Objetos Perdidos.

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"pov. Klébio: tesouros. o que isso significa? ouro, dinheiro, diamantes... mas nem todos os tesouros valem milhões. os tesouros emocionais valem muito mais.
minha mina de tesouros atual em São Paulo é uma figurinha colada na contra-capa do meu diário e umas florzinhas no bolso da minha jaqueta. sim, eu aparentemente estou apaixonado pelo meu melhor amigo."

/a noite de ontem foi divertida. bebida, karaokê, amigos. acabou em filme e pipoca na sala. mais tarde, quando todos foram embora, cris e klébio foram se deitar. colocaram pijamas e klébio retirou as flores do bolso da jaqueta e colocou-as em cima da mesinha do lado da cama.
Cris em seu quarto, estava maratonando uma série qualquer pelo celular antes de dormir.
Klébio estava atualizando as redes sociais.
meia-noite no relógio. Cris cansado, desliga o celular para ir dormir, amanhã terá de levantar cedo.
Klébio inquieto em seu quarto, só queria alguém para desabafar sobre seus sentimentos confusos. mas ele tem alguém. ele tem algo.
klébio puxa seu diário debaixo do travesseiro, pega na bolsa alguns materiais de escritório e umas fotos que achou junto. O dia teria sido especial o bastante, merecia uma página detalhada. cada palavra expressando sua confusão e sentimento.
se levantou da cadeira, trancou a porta para que não corresse o risco de ser descoberto e foi escrever.

se levantou da cadeira, trancou a porta para que não corresse o risco de ser descoberto e foi escrever

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ao final da página, olhou aquilo.
as fotos, os desenhos, as palavras, a figurinha e os detalhes.
se questionou mais de uma vez se deveria invadir, no meio da noite, o quarto de cris para contar tudo. mas, o que cris pensaria? com certeza, ele não estava sentindo o mesmo.
ser gentil, doce e amigável, não significavam nada mais do que ter boa educação. o sono veio arrastando o corpo do garoto até a cama.
ele pegou seu diário e colocou sob seu travesseiro.
a noite foi longa.

/logo de manhã...

pov. Cris: após o despertador ter percorrido os interiores do meu ouvido, em plena manhã, me levanto para banhar. levo a roupa adequada para ir ao trabalho e me visto no banheiro mesmo. Klébio sabe que vou trabalhar, por isso vou chama-lo para tomar café comigo. caminho até a porta de seu quarto e tento abri-la. ele trancou essa noite. dou três batidas nela na esperança de acorda-lo.

k: "humm... o que?" - escuto ele resmungando.

c: "vem tomar café, vou sair daqui a pouco." - respondo.

vou até a cozinha e aguardo que ele se chegue.
lá vem ele, com o cabelinho bagunçado e a carinha de sono.

k: "bom dia, cris. dormiu bem?"

c: "bom dia, sim e você?"

k: "até que sim."

c: "por que trancou a porta hoje?"

k: "ahm... amor... próprio?" - responde com uma expressão um pouco amedrontada.

c: "hahahaha, mas geeente."

k: "conheça o seu corpo, sempre digo isso."

c: "mas você já conhece o seu."

k: "aaah, tem partes ainda não exploradas."

O Diário Secreto de KlébioOnde histórias criam vida. Descubra agora