Epílogo

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Uma grossa nevasca caia do lado de fora da casa, mas o mau tempo parecia ser uma benção para o pequeno clã que após uma longa viagem, descansava em um chalé construído ao pé da montanha que havia no norte da Rússia

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Uma grossa nevasca caia do lado de fora da casa, mas o mau tempo parecia ser uma benção para o pequeno clã que após uma longa viagem, descansava em um chalé construído ao pé da montanha que havia no norte da Rússia.

Fazia quase um mês desde o ocorrido em Volterra, e como dito, nenhum vampiro do clã italiano havia ido atrás deles, porém não significava que eles abaixavam a guarda.

Em frente a lareira que servia mais como decoração do que um meio de se aquecer, o grupo conversava e fazia outras atividades casualmente como se fossem uma velha família. Irene havia assumido automaticamente o posto de líder, mas como o autoritarismo não fazia o seu estilo, tudo era resolvido com conversas ou votações.

A primeira delas era que eles concordaram em manter o antigo estilo de alimentação, tomando cuidado para não chamarem a atenção. A segunda era que eles iriam ter moradia fixa, e que quem quisesse, poderia adotar o sobrenome Revelvet, mas os antigos Volturi acharam melhor que o sobrenome de Irene fosse o novo nome do clã.

Depois de alguns dias na nova residência, Alec contou para as duas vampiras sobre o plano que havia bolado com Jane, Demetri e Felix, onde uma luta sangrenta estava incluída em casos extremos.

— Ainda bem que não aconteceu — Katherine respondeu após ouvir a história — Não sou muito fã de sacrifícios. Um sofre para o outro ficar bem? É loucura.

— Mas foi o que Irene fez por você — Jane respondera.

— Exatamente. E até onde eu vi, você pegou pesado.

— Tive que improvisar — a loira deu de ombros.

— Quer dizer que me torturar não fazia parte do plano de vocês? — Irene perguntou curiosa.

— É óbvio que não — Jane rebateu ultrajada — Não faria isso com você e antes de me culpar, saiba que quem planejou tudo foi meu querido irmãozinho.

— Eu só queria salvar a Kath — Alec levantou as mãos em rendição. A híbrida sorriu antes de dar um beijo na bochecha do vampiro e se aninhar em seus braços.

— O importante é que tudo deu certo — Felix disse um tanto alegre — E ninguém morreu.

— Ainda bem — Demetri concordou — Me pergunto o que aconteceu depois que saímos, não deve ter ficado um clima bom. Será que Aro e Caius saíram no soco?

— Essa é uma cena que eu queria ver — Katherine disse animada e Alec sorriu com a empolgação dela.

O relacionamento dos dois havia evoluído desde a saída de Volterra, e estavam em um estágio que rotularam somente como "namoro", ou apenas amor como Katherine gostava de frisar. Alec tinha descoberto um lado mais leve da imortalidade ao lado da garota, e não visualizava os seus dias sem a companhia dela.

Aproveitando que cada um estava em sua bolha, Irene se levantou da poltrona onde lia e foi até o seu quarto fechando a porta. Sentando-se na penteadeira, a vampira observou os antigos objetos de suas irmãs, que Demetri havia pego para manter em segurança logo após a sua prisão, e fechou os olhos, se deliciando com a lembrança do som da risada das quatro em dias ensolarados.

Assim como ela, suas irmãs estavam livres para seguirem em frente agora.

— Até algum dia, minhas queridas irmãs — ela disse em um tom baixo.

— Toc, toc — Katherine apareceu na brecha da porta, colocando a cabeça para dentro do cômodo — Posso?

— Claro.

A híbrida entrou no quarto da mais velha e parou atrás da mesma, encarando-a pelo reflexo do espelho. A imortalidade conservaria o rosto de ambas da forma que elas viam, nada mais mudaria tanto para Irene quanto para Katherine, mas havia algo no olhar de ambas que estava diferente de todos os anos anteriores.

Paz. Ambas se encontravam em estado de paz que jamais imaginaram que iriam experimentar.

— Deu tudo certo, não deu? — Katherine perguntou, contendo as lágrimas ao saber que Irene pensava o mesmo que ela — Como sempre imaginamos?

Irene assentiu sentindo um nó na garganta, ela sabia que estaria chorando se fosse humana.

— Deu. Tudo certo.

— Eu vou te amar para sempre Irene, e além da eternidade.

A mais velha levantou-se da cadeira e abraçou a garota atrás de si. As mãos acariciando os cabelos soltos da mais nova, que assim como ela, havia perdido sua família e encontrado forças para lidar com a eternidade uma na outra.

— Muito além da eternidade — Irene prometeu — Te amarei para sempre.

••• FIM •••

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