Desejos.

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.



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  Sterling sentiu o coração falhar algumas batidas quando viu Walter voltar ao "normal" -ainda com orelhas e rabo de coelho- e sua primeira reação foi a de cobrir o castanho com a manta sobre a qual o mesmo estava, enrolando-o o máximo que pôde e logo o pegando no colo.

  -Walter? Você está bem? Está ouvindo? -Lance indagou para o menor em seus braços, mas não houve resposta. -O que fizeram com ele? Ele está bem?! -Perguntou nervoso e agitado para o grupo de cientistas estagiários e todos recuaram um passo.
  -Demos o antídoto. Só isso. -Kyla falou ao erguer levemente o frasco e o espião encarou o castanho adormecido em seus braços.
  -Ele vai ficar bem? Quando vai acordar?
  -Não sabemos. Desculpa. -Kevin disse como resposta à pergunta de Lance e o mais velho caminhou com Walter na direção da porta do laboratório.
  -Estão dispensados por hoje. Vou levar o Walter para casa. -Sterling falou sem olhar para trás e saiu, levando Walter consigo na direção da saída e logo para seu carro.

  Lance acomodou o castanho no banco de trás de seu carro e seguiu com o mesmo para seu apartamento, pois era mais próximo do que a casa do mais novo, chegando dentro de poucos minutos. Então Sterling levou cuidadosamente Walter para seu quarto e o deitou na cama, vendo-o rolar para o lado e, consequentemente, deixando a manta escorregar por sua cintura e ombros e cair no colchão, revelando sua total nudez mais uma vez.

  -Droga, garoto, eu só não te ataco agora porque você está desmaiado... -Lance murmurou para si ao puxar o cobertor para cima de Walter, sentindo seu corpo reagir à visão que tinha do mais novo. -Por hora, vou deixar você dormir. -Disse baixo próximo à cabeça do mais novo e beijou seus cabelos. Então caminhou na direção da porta, apagou a luz e saiu do quarto.


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  Haviam passado-se quase seis horas desde que Walter estava deitado, desmaiado, na cama de Lance e sem nenhum sinal de quando acordaria, e isso estava deixando o mais velho preocupado, tanto que, após passar na casa de Beckett e deixar comida e água para Lovey até o dia seguinte, Sterling praticamente não saiu mais do lado do castanho, esperando que o mesmo acordasse a qualquer momento.
  Felizmente, após as ditas quase seis horas de sono profundo, Walter se mexeu na cama e, lentamente, abriu os olhos, piscou algumas vezes e os coçou, bocejando em seguida e sentando-se calmamente para logo espreguiçar-se.
  Beckett acostumou sua visão com a escuridão do quarto e notou que estava nú, tentando lembrar de como havia acabado daquele jeito, porém, antes que pudesse fazer uma reconstrução de acontecimentos, passou as mãos nos cabelos e sentiu os músculos felpudos, descendo rapidamente as mãos para sua lombar e sentindo o rabo de coelho ainda ali.

  -AINDA?! -Walter exclamou exaltado e Lance acabou acordando com o grito, este que estava dormindo sobre a cadeira e apoiado na beirada da cama.
  -Walter? Você está bem? O aconteceu? -Sterling perguntou ao levantar-se de imediato e Beckett se afastou sobre a cama, assustado pela presença do mais velho ali.
  -La-Lance? O que faz aqui?
  -Como assim o que eu faço aqui? Você está no meu apartamento, Walter. -Falou ao caminhar até o interruptor e acender a luz. -É o seguinte, eu não entendi nada do que aconteceu hoje, então você vai me explicar direitinho o que diabos fez enquanto eu estava fora, ouviu? -Lance mais ordenou do que pediu e Walter acenou positivamente, vendo o mais velho sentar-se na beirada da cama. -Pode começar.
  -Ãhn... Eu tentei fazer um gás paralisante, mas confundi o frasco de cobra com o de coelho, então saiu tudo errado, é óbvio. Mas eu só fui ver isso hoje de manhã quando cheguei no laboratório. Só que ontem de madrugada, quando eu recém tinha terminado a fórmula nova, acabei deixando cair em mim quando estava subindo as escadas para mostrar para a Lovey, mas eu não me importei porque fiz justamente para ser inalada, então não era para ter efeito nenhum, só que como eu usei a medula de coelho e não o veneno de cobra, é claro que não ia ter a mesma reação, porque não foi feito para RNA de coelho, então minha pele absorveu e ficou processando a noite toda. Mas eu não sabia, porque acordei atrasado e só fui saber quando a Jenny falou assim que eu cheguei no laboratório. -Walter disse apressado, mexendo as mãos agitado e, inconscientemente, as orelhas também, e Lance pensou no quanto o castanho estava fofo e irresistível daquele modo. -Então, quando eu fui para casa pegar mais amostras para o antídoto e também para a preparação do gás paralisante, na hora de voltar para a agência, eu acabei virando completamente um coelho no carro da Marcy, porque ela quem tinha me dado carona até em casa já que estava com tempo livre. Então ela me levou para a agência depois de me enrolar no meu casaco e meus estagiários fizeram o antídoto, mas o primeiro saiu errado, então levaram mais algumas horas até eles refazerem e eu fiquei brincando com a Marcy, a Jenny, a Cassandra e o David, e aí você chegou pouco tempo antes de o antídoto ficar pronto. -Falou ao parar as mãos e deu de ombros. -E agora eu estou aqui.
  -Então quer dizer que você continua descuidando da sua saúde e foi dormir de madrugada, não tomou cuidado com um químico que poderia ser perigoso, perdeu a hora para o trabalho, seu corpo mutou e você não viu até chegar na agência, levou a Marcy na sua casa e ela te pegou no colo e te enrolou no seu casaco quando você virou um coelho, ficou brincando a tarde toda com a Marcy e quando voltou a ser um meio-humano meio-coelho estava nu na frente de todo mundo e dormiu por mais de cinco horas seguidas e me deixou morrendo de preocupação! -Lance disse levemente irritado e o castanho abaixou as orelhas e se encolheu na cama, concordando levemente com o que o mais velho falou. -Droga, garoto, eu já falei para ter mais cuidado! Nada disso teria acontecido se você tivesse dormido na hora que tem que dormir! Você não teria se atrapalhado e derrubado o suposto paralisante em você mesmo e não teria sido nocauteado por esse antídoto suspeito! -Bravejou de braços cruzados, mas logo suspirou e tocou no rosto do castanho, o levantando para encará-lo. -Você está bem?
  -Sim. Desculpa te preocupar, Lance. -Pediu ao deitar um pouco a cabeça sobre a mão do maior e fechou os olhos ao receber um carinho do mesmo.
  -Você está a coisa mais fofa do mundo assim, Walter. -Lance falou com um sorriso apaixonado e o mais novo segurou sua mão, abaixando-a na altura de seu peito e colocando-a ali. -Walter?
  -Meu corpo está esquentando... Está sentindo? -Indagou um pouco ofegante e suspirou pesadamente, abaixando a cabeça e sentindo o corpo inteiro esquentar rapidamente. -Tão quente, Lance... -Murmurou ao se mexer sobre a cama e segurar nos ombros do maior como apoio, para logo levantar seu rosto e o aproximar do de Sterling.

Experiências - WalanceOnde histórias criam vida. Descubra agora