Siren

Siren - Três

Boa leitura mochas :*

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Na água havia um homem jovem e belo, com apenas a cabeça e um pouco dos ombros nus para fora, através da água cristalina e imóvel era possível ver uma grande cauda de peixe vermelha, assim como os olhos do... sereio? O garoto não tinha ideia de como se chamava uma sereia homem.

- Que falta de respeito de minha parte não me apresentar - disse o rapaz diante da cara de choque do menino de olhos bonitos, e vendo que o garoto parecia não saber como reagir ele moveu sua cauda e se aproximou da borda pouco alta da ilha - eu sou Tom, o Rei de Hogwarts, e você? Sabe falar ou as gaivotas comeram sua língua?

Ainda sem acreditar totalmente no que via, Harry respondeu em voz baixa.

- Harry, meu nome é Harry.

- Então diga-me, Harry, o que faz em meu precioso reino? E não minta pra mim, eu saberei.

O timbre da voz de Tom era aveludado e  hipnotizante, e sem perceber o garoto deu alguns paços em direção a ele.

- E-eu... entrei sem querer.

Tom deu um sorriso de canto que deixou Harry sem fôlego e apoiou os braços na superfície da água como se ela fosse sólida, tirando um pouco mais do corpo definido para fora dela.

- Harry, Harry, eu disse para não mentir para mim, vamos, seja um bom garoto e me olhe nos olhos enquanto diz a verdade.

Harry se focou nos olhos vermelho sangue e com a cabeça leve se aproximou mais da borda da ilha, agora cerca de cinco pequenos passos o separavam das águas vítreas.

- Eu queria provar pra eles que tinha coragem.

- Oh, pobre Harry, eu sei que você tem coragem, não liguem para o que dizem sobre você.

A voz parecia ronronar em seus tímpanos e os lábios avermelhado eram como um lindo céu estrelado, o cabelo molhado no rosto, os olhos vermelhos com pontinhos azuis, as mãos macias, que agora tocavam ambos os lados de seu rosto (ainda que ele não se lembrasse de quando se agachou na borda do mar).

- Isso Harry, me mostre o quanto é corajoso, venha.

Acenando positivamente com a cabeça, Harry fechou os olhos e sentiu lábios gelados se moldarem aos seus, então uma língua também gelada dançar com a sua, e em poucos segundos, água, que lentamente ia cobrindo seu corpo da cabeça aos pés, como se ele mergulhasse lentamente em águas geladas. E depois disso, escuridão.