Capítulo 06

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Irene prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto e ajeitou a jaqueta de couro se olhando no espelho

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Irene prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto e ajeitou a jaqueta de couro se olhando no espelho. Fazia algum tempinho que havia caçado, tanto que seus olhos já escuros rodeados levemente por olheiras era a prova, e não gostava de bobear ficando muito tempo sem se alimentar.

Mesmo tendo mais de cem anos, não abusava do seu autocontrole.

Ao abrir a porta do quarto, deu de cara com Demetri e Alec passando pelo corredor na mesma hora.

— Vai sair? — questionou o Volturi rastreador observando as roupas pretas da vampira.

— Caçar.

— Ótimo! Já ia te chamar para sairmos. Chama a sua amiguinha híbrida, vamos ir atrás de alguns humanos. Isto é…se você conseguir ter o mesmo ânimo de antes. — ele sorriu debochado.

E Irene riu da mesma forma.

— Está me desafiando Volturi? Perdeu a noção do perigo? 

— Não sei, está encarando como um desafio, Revelvet?

O olhar de desafio de ambos era mortal, mesmo sendo apenas uma brincadeira entre ambos que vinha desde a época que Irene era recém criada.

— Então, desafio aceito. Vamos chamar a Katherine.

— Alec pode fazer isso, não é mesmo? — Demetri se virou para o outro vampiro com um sorriso malicioso como se soubesse algo a mais — Vai lá Alec, e vê se volta logo e não se perca no caminho de tanto olhar para ela.

— Você é ridículo.

O irmão de Jane saiu pelo corredor rapidamente, fazendo Irene olhar desconfiada para o garoto e em seguida para Demetri.

— O que foi que eu perdi?

— Alec está gostando de Katherine.

— Sério?

— Ele não fala isso, mas ouvi ele conversando com Jane indiretamente uma noite na biblioteca, não precisei pensar muito para saber que estava falando dela. Não temos muita novidade em Volterra, só uma vez que os Cullens vieram aqui.

— Cullens?

— É. Um clã que mora na América do Norte, provavelmente o segundo mais numeroso depois do nosso, que gosta de viver tomando sangue de animal. Um deles, Edward, nos procurou querendo morrer porque la tua cantante havia morrido na época. Mas ela veio aqui salvar ele, e obviamente precisamos declarar que ela deveria virar vampira.

— Porque ela sabia do segredo.

— Exatamente. E ela virou, mas os Cullens gostam de problemas, e eles tiveram uma criança na época meio humana e meio vampira. Recebemos uma denúncia de início que a criança era uma imortal.

— Mas não era.

— Só tiramos a prova quando fomos lá, e descobrimos que existem mais crianças desse jeito pelo mundo. Investigamos cada uma delas.

— E as mataram?

— Não, Aro achou melhor deixá-las viver. Caius não ficou muito contente com isso.

— E você ficou?

Demetri deu de ombros.

— Não me importei muito, contanto que não acabe revelando nossos segredos pelo mundo, acho que elas podem viver — o Volturi finalizou apontando com sua cabeça para Katherine e Alec que estavam vindo pelo corredor — Caso contrário, ela não poderia.

A Revelvet olhou para Katherine notando o quão diferente ela parecia, não fisicamente porque ela já havia chegado na idade adulta e não mudaria, mas era como se ela estivesse radiante, como se a qualquer momento fosse brilhar. E o Volturi estava quase da mesma forma.

O que automaticamente a fez lembrar de alguns livros que havia lido sobre as ancestrais de Katherine, em que, quando a bruxa encontra a sua ligação, até mesmo a sua magia não seria capaz de manipular a pessoa e sim protegê-la, porque a pessoa estava destinada a ser inteiramente dela.

Isso seria mesmo possível? Seria Alec?

— Podemos ir? — Demetri a despertou dos seus pensamentos. 

•••✦•••

O vento e o ar fresco batendo nos cabelos de Katherine jogando-os para trás fazia a garota sentir um pouco de liberdade, o total oposto de quando estava nos muros do castelo do clã italiano. O pequeno grupo havia ido para um local bastante afastado, caçando algumas pessoas que Demetri alegou não fazer falta para ninguém.

— Vamos logo gente, vocês são molengas.

— Estamos deixando você andar na frente mocinha! — Demetri falou, poucos metros atrás dela, ao lado de Irene e Alec — Ela sempre é energética assim?

— Na maioria das vezes. — Irene respondeu.

— Para mim parece ser sempre — resmungou Alec vendo Katherine soltar pequenos gritos enquanto pulava alto e voltava para o chão, ele até iria reclamar mas a vê-la bem daquela forma lhe fazia bem.

Alguns instantes depois, eles retornaram para o castelo Volturi. Enquanto atravessavam o hall da entrada, e antes que pudessem se dar conta, Katherine havia sido derrubada e imobilizada no chão com as mãos para trás por Felix. Como o Volturi era o dobro do tamanho da híbrida, a garota não tinha como manipular a magia.

Ao menos, por enquanto.

— Mas o que… — Irene foi interrompida quando foi nocauteada e colocada de joelhos sendo segurada no pescoço por dois membros da guarda enquanto outros membros chegavam para o reforço  — O que está acontecendo? Me larguem!

Demetri e Alec ficaram paralisados, o primeiro tentando entender o que estava acontecendo e o segundo dando total atenção somente para Katherine naquele estado, mas antes que pudesse intervir para ajudá-la, Jane surgiu atrás de si segurando o seu braço e balançando minimamente a cabeça em negação.

— Achou mesmo que eu não iria descobrir Irene? Todo o seu plano de chegar aqui e acabar com nós? — Caius surgiu entre os vampiros com um sorriso sádico e olhar furioso — Eu nunca confiei em você, desde que era uma mera humana. E não confio ainda mais sendo uma vampira.

— O sentimento é recíproco — resmungou a Revelvet — Se não queria que fosse uma vampira, por que não foi contra a decisão de Aro e Marcus? Agora, soltem Katherine, ela não tem nada haver com isso. Assumo total responsabilidade de tudo.

— Não acredito em você — Volturi falou irritado voltando sua atenção para os vampiros que seguravam as duas — Tranque-as no mais profundo calabouço.

Irene levantou a contragosto enquanto Katherine praticamente erguida por Felix, a Revelvet mais nova tentava se soltar a qualquer custo mas soltou um resmungo de dor quando o Volturi apertou seus pulsos com força até que fosse ouvido seus ossos reclamarem.

— Não a machuque! — gritou Irene para Felix e olhando ferozmente para o Volturi loiro — Eu vou te matar Caius! EU VOU TE MATAR SEU DESGRAÇADO E JOGAR SEU CORPO NUMA FOGUEIRA COMO FEZ COM MINHAS IRMÃS! NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA!

— Grite o quanto quiser Irene, não vai adiantar. Se certifiquem que elas não sairão de lá — ordenou Caius com um sorriso ainda mais sádico vendo as duas sendo levadas para a parte mais profunda e escura do castelo.

•••✦•••

Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Parece que Caius descobriu as coisas hein, será que a casa caiu? E essa história de que as irmãs da Irene morreram queimadas? Vamos descobrir logo 😉

Me digam o que estão achando, quero saber tudo!

Beijinhos! ✨

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