Prólogo

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Sabem aquelas raparigas que conseguem ser muito normais, com uma vida tranquila e super aborrecida? Com uma família unida, daquelas que fazem lembrar os anúncios das televisões ou os filmes americanos. Os pais amam-se, têm filhos, não têm problemas e são unidos para toda a vida. Pois, não sou uma dessas raparigas nem tenho uma família modelo.

Adorava ser assim. Adorava ter uma mãe e um pai que se amassem, que me amassem. E adorava viver uma vida tranquila, com a única preocupação de estudar e ter boas notas. Queria ter o que toda a gente tem e não valoriza.

O pior é que já tive o sabor dessa vida. Já tive uma família que se amava e uma vida tranquila. Agora, sou só eu e o meu pai. O que não está mal, não fossem todas as contas que há para pagar apenas com o que o meu pai recebe a trabalhar numa oficina de carros. E, por isso, o meu futuro também é muito incerto. Adorava ir para a universidade. O meu sonho sempre foi ser bibliotecária. Adoro o silêncio das bibliotecas e o cheiro dos livros. Traz-me paz. Mas, não sei se algum dia poderei seguir o meu sonho...

Quem sabe eu consiga ganhar uma bolsa de estudos. Quem sabe eu consiga por toda a minha vida atrás das costas e começar de novo. Ou o meu passado vai atormentar-me para sempre?

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