redenção

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Tusso freneticamente tentando
liberar minha passagem de ar que
agora está bloqueada com purê
de batata. O esperto viu eu pegar
o canivete, porém nāo disse nada
até agora, claramente para ver o
que eu faria, ou está apenas me
testando, mas a primeira opção é
a mais provável, pois ele foi muito
especifico ao dizer que peguei um
canivete.

Consigo recuperar minha
respiração e ela volta ao normal,
e com isso digo plena bebendo
meu suco tentando não surtar de
pânico.

B: Se viu que eu peguei, por que
não fez nada?

Ele me imita tomando um gole de
sua bebida também me fitando
através de sua taça.

C: Estava me divertindo com
você achando que estava mne
enganando e poderia apostar que
já tem até um plano de como me
matar.
Me diz, pretende fazer isso como?

Engulo seco e uma gota de suor
percorre o caminho da minha
fonte. Droga, mil vezes droga, ele é
o que? Telepata? Eu poderia tentar
mata-lo agora, já que ele descobriu
tudo, mas seria muita burrice.
Pensa Babi, pensa!

B: Você acha mesmo que vou te
Contar meu plano maligno?

Arrisco brincar um pouco, devo
estar louca de vez para fazer
piadinha uma hora dessas sobre
meu plano de matar um assassino
psicótico com o próprio assassino
em questão. Meu corpo se retesa
quando o vejo se levantar e vir até
mim. Não ouso sequer respirar
direito quando sinto suas māos
sobre meus ombros.

C: Acho que você enfiaria a
lâmina toda de uma vez, fundo e
com força bem aqui- ele passa
o dedo no lugar e um calafrio
percorre todo meu corpo por iss0
e pelas palavras com segundas
intenções, ou pelo menos eu acho
que teve segundas intenções, ou
apenas estou louca de vez.- em
minha jugular, ou, você poderia
também dar um golpe certeiro
em meu abdômen--ele explica
tudo descendo a mão para o local
indicado e alguma coisa começa
consumir minha insanidade.-
No entanto, você não executará
nenhuma dessas ações.

Dito isso, seus dedos traçam o
caminho da borda da minha
calcinha, enfim colocando os
debaixo do tecido e pegando o
canivete lentamente fazendo
uma leve pressão com o objeto na
região do meu clitóris, tentei ao
máximo me controlar, mas é como
ação e reação, a lei da atração,
e não consigo conter um leve
arqueio.

B: Oh Deus!

C: Deus não pode te ajudar agora
garota levada, eu te disse para não
fazer nada estúpido, e que teria
consequências.

Suas palavras ditas em meu
ouvido, e essa voz gostosa dos
infernos me fazem estremecer,
não consigo distinguir se é efeito
do medo ou de desejo. Céus, juro
que não controlo isso, na verdade,
desde que esse homem colocou os
olhos em mim não controlo nem
meus pensamentos.
Ele se afasta e estala os dedos, logo
em seguida faz o mesmo com o
pescoço.

C: Levanta!

Sua voz sai autoritária e não tenho
outra opção a não ser obedece-Ho.
Me levanto lentamente, meus
olhos estão cravados em seus pés,
mas alguma coisa, atrai meu olhar
para cima, até eu me ver extasiada
outra vez, pelos olhos cinzentos e
misteriosos deste homem insano.
Sem ao menos eu perceber, em um
movimento rapido, ele me pega em
seu colo e mais uma vez, me falta
a voz.

Ele caminha parecendo não ter
o mínimo de dificuldade e então
começa subir uma escada de
madeira. Observo seu rosto de
perto, e por incrível que pareça,
ele parece ainda mais lindo,
percebo seu maxilar cerrado com
força, seus olhos vazios olhando
para a direção de uma porta,
que agora se encontra a alguns
centímetros de distancia.

Senhor Sequestrador (Add BABICTOR)Onde histórias criam vida. Descubra agora