CAPÍTULO 10

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POV ANY

— Não, mamãe. Por favor, não quero

Soluça se debatendo no meu colo. Estamos indo ao hospital já que meu menino não estava conseguindo comer e acabou vomitando todo o leite que tomou, a febre ele não teve mais, mas eu tô preocupada

— Olha pra mamãe. Eu só estou fazendo isso para o seu bem, não gosto de ver você assim triste, e você me disse que quer viajar, não é?

— Sim

Fala e funga passando as mãozinhas nos olhos

— Então, não pode viajar dodói. Eu só quero seu bem, e detesto ver você chorando

Eu sou uma manteiga derretida com meu bebezinho, sinto meus olhos arderem pelas lágrimas ao ouvir os soluços do meu menininho, tão pequeno

— Eu te amo, ouviu?

— Eu também te amo

Seco uma lágrima que caiu e o coloco no banco do passageiro no carro

— Consegue colocar o cinto sozinho?

Ele nega e coloca o polegar na boca, suspiro negando com a cabeça e coloco uma chupeta transparente em sua boquinha. Ponho o cinto nele e entro no carro, pego um trânsito do caramba e fico cada vez mais angustiada ouvindo os soluços do meu menininho.

Depois de um bom tempo nós chegamos no hospital e eu fiz a ficha dele, não demorou muito nós entramos na sala da médica que fez vários exames no meu bebê, o que foi motivo de muito choro, inclusive de minha parte, ficamos horas e horas no hospital até a doutora aparecer e dizer que pelo fato do organismo do meu bebezinho não ser "normal" como deveria ser pelo fato dele ser um adulto, meu bebezinho é proibido de comer certas coisas, e não diminuir a quantidade como ele me disse, ou seja, ele vai começar a comer coisas bem leves, como frutas (não todas) amassadas, comidas com mais nutrientes e evitar amo máximo as frituras.

Ele teve que ficar tomando soro e agora são duas da madrugada, estou com meu menino no colo, enquanto ele assiste um vídeo no meu celular, ele ainda solta pequenos soluços me deixando de coração partido

— Mamãe, acabou

Fala me dando o celular sem bateria

— Vou colocar pra carregar

Pego o carregador portátil e deixo meu celular em cima

— Tá vendo, os exames nem foram tão ruins assim

— Foi sim, machucou ati

Fala apontando para seu braço e sua mãozinha

— Mas vai passar, acho que iremos viajar amanhã mesmo, quero ver um sorriso nesse rostinho lindo

Falo quando ele faz um biquinho mas desmancha e abre o sorriso mais lindo do mundo inteirinho

— Lindo

— A gente pode brincar?

— Do que? Estamos em um hospital, minha vida

— De mimi, tô com sono

Boceja e choraminga

— Mas eu tenho medo de mimi no hospital

— Pode dormir, eu tô aqui com você

Ele me dá um beijo rápido e se encolhe no meu colo, o cubro com sua manta branca e deixo a chupeta em seus lábios, vejo um casal nos olhando e falam o que meu bebezinho é muito fofo, sorrio concordando e ficamos conversando bem baixinho

— Mamãe...

Resmunga abrindo os olhos bem pouquinho

— Mama

Abaixa minha blusa preguiçosamente. Como já tinha perguntando para a doutora se podia amamentar enquanto ele estivesse no soro, ela concordou então eu apenas coloco minha blusa pro lado e ponho meu mamilo em sua boquinha, ele suga sonolento voltando a dormir

— Aí que fofo, eu quero namorar alguém assim

Cristina a mulher que eu estava conversando fala

— Ei, mas você já namora comigo

Jose seu namorado fala se sentindo ofendido e ela apenas levanta os ombros

— Não importa, me fala Any, é difícil namorar uma pessoa com infantilismo?

Percebo Jose ficar desconfortável olhando meu bebezinho mamando, estranho, eu conheço esse olhar dele, é o mesmo de Josh

— É maravilhoso, particularmente é normal, mas é um bebezinho e uma grande responsabilidade, mas é um amor tão puro

Sorrio lembrando da inocência do meu bebezinho

— Deve ser incrível mesmo, mas não fica com ciúmes, Jose. Eu te amo, meu fofinho

Ela aperta as bochechas dele que ficam vermelhas

MEU DOCE MENINO- BEAUANY (ADAPTAÇÃO) CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora