Fica, Lance bonzinho!

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.





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  Após Lance se livrar dos recrutas que estavam terminando suas tarefas, tratou de voltar o mais rápido possível para o laboratório de Walter e apressá-lo para terminar o antídoto, mas foi impedido por Joy...

  -Como assim você simplesmente dispensou eles mais cedo, Lance? -Jenkins indagou de braços cruzados na frente do espião, impedindo que este fosse para o laboratório.
  -Ah, Joy! Cortou o cabelo? Porque está lindo! -Sterling exclamou com um sorriso galante e a mulher apenas estreitou o olhar.
  -O combinado era você treinar os novos recrutas e não deixar eles fazendo tarefas sem sentido.
  -Olha, Joy, eu sei que hoje não foi o melhor dos dias, mas não tenho muito tempo agora. Podemos conversar depois? -Perguntou agitado e já passando pela mulher.
  -Parado aí, Lance! -Ordenou firme e o agente parou imediatamente. -Volte aqui, porque eu não terminei de falar. -Disse igualmente firme e o espião fez como mandado, parando em frente à sua chefe e ouvindo as repreensões com cabeça baixa.

  Joy começou um sermão sobre compromisso e responsabilidade, dizendo que Lance deveria ser mais agradecido por não ter tantos trabalhos "difíceis em que o mundo todo corre perigo", pois não era barato dispôr de dinheiro para munição, agentes e destruição de patrimônio público que essas missões exigiam. E o espião apenas ouviu a tudo em silêncio, de cabeça abaixada, e concordando levemente com a cabeça às vezes.

  -Entendeu, Lance? -Joy perguntou e o agente acenou outra vez. -Você é meu melhor agente e isso é ótimo, mas também precisa descansar, sabia? Você pode relaxar em casa ou treinar os recrutas ou ir nas missões "fáceis e sem graça", mas, seja qual for a opção que você escolha fazer, faça até o final e com o mesmo bom desempenho que você tem para as missões mais difíceis! -Falou ainda de braços cruzados e se aproximou do espião. -Tudo bem com você, Lance? Está quieto e isso é incomum de você...
  -Estou bem, mestr- Joy! Joy! Estou bem, Joy! Muito bem! -Exclamou rapidamente ao notar como ia chamar sua chefe e a mesma lhe encarou desconfiada.
  -Você comeu algo estranho hoje? Ou bebeu?
  -Um chocolate estragado... Mas nada que já não esteja sendo resolvido. Não precisa se preocupar! -Falou ao sorrir galante para Jenkins e caminhou na direção do laboratório outra vez. -Amanhã eu compenso com os recrutas! Prometo! -Disse se afastando e a mulher suspirou.
  -É bom mesmo! -Joy exclamou antes de o espião sumir no corredor.

  "Maldito chocolate de cachorro! Espero que o Walter já esteja fazendo esse antídoto!", Lance pensou enquanto caminhava a passos pesados na direção do laboratório, se perguntando porque o local ficava tão afastado do restante, porque, por mais que fosse uma nova unidade da agência, ainda fazia parte da agência. Porém, assim que virou o último corredor para o laboratório, Sterling ouviu um barulho de explosão e lembrou o porquê de ser tão afastado, logo correndo naquela direção, preocupado com Beckett.

  -Walter! Walter, você está bem?? -O mais velho indagou ao entrar no local e ver uma fumaça verde por tudo, mas que logo foi sugada rapidamente por um aparelho na mão do castanho.
  -Estou bem! Estava testando o novo aspirador de bombas de fumaça! O que achou? Foi rápido? Ele não é ótimo? -Indagou animado e mexeu em algumas coisas no novo aparelho.
  -É, é... Incrível. -Lance disse ao se aproximar, sem emoção de verdade. -Mas, então, Walter, o antídoto. -Falou após uma breve enrolação e pegou o aparelho das mãos do mais novo, deixando-o surpreso.
  -Ah...!! Lance, cuidado! Me devolve! -Exclamou agitado, pois Sterling poderia acabar apertando no botão de liberação e deixando toda a fumaça sair outra vez.
  -Você ficou brincando com isso ao invés de fazer o antídoto, é sério? -Indagou levemente incomodado e analisou o objeto, mantendo Walter afastado. -O que esse botão faz? -Perguntou ao ver um botão roxo e, antes que o castanho pudesse falar qualquer coisa, apertou, liberando toda a fumaça no laboratório outra vez. -Opa...
  -Isso que ele faz... -Resmungou e pegou de uma vez o aspirador das mãos de Lance. -E o antídoto já está quase pronto. Só mais alguns minutos. -Falou ao apertar o botão azul e logo toda a fumaça foi sugada outra vez em questão de segundos.
  -Ah, tudo bem, então. E o que isso aqui faz? -Lance indagou ao pegar uma caixinha na mão e Walter se jogou sobre si, pegando o objeto com extremo cuidado.
  -Lance! Eu já falei para não sair tocando nas minhas coisas assim! -Exclamou levando a caixa para o balcão. -E tira essa mão daí! -Exclamou outra vez ao ver o espião esticar a mão para tocar em um cilindro com líquido rosa. -Lance, chega! Vai sentar lá no canto e esperar o antídoto! -Ordenou apontando para um banco no canto do laboratório e o maior foi com a cabeça baixa, olhando para trás por cima do ombro e fazendo cara de cachorrinho abandonado.

