Algo real

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BAILEY

O jantar foi bom, minha mãe e Shivani se deram super bem e Lucas foi o Lucas, ficou quieto e na sua.

Terminamos de jantar e comer a sobremesa, minha mãe se retirou falando que agora nos deixaria à sós e que precisava descansar e Lucas foi para seu quarto.

— Só tem mais esse. - Shiv me entrega a última vasilha que estava em cima da mesa de jantar.

Shivani é uma garota que liga para detalhes, minha mãe antes de deitar começou a tirar a mesa mas Shiv a interrompeu falando que iria tirar comigo, cá estamos.

— Prontinho. - passou a mão pela toalha limpinha sobre a mesa, só com a fruteira. - Tudo certo na lava louça aí? - perguntou me olhando.

— Sim senhorita Paliwal, eu sei mexer em uma lava louças. - respondi.

— Que audácia, não quis dizer que você não sabia mexer senhor May. - chegou perto do balcão rindo.

— Foi a famosa pergunta muda, você não fez mas eu entendi. - ri também.

— Olha - pegou uma cartão que estava grudado na geladeira, um imã. - Bailey Thomas Cabello May... aniversário de 5 anos.

— Eu era lindo, vê aí. - falei e fechei a lava louças, já havia colocado tudo dentro, impecável.

— Um galãzinho. - riu. - Quem é esse homem do seu lado? - me mostrou a foto.

No meu aniversário de 5 anos meus pais ainda eram casados, ou seja...

— É Matt - respondi e ela me olhou confusa. - meu pai.

— Ah sim, desculpa ser curiosa. - colocou o imã de volta na geladeira e sentou no balcão de frente pra mim.

— Queria pedir desculpa também, minha mãe aquela hora no jantar. - olhei para o chão, coloquei uma mão no balcão para me apoiar.

— Ei Thomas - voltei meus olhos para ela com esse novo "apelido". - fica tranquilo, não foi por maldade e é algo que acontece. - sorriu de lado.

Ficamos em um silêncio confortável por alguns segundos, olhando para o nada, mas logo ele foi quebrado por mim:

— Eu sinto saudade dele as vezes. - Shiv me olhou confusa. - Por mais que eu não queira, sabe, não ter uma figura paterna em casa faz falta, olhar para as paredes e não ver mais portas retratos nossos com ele, não ter alguém para conversar sobre garotas e essas coisas de pai e filho...

— Bailey, sentir saudades não é um crime.

— Pra mim é - falo. - ele acabou com minha mãe Shiv, do nada falou que não à amava mais e simplesmente foi... - levantei a mão que não estava apoiada no balcão para algum lugar indicando o sentido de ida. - Querendo ou não é um peso deixar dois filhos para uma pessoa que estava acostumada a ter ajuda sempre.

— Sua mãe é incrível Bay, percebo nos olhos dela o quanto ela ama você e o Lucas, e tenho certeza que ela é muito feliz com os dois bebês homenzinhos dela. - Shivani falou fazendo um carinho no meu braço e rindo com a parte dos "bebês homenzinhos."

— Sente falta da sua mãe? - perguntei.

— A todo momento. - suspirou. - Eu poderia ter virado uma menina depressiva, que odiava a vida por ela ter tirado uma das pessoas que eu mais amo, mas não, eu preferi continuar sendo doce e calma porque eu sei que minha mãe não gostaria de me ver mal. - me olhou. - E tudo na vida tem um propósito.

— Pelo menos meu pai não tá... - comecei.

— Morto. - Shiv terminou arregalando os olhos.

— Desculpa. - sussurrei.

— Mais é verdade. - encolheu os ombros.

— Você é uma boa ouvinte princesa. - sorri pra ela.

— Digo o mesmo pra você Thomas.

Eu me aproximei da garota e dei um beijo calmo em sua bochecha, um contato de carinho. Ela me olhou e sorriu.

— Parecemos um casal de verdade, estamos nos saindo bem nisso. - Shiv fala.

— Sei que faço borboletas voarem pelo seu estômago. - faço um pouco de cócegas na sua barriga. - É assim em livros e filmes, né? - começo a rir.

— Sim Thomas - ela ri, que sorriso. - é assim.

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Acabei de chegar em casa depois de levar Shivani embora.

Ayla, sua irmã me convidou pra ir essa semana assistir o famoso filme dos gatinhos com elas.

Falou que é a minha responsabilidade levar sorvete, e que serão boas horas de filme.

Sofya e eu nunca tivemos muitos momentos assim, casal fofura, sempre fomos mais... bom, não sei como dizer.

Com Shivani é tudo tão natural, mesmo não sendo verdade. Ela me entende, nós nos entendemos, e como se fôssemos as peças que faltavam um para o outro.

Subi para o meu quarto, escovei os dentes e coloquei um shorts indo direto para a cama.

Estava dando uma olhada não redes sociais quando a porta do meu quarto é aberta.

— Oi filho. - minha mãe abre uma pequena fresta e fala com uma voz calma.

Eu desligo o celular e levanto um pouco a cabeça, preocupado.

— Não precisa levantar, só vim ver se está tudo bem. - Dona Vanessa fala.

— Ah - suspiro tranquilo. - tudo certo mãe. - do um pequeno sorriso.

— Tá bom, boa noite, eu te amo. - manda um beijo no ar.

— boa noite mãe, amo você. - sorrio.

Ela fecha a porta devagar mas logo abre novamente.

— Ela é uma boa garota e está te fazendo bem, gostei dela. - fala e já fecha a porta novamente.

— Sim mãe - respondi, para mim mesmo. - ela é especial.

Shivani além de ser minha namorada de mentirinha se tornou uma grande amiga e uma garota especial para mim.

Não imagino por quanto tempo ainda seremos parceiros nessa proposta mas espero que não acabe, não mesmo.

As vezes tenho vontade de beija-lá, mas sei que isso a deixaria irritada, por não ser algo real. Mas aí vem o ponto, ela pode não estar sentindo, mas em mim algo real está crescendo e eu gosto disso.
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OIII GAL
esse cap tá tão amorzinho
olha eu aqui na madrugada
desculpa o horário 🙈
BATEMOS 1.000 K DE VIZUALIZAÇÕES!!
eu tô tão feliz, aqui no wattpad eu tenho inúmeras autoras e adaptadoras favoritas que eu admiro muito, eu sempre tive vontade de ser uma também e bom estou aqui escrevendo essa história pra vocês!!!
obrigada, por tudo, sou imensamente grata. 💗
estão gostando?
não esqueçam da estrelinha e comentem também
amo vocês

com carinho, Nay

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