Corria mais uma vez por Musutafu, meu casaco preto mexia com o movimento, o sol brilhava radiantemente no céu, poucas nuvens o cruzavam.
A cidade é bonita, apesar das destruições que os Heróis acabam causando quando estão lutando. Parei de correr quanto cheguei na frente da UA, a maior e melhor escola para a formação de Heróis, daqui a alguns dias começam os exames de entrada.
Não farei esse exame, não vale tanta humilhação para entrar em uma escola. Ainda mais, eu não possuo um poder muito agradável, na verdade, é mais fácil eu morrer por ele do que acabar salvando pessoas. Lembro muito bem da dor que causa apenas para criar uma mísera Katana, mas me acostumei com a dor com o tempo.
A um tempo atrás, percebia alguém me seguindo. Não sei o que queria, mas era difícil não perceber o fogo em seus olhos. Agora, não é diferente. Passei a mão na faixa em meu pescoço, para não deixar suspeito. Me espreguiçei um pouco.
Vi uma luminosidade sair pela porta da escola, coloquei o capuz do casaco e voltei a correr. Eu meio que não gosto de ser seguida, bem, quem gosta? Você acaba não se sentindo confortável, nem em sua própria casa.
Corri em direção a multidão que se formava a frente, passei pelo meio deles, para despistar. Tirei o casaco preto e joguei no lixo, revelando uma camiseta com uma cor mais... amigável.
Parei de correr e entrei em um mercadinho aleatório.
- Bom dia - Disse ao carinha do caixa, não faço a mínima ideia de quem seja, apenas queria ser educada.
Fui em direção as geladeiras e peguei uma água, olhei para trás e haviam luvas, tive uma boa ideia. Peguei alguns salgadinhos que meu colega havia pedido quando voltasse.
Passei e conversei um pouco com o carinha do caixa para enrolar, lá em casa é uma pouco complicado. Um dos motivos de sair todos os dias.
Logo que a fila começou a aumentar, deixei o trabalhador em paz, e peguei o celular para ver a hora, e talvez novas mensagens, tudo bem, não vou atrasar.
Abri a garrafa de água e bebi enquanto caminhava, a multidão continuava na rua dos mercados, ruas completamente lotadas.
Parecia até aqueles festivais otakus.
Caminhei pelas ruas com a postura ereta, mudei meu semblante. Mas ainda sentia a sensação de ser seguida. Minha casa era logo alí, mas resolvi andar mais um quarteirão.
A multidão ia se esvaindo, conforme me afastava, não parecia muito confortável. Aproveitei que uma senhora estava do mesmo lado da calçada.
- Muito bom dia, senhora - Virei para cumprimenta-lá e tentar ver quem estava me seguindo.
- Muito bom dia, pequena - Ela sorri com dificuldade.
Continuei andando, conti a animação, a lâmpada estava me seguindo, sua luminosidade era inevitável de perceber, vi ele sendo parado por fãs quando virei.
Continuei andando, pode não ser ele que esteja me seguindo, na primeira deixa, vou entrar em um desses becos. A sensação continuava, que merda.
- Com licença - Ele pede com sua voz grossa. Parei, deduzi tudo que poderia vir agora, olhei para os lados para encontrar um ponto de fuga, caso seja possível.
- N-Não acredito - Me emocionei - E-Endeavor! Como posso te ajudar, se é que você precisa de ajuda, afinal você é o melhor herói! Pode autografar meu caderno!? - Questionei entregando-o junto de uma caneta.
- Claro - Ele estufa o peito - Como é o seu nome?
- [Nome] - Respondo vendo-o assinar- Muito obrigada! - Sorri animadamente enquanto ele me entrega o caderno e a caneta.
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Lost Game {Todoroki Shoto x leitora}
FanfictionLost Game - Jogo perdido [Nome] Sakusei é uma parente distante de Momo Yaoyorozu, nunca foi de falar com a morena ou com alguém da família, desde que saiu daquele lugar. Quando conheceu um meio a meio, começou a se questionar se o que anda fazendo é...