Capítulo 4

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Miguel

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Miguel

Os dias correram como um flash, entre idas ao médico e cuidados com Apolo o puro-sangue inglês. Aguardava as respostas de determinados patrocinadores que nunca chegavam. Eu me sentia cada vez mais em ansiedade.

— Menino, o telefone não vai tocar se ficar encarando-o.

Dona Cici aproximou-se e se acomodou ao meu lado no grande sofá da sala principal, onde se localizava a recepção.

— Não sei o que vou fazer... — Levei a mão coçando a têmpora, saindo de meus devaneios.

— Eu sei. Vai lá fora, curtir a juventude e esquecer seus problemas. Não deixe a vida passar diante de seus olhos sem agarrar as oportunidades.

Olhei para a direção onde a senhora apontava, sorridente. Vi uma guria de cabelos dourados presos no topo da cabeça, rodeada por crianças descontroladas em volta de si, enquanto estava fazia inúmeras bolhas de sabão gigante. Respirei fundo, e finalmente respondi:

— Como assim "oportunidades"? Eu não entendi. — Me afastei um pouco para vê-la melhor.

— Ah! Você entendeu... — Soou atrevida — Entendeu sim, meu jovem. Entendeu muito bem.

Recebi um tapa nas costas enquanto essa falava lentamente entre risadas e se retirava, me deixando para trás com outro assunto para resolver sozinho.

E o que eu fiz? Às vezes a coroa sacana tem razão. Não sou de arriscar, mas também não posso deixar de viver por conta dos problemas. Nada demais aconteceria entre mim e Analí, apesar de o que há dentro do meu peito desejar isso, não sou um completo imbecil pra acreditar que conseguiria algo com a Guria praiana de cabelos dourados e pele bronzeada. Entretanto, o que impede de uma amizade florescer?

Fui ao seu encontro no gramado, e ao ser notado, e Ana esboçou um largo e traquina sorriso.

— Vamos crianças, prender o tio Jóquei dentro dessa bolha!

— O quê?!

Não tive tempo de raciocinar. As crianças berraram o mais alto que podia, correram ao lado da "tia" que vinha em minha direção com uma espécie de arco gigante que acabara de mergulhar em uma bacia tão enorme quanto.

O sabão colorido flutuou até o topo de minha cabeça e me envolveu. Os sorrisos travessos me encaravam em meio a gargalhadas e "vivas". Então, a bolha estourou...

— Ai!

Como tudo em minha vida é um desastre, essa bela bolha também estoura e respinga em meus olhos, fazendo-os queimar.

— Meu Deus! Miguel me desculpe...

Apenas consegui perceber toda a agitação através da audição. As crianças correram gritando que "a tia Ana, cegou o tio Miguel". E pela imediata sensação do toque que tive em meu rosto, pude deduzir que o barulho que acabara de escutar fora do arco ao cair no chão após ser deixado de lado pela loira.

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⏰ Última atualização: Mar 27, 2021 ⏰

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