~My Kidnapper~

Capítulo 9

Five's pov

 Houve duas emergências de uma só vez, um assalto à banco envolvendo reféns e uma denúncia de perseguição, aparentemente não sabem o motivo, mandei todos os idiotas resolverem o caso da perseguição enquanto eu ajudava os reféns, já que estava na cara que era um trote ou uma brincadeira de mal gosto, e eu não quero nem imaginar o que eu faria se alguém dissesse pra mim que fui até aquela cidade que fica lá na **** *** ***** por motivo algum. Eu acho que a denúncia era pra distrair a gente enquanto tentávamos resolver duas coisas ao mesmo tempo.

 Os idiotas do banco eram iniciantes, resolvi fácil fácil trocando a arma na mão de um dos dois homens por uma régua, dando um tiro certeiro numa das pernas de cada um e prendendo duas mulheres cúmplices no lugar dos reféns. Foi entediante, quase dá vontade de brincar um pouquinho com a comissão só pra ter ação de verdade. Entediante ao ponto de um garoto de cabelo cumprido sair correndo como se ninguém tivesse visto e eu acabar deixando ele ir, a polícia já estava ali mesmo.

 Volto pra casa por teletransporte, e, é óbvio, ninguém está lá, eles vão demorar algumas horas pra perceber que não tinha nada acontecendo de verdade e mais várias voltando de ônibus pra casa. Eu é que não vou lá buscar eles.

 De repente uma ideia me ocorre: por que eu não deixo a S/N sair um pouco? No primeiro momento não levo a ideia em consideração, mas o “por que não” em minha mente vai ficando cada vez mais alto, quando percebo estou trancando todas as portas e janelas e bloqueando a passagem de todos os cômodos que não quero que ela entre. Me transporto para o porão quando me dou por satisfeito e dou de casa com uma S/N seminua, usando apenas a lingerie preta rendada que comprei pra ela. Estudo seu corpo de cima a baixo, é... tenho que admitir que o sutiã coube perfeitamente em seus seios fartos, e tanta pele assim amostra... tento demonstrar indiferença, afinal, foi só um incidente, e me viro para a parede enquanto a garota se veste.

 - Eu, tava pensando...

 - Ah, isso é uma novidade. - A garota me interrompe e provoca.

 - Tá bom, eu ia dizer pra irmos lá pra cima mas já que você me irritou então...- Sabia que despertara a atenção de S/N. Simplesmente dou de ombros e finjo ir em bora.

 - Não, não, não.- A garota corre e se atira em minha frente, impedindo minha passagem. - Qual é Five, eu tava brincando, não vamos levar pro lado pessoal.- A mesma abre um sorriso “inocente” - Agora, isso que você falou é sério?

 - Como eu estava dizendo...- Recomeço logo depois de assentir, lanço um olhar acusatório em sua direção e a mesma revira os olhos, minhas unhas cravam nas palmas de minha mão, só pra não ser no pescoço dela. - Eu estava pensando, meus irmãos não estão na mansão, estão resolvendo uma missão, e eu, como sempre, sendo incrível do jeito que sou, terminei minha parte primeiro, e eles ainda vão demorar um pouco, e você não sai daqui a mais de um mês pra falar a verdade. - exagero um pouco nas explicações, como se eu tivesse que me explicar pra ela. A garota me encara.

 - Five, você tá doente? Febre? Ou sei lá, uma gripe? - A mão direita da garota vai em direção à minha testa, mas pego seu pulso antes e a puxo pra perto de mim.

 - já vou logo avisando, a casa toda está trancada, e se tentar qualquer gracinha, eu mesmo mato você - sussurro em no ouvido da garota da maneira mais ameaçadora que poço com a proximidade de seu corpo e nos transporto para a cozinha, antes que ela tenha a chance de retrucar.

 - Tá com fome? - Abro a geladeira, revirando-a.

 - Pra ser sincera, sim, que horas são aliás?

 - Três e meia da tarde. - tiro a pasta de amendoim, os marshmallows e o pão de forma, colocando os ingredientes todos na mesa onde S/N estava sentada. Pego também suco de laranja porque infelizmente nem tudo combina com café. Começo a preparar dois sanduíches de pasta de amendoim e marshmallows, exito por um milésimo de segundo, já que cozinhar para a minha refém na cozinha da minha mansão não estava lá na minha lista de coisas pra fazer antes de morrer, mas ignoro o pensamento, não posso dar uma faca à essa garota.