Capítulo XIII

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Ele correu para o dormitório e eu corri atrás dele.

Cheguei ao dormitório que estava trancado, mas eu sou uma bruxa então:

-Alohomora!

Entrei e abracei o Black que pelos vistos já chorava.

-Ei, tu não me deixaste acabar! – disse

-Claro que não! Ias dizer que não sentes o mesmo e lamentas, e eu não quero ouvir isso – disse o Sirius.

-Não achas que tirar conclusões precipitadas é feio? – perguntei e o mesmo olhou para mim confuso – Eu ia dizer "não sei" para te assustar e depois dizer o grande "sim" como nos filmes mas esqueci-me que o meu cão preferido não é como os outros.

Ele olhou para mim com esperanças e abraçou-me, perguntando:

-Vamos começar de novo?

-Ok vai! – respondi e o mesmo ajoelhou-se

-S/n s/s, aceitas namorar comigo? – perguntou

-Que surpresa, meu deus! – disse encenando – Eu aceito!

-Tu já sabias, certo? – perguntou

-Yup – respondi

-Também comprei anéis – disse o mesmo tirando uma caixa do bolso e abriu a mesma.

-São lindos, eu só tinha visto o de casamento – disse e apercebi-me de que disse demais e o Sirius abriu o maior sorriso que eu tinha visto.

-E vamos ter filhos? – perguntou

-Não posso dizer – respondi, mesmo sabendo que por causa da guerra não tínhamos tido, eu viajei mais para a frente mas fui apenas ao mundo muggle.

Fomos juntos ter com os outros ao dormitório feminino onde os outros se encontravam

-Estamos a namorar – disse o Black assim que entramos

-Finalmente! – disse o James – Os meus cinco galeões – estendeu o braço para o Wormtail que disse indignado:

-Eu não sei porque é que tu apostas, és rico!

-Calem-se! – mandou a Lily e a sala ficou em silencio absoluto antes dela começar a falar – Parabéns! Agora podemos começar a sair em encontros triplos

-E eu fico aqui a olhar para o boneco! – disse o Peter

-Arranja namorada! – disse o James que logo de seguida levou um tapa da Lily

-Ai! – disse o mesmo.

~corte~de~tempo~de~três~anos~

Estamos no sétimo ano e, estranhamente, eu e o Sirius ainda estamos juntos e nunca tivemos uma discussão a serio, até agora.

-Ei, o que é que se passou? – perguntei quando ele passa a bater os pés

-Não te interessa! – ele respondeu, frio

-Se eu perguntei é porque me interessa idiota! – disse já irritada – petrificus totalus

-O que é que se passou? – perguntei – oh espera, tu não consegues falar – e bati com a mão na testa.

Retirei o feitiço e puxei-o para o dormitório, para falar.

Tranquei a porta e perguntei:

-Foi a tua família?

-Já disse que não te interessa – respondeu mal humorado

Suspirei.

-Eu espero aqui enquanto passa a raiva e quando começares a raciocinar. – disse simples

-Eu não quero a tua ajuda! Não quero que fiques aqui comigo! Ainda não entendeste que não preciso de ti para nada? – disse o Black.

Magoou? Sim. Vou deixar barato? Não mesmo.

-Ok – disse eu saindo.

Encontrei os marotos no corredor

-Viste o Sirius? – perguntou o Remus simpático.

-Sim, está no dormitório feminino, a falar sem pensar. – respondi simples

-O que é que ele fez? – perguntou o James

-Está de cabeça quente a dizer m*rd@, mas eu também não vou deixar barato, ele que pensasse antes de falar – disse seguindo o meu caminho.

Fui até a sala precisa descontar a raiva no saco de boxe.

-Calcei as luvas e comecei o meu novo treino. De seguida tomei banho, cantei, toquei piano e toquei flauta. Mais calma fui alimentar as corujas e seguidamente fui para o dormitório.

Quando cheguei lá apenas ele estava acordado.

-S/n eu estava num momento de cabeça quente e... - fiz sinal para ele calar a boca.

-Não vou discutir aqui nem agora. Hoje dormes no chão ou no teu dormitório. Sinceramente não me importa, desim*rda-te! – disse, já não estou com raiva mas ele tem que aprender a não descontar em mim a sua raiva.

*No dia seguinte*

-Bom dia – disse ao acordar e depois manti-me em silencio, fazendo a minha rotina. Segui para o salão principal com a Lily, que também não disse nada. Provavelmente o James contou-lhe, não quero saber. Não estou de bom humor, mas a comida melhora-o sempre.

Comemos e o meu humor melhorou sim.

Fui ter as minhas aulas e o Sirius não parou de me chatear, o dia todo.

~corte~de~tempo~

Há uma semana que não falo com o Sirius. Ele não larga o meu pé! É um chato, não me deixa em paz, credo!

-Por favor! Eu peço desculpa! Por favor, perdoa-me! – é a quarta vez hoje e ajoelhou-se – Eu estou seriamente arrependido, por favor! – agora reparei nele.

Estava com os olhos inchados e olheiras profundas, parece que passou um mês a chorar de noite, não aguentei. Abracei-o e ele chorou no meu ombro

-O meu irmão juntou-se ao Voldemort – abraçou-me mais forte – Eu preciso de ti, eu sei o que disse, mas arrependo-me profundamente, desculpa. Tu tinhas razão, eu estava de cabeça quente e não te devia ter tratado assim, eu arrependo-me tanto. – abraçou-me ainda mais forte – perdoa-me, por favor, mesmo sabendo que não o mereço.

-Não precisas de ser perdoado – disse e sinto que ele ficou mais desanimado – Sempre a tirar conclusões precipitadas não é Black? Não aprendeste no pedido de namoro? – ele riu – não precisas de ser perdoado porque nós estamos bem, eu só não falei porque sentia que tu tinhas de aprender e entender que cometeste um erro. Tu já o fizeste então, estamos bem. – afirmei e ele apenas me abraçou.

Entre Casas - Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora