CAPÍTULO 23

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POV ANY

— Eu quero vê-lo agora, se não eu ponho a merda desse hospital a baixo, cadê o Josh?!

Pergunto agoniada, faz horas que não vejo meu menino

— Ele está em péssimo estado, teve a costela fraturada, um braço quebrado e a perna fraturada. O pior mesmo é a cabeça dele, por muitas pancadas ele acabou tendo um problema nessa parte do cérebro, e acabou sendo um traumatismo craniano, Josh está em coma induzido, mas após sair ele pode acordar ou não, isso não significa um falecimento e sim um período prolongado de inconsciência causado por doença ou lesão, que no caso dele é a lesão 

— Me explica melhor esse negócio de coma

Eu estou sentindo meu mundo ir embora, Josh é apenas um bebezinho, eu sou um monstro, eu deveria ter ficado no lugar dele, eu deveria estar em uma cama de hospital, não ele

— Bom, como eu expliquei antes é um estado de inconsciência e que no caso dele é causado por uma lesão. No coma induzido ele fica por tanto tempo que sabemos qual é, e depois volta quando o tirarmos dele. De uma forma muito simplificada após o Josh sair do coma induzido ele pode acordar logo ou não, ficar dias, semanas, meses e anos

Não respondo, não falo nada. Apenas choro sem me importar com pessoas me olhando, sinto meu coração se torcer de tristeza e meu cérebro indicar ódio por quem fez isso com ele, todos irão pagar por isso. Mas vou deixar alguém que trabalha pra mim no comando disso, já que vou focar 100% em Josh, fodasse tudo, eu só quero meu menino bem e as pessoas que fizeram mal pra ele eu as quero mortas

— Eu quero os melhores médicos cuidando dele, não importa o quanto custe

— A senhora vai ter condições pra pagar?

— Eu tenho condições pra comprar essa merda de hospital, e se eu falei que não importa o quanto custe você tem que calar a boca. Agora eu quero ver ele, e eu disse agora

Doutor Lakota Rolim tem o mesmo sobrenome que minha avó por parte de pai e é estranhamente parecido comigo, só que alguns anos mais velho

— Me acompanhe, por favor

Assinto me levantando e seguindo o doutor, andamos até o elevador e entramos, ele aperta o botão que é quatro andares acima desse

— Ele vai ficar bem, especialistas estão cuidando dele, sei que é difícil, mas tenha fé que vai ficar tudo bem, Josh já é extremamente forte só por ter aguentando pessoas o espancando, ele vai sobreviver

— Mas como você disse ele pode ficar anos em coma, se ele fica dez, vinte... Quarenta anos em coma, de que adianta?

O olho, mas minha visão está muito embaçada pelas lágrimas

— Você pode escolher quando desligar os aparelhos caso ele esteja há anos ligado

— Não vou desligar, mesmo durando quarenta anos pra mais, eu me recuso a fazer isso com ele

Passo meu punho por debaixo dos olhos secando as muitas lágrimas que caíram. Saímos do elevador e vamos até um quarto, ele abre com cuidado e as lágrimas voltam a cair no momento em que vejo meu pequenininho deitado na cama do hospital, seus bracinhos roxos e um engessado, seu rostinho machucado e uma faixa na cabeça, um dos olhos está com um tampão e o outro bem roxo

— Não pode tocar nele, ele está muito machucado ainda

— Por favor, deixa, eu prometo que não vou fazer nada muito bruto, mas eu preciso tocar meu bebê

Lakota mesmo não querendo me deixa ir até meu menino. Com um cuidado extremo eu toco seu rostinho delicado e soluço sentindo uma dor grandiosa em meu peito, não me aguento e caio de joelhos no chão e sinto Lakota rodear meu corpo com seus braços

— É tudo culpa minha, é tudo culpa minha. Se eu tivesse ficado em casa isso não teria acontecido, eu sou um monstro, eu deveria estar ali, não ele

— Passou, não é culpa sua, você não tem culpa da monstruosidade que fizeram com ele, passou

Fecho meus olhos com força e continuo soluçando sem parar, eu só quero meu pequenininho bem

LAKOTA:

LAKOTA:

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MEU DOCE MENINO- BEAUANY (ADAPTAÇÃO) CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora