Capitulo 4

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Estação de trem King’s cross, Londres

 Londres trazia uma sensação diferente em Samantha, em vez da atmosfera clássica, fria e elegante que todos sentiam. Nela, Londres provocava calor, fúria, medo, lembranças ressurgiam nessa cidade e fantasmas do passado a perseguiam a cada passo. Era como se toda sua vida passasse diante de seus olhos ao respirar aquele ar. Mas ela estava mais que decidida a ir em frente, ia dar tudo certo, mesmo sem o conforto de ter Leonel por perto, tinha que dar tudo certo.

Ela olhava pros lados o tempo inteiro, era como se todos fossem suspeitos, como se todos fossem maus, estava atordoada. Havia passado muito tempo desde que fora embora de Londres, mas ela ainda podia lembrar com clareza dos detalhes daquela cidade, daquela estação de trem.

Pegou suas malas e dirigiu-se ao local onde ficavam os cofres da estação, tinha uma chave que recebera quando pequena e lembrou-se do que ouviu a respeito dela e sabia que abria um dos cofres daquele lugar. Procurou pelo numero correspondente àquela chave e a colocou com cuidado na fechadura e girou obtendo êxito em abrir o cofre. Observou com cuidado a caixa de madeira que havia ali dentro, pegou-a com cuidado e colocou dentro de sua mala, depois, com calma e segurança examinaria o conteúdo dela.

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O apartamento que alugara, era simples, não queria chamar tanta atenção como fizera na Rússia, ali ela teria que ser mais cuidadosa, mais discreta, ou seu plano não iria funcionar. Primeiro ela queria investigar, conhecer sua alvos, descobrir suas fraquezas, pra depois usá-las contra eles.

Após desfazer as malas, tomou um longo banho e sentou-se na cama, com seu Macbook e a pasta que recebera na Hungria, abriu a pasta e espalhou os papéis sobre a cama, ali estavam seus novos documentos, algumas informações sobre seus alvos, mas uma coisa chamou muito a sua atenção: havia muito sobre dois e quase nada sobre o terceiro, era como se um deles fosse um fantasma, apenas constava sua existência, mas não havia foto, nome nem endereço, nenhuma informação sequer.

Resolveu começar por seus novos documentos, agora se chamava: Melanie Marshall, filha de Lena Kooper Marshall e Conor Marshall, família de classe média baixa, da pequena cidade de Morpeth quase divisa com a Escócia, seus pais faleceram num incêndio quando ainda era pequena, apenas ela sobreviveu e foi criada por uma tia chamada Meggie Kooper, que morreu quando Mel ainda era adolescente deixando-a pobre e sozinha. Melanie dançava em boates para sobreviver, nunca foi à faculdade. Essa era sua nova história, a história na qual todos deveriam acreditar até chegar a hora certa. Seu novo emprego era dançarina na Stringfellow’s Gentlemen’s Club, um bar de strip-tease no centro de Londres, esse club aparentemente tinha apenas shows de strip-tease para homens, que pagavam caro para ver mulheres lindíssimas tirarem a roupa e dançar, e Sam, ou melhor, Melanie era a nova dançarina do club.

Pronto, seu novo caminho estava traçado, agora ela precisava saber mais sobre os culpados de ter voltado a Londres depois de tanto tempo. Observou novamente os papéis e reconheceu a fotografia e o nome do rosto presente nela: Joseph Frank

Imediatamente digitou no google o sobrenome Payne, imediatamente apareceu a foto de uma família linda, rica e aparentemente feliz. Sam pôde reconhecer Joseph Frank e ver sua esposa Dayane Frank, uma mulher elegante, seria, com ar misterioso, a intuição de Sam imediatamente a fez sentir que deveria tomar muito cuidado com essa mulher e viu também seu lindo filho Liam Frank, alto, lindo, com olhar doce e se perguntou se ele realmente estava envolvido naquilo tudo e se merecia o que estava por vir, mas a voz de seus sonhos a fizeram focar e seu plano, descobrir o ponto fraco da família Frank.

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