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Na renomada e conservadora Universidade Augusto dos Anjos, o professor Alex Carvalho vê sua reputação e carreira em risco devido à vida de solteiro precedida por alguns escând...
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Alana agradeceu quando a apresentação do trabalho de Legislação em Comunicação acabou. Assim que sua turma foi dispensada, ela enganchou o braço no braço de Viviane, sua amiga desde o primeiro semestre da faculdade, e rumou para a galeria da universidade.
O pátio, repleto de mesas, lojas, lanchonetes e restaurantes, fervia de estudantes indo de um lado ao outro.
Após Alana se servir com a comida do bandejão, elas escolheram uma mesa embaixo de uma árvore, e se sentaram junto com Pablo e Renato, seus dois amigos que cursavam Direito.
— Você discutiu mesmo com a velha Caprini durante a apresentação do trabalho, Vivi? Tipo, ferozmente? — Pablo perguntou, segurando os hashis. Pelas contas de Alana, fazia quase um mês que ele só almoçava comida japonesa, que ele comprava em um dos restaurantes da galeria.
— Eu só estava debatendo com ela.
— "Ah, professora, mas isto não está certo! Ditadora maldita!" — Alana se transformou de repente, imitando a voz de Viviane e apontando para o nada com os olhos arregalados.
Pablo estourou em uma gargalhada, o sushi que segurava com os hashis escapulindo e voando até o copo de refrigerante de um cara da turma de Educação Física, na outra mesa.
— Meu Deus, você chamou a velha Caprini de ditadora maldita! — Renato bateu na mesa, os olhos lacrimejando enquanto ria sem parar.
Viviane torceu o nariz, concentrando-se em mordiscar seu sanduíche integral; Alana tinha certeza de que, embaixo dos cachos dos cabelos dela, suas orelhas estavam avermelhadas.
— Faz tempo que aquela velha arrogante tem me deixado no limite — Viviane replicou.
— Calma, Vivi. — Alana lhe deu um sorriso amigável. — Só estamos pegando no seu pé. Foi hilário.
Ela deu de ombros e ficou em silêncio.
Alana franziu o cenho, estranhando o comportamento da amiga. Na maior parte do tempo, Viviane levava tudo na brincadeira, assim como todos eles. Talvez ela tivesse ficado irritada mesmo com a professora.
Com um suspiro, Alana abriu a boca para pedir desculpas; antes que pudesse falar qualquer coisa, Viviane se levantou de supetão, ajeitando a alça da mochila no ombro.
— Aonde você vai, dama defensora dos estudantes de Jornalismo? — Pablo brincou. — A galera de Direito precisa aprender a mostrar as garras como você.
Viviane se virou, dando as costas para eles.
— Tenho que ir até a biblioteca devolver um livro.
— Ei, você pode devolver esse livro para mim, por favor? — Alana perguntou enquanto abria a bolsa; mas, ao erguer os olhos, Viviane já havia desaparecido no meio dos outros estudantes.