  "Não faz essa cara!", Walter pensou com o coração derretendo e suspirou, vendo Lance sentar no banco e ficar parado ali, apenas o encarando esperançoso. "Quanto mais tempo passa, mais o DNA canino se torna presente. Interessante", pensou ao pegar seu bloco de notas e anotou seu pensamento. O castanho foi conferir o antídoto e viu que faltavam apenas mais sete minutos, então decidiu usar o restante do tempo para estudar os efeitos da fórmula em Lance. Beckett pegou uma bola de borracha que estava pensando em transformar em algum dispositivo espião e levantou-a, balançando em uma altura que Sterling pudesse ver.

  -Lance! Quer brincar? -Walter indagou animado e o espião sorriu, acenando com a cabeça, mas logo fechando a cara em raiva e cruzando os braços.
  -Não! E para de me tratar como um cão, garoto! -Exclamou indignado e virou o rosto para o lado.
  -Lance, vamos brincar! Só até o antídoto ficar pronto! -Disse ainda animado e o mais velho lhe encarou com o canto dos olhos, olhando detidamente para a bola de borracha.
  -Grrr! Está bem! -Exclamou levantando-se e parou em pé em frente do banco.
  -Então... Vai pegar! -Walter mandou ao jogar a bola do outro lado do laboratório e Lance correu para pegar o objeto, pulando habilmente por cima dos balcões e desviando das cadeiras pelo caminho. -Ele consegue adaptar as habilidades que já tinha com o instinto canino que tem agora... É realmente incrível! -Falou animado para si e anotou em seu bloco de notas outra vez.
  -Peguei! -Sterling disse animado ao levantar na mão a bola de borracha e correu até Walter, entregando a bola na mão do mesmo. -Aqui! Eu fui bem, não é? -Indagou animado e sorridente e o castanho sorriu, achando fofo o modo como o maior agia.
  -Sim, você foi muito bem, Lance! -Falou com um sorriso animado e Sterling abaixou a cabeça, claramente querendo um carinho ali.

  "Ele assim é tão lindo!", Beckett pensou acariciando a cabeça do mais velho e este lhe abraçou de repente, enchendo suas bochechas de beijos.

  -Hahahaha! Lance, para! Você está me fazendo cócegas! Hahaha! -Walter exclamou rindo ao sentir as mãos do espião tatearem seu corpo. -P-para! Hahaha! Isso faz...! Cócegas! -Falou com a risada mais alta e o maior avançou sobre si, o prendendo contra o balcão de experimentos. -Lance, o que está fazendo? -Indagou ao empurrar levemente o peito do maior e notou o olhar selvagem do mesmo. -Lance? Está me ouvindo? -Perguntou um pouco nervoso e o espião quase babou, apertando seu corpo e explorando com as mãos. -Lance, para com isso! Estou mandando você parar agora! -Ordenou estridente e o mais velho se afastou. -Senta lá no canto e fica quieto até eu mandar! -Disse sério e o maior fez como mandado. -Ufa... Ainda bem que ele obedece... -Comentou para si antes de pegar o bloco de notas outra vez.

  "O DNA canino assume cada vez mais o controle, mas é obediente. Não sei dizer o quanto vai ter da cobaia ou do cão daqui algumas horas. É possível que o cão acabe tomando o controle ou que fique balanceado. Infelizmente não vou poder saber isso hoje, porque o antídoto está nos minutos finais e não quero arriscar danos na cobaia", Walter pensou enquanto anotava cada palavra no seu bloco de notas e ouviu os apitos da máquina onde estava fazendo o antídoto. O castanho foi até a mesma e tirou o recipiente com líquido transparente, balançando-o e vendo-o brilhar, sorrindo animado com o resultado.

  -Isso! -Beckett exclamou e, antes de chamar Lance para tomar o antídoto, anotou o resultado em seu bloco de notas. -Lance, vem aqui. -Pediu e o maior correu animado em sua direção. -Abre a boca e bebe isso aqui, está bem? -Disse ao estender o frasco e o mais velho pegou-o meio desajeitado, mas logo bebeu como pedido. -Deve fazer efeito em alguns segundos. -Comentou com a caneta e bloco de notas posicionados, observando o que poderia acontecer.
  -Você me fez correr atrás de uma bola, Walter! Eu não sou cachorro! -Lance exclamou irritado e o castanho sorriu, logo escrevendo que o antídoto havia sido um sucesso. -E pode parar de me tirar para cobaia?! Eu sou seu namorado, caramba, não seu brinquedo! -Disse ao cruzar os braços e virar se costas para o mais novo.
  -Eu não disse que você é meu brinquedo nem minha cobaia -apesar de eu ter escrito "cobaia" nas minhas anotações... Mas a culpa foi sua por comer o chocolate sem me perguntar nada antes. Eu só aproveitei chance e estudei o que podia. -Beckett falou ao largar o bloco de notas e caneta e caminhou até ficar de frente para Sterling, passando os braços ao redor de sua cintura. -Ei, Lance, o que acha de comermos um lanche? -Indagou com um sorriso caloroso e o espião lhe encarou seriamente antes de descruzar os braços e o abraçar.
  -Você paga. -Lance falou ao abaixar seu rosto, para logo beijar o castanho calmamente.







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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

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