... vou mandar o nosso corvo enviar para eles.
Yumi logo se impressiona com a decisão da mais nova:
- o Barakamon? Vai confiar um dever tão importante nele?
- não me resta outra alternativa, eu até pensei mandar um bakeneko entregar, mas achei melhor não.
A mais velha logo olhava preocupada para a sua irmã mais nova como se a olhasse como uma forma de querer conforta-la.

Ambas ficaram deitadas olhando as estrelas que se podiam ver pelas telhas do palácio imperial até que Yumi se levanta e volta para seu quarto dando tchau para sua irmã, Katsuna ficou lá apenas pensando sobre seus filhos que ela só viu quando tinham apenas seis anos, mas também pensava sobre seu marido e sua sogra. Um corvo chega e pega a carta de Katsuna a levando embora enquanto a mesma observava ele indo:
- Vou sentir saudades... Roger e Jonatha.