Capítulo 7

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POV (ISA):

Respiro fundo querendo lutar com a vontade não ir à porta para ele, mas acabo abrindo a porta, o vejo arqueando uma sobrancelha então suspiro e do espaço para ele entrar.

Ele entra em meu quarto fechando a porta, eu acredito que ele quer privacidade para a gente poder conversa, então ele caminha até a minha cama e senta lá, talvez esperando que eu faça o mesmo que ele, mas eu sinto muito informar que isso não irá acontecer.

—Você está bem?- ele pergunta e eu posso até jurar que vi uma pontada de preocupação em seu olhar.

—Estou sim, a que devo a honra de sua visita?- pergunto ironizando a sua estadia aqui em meu quarto e caminho até o espelho na parede em frente a minha cama e fecho minha camisa e amarro meu cabelo.

—Você não foi almoçar. – ele afirma e dessa vez levanta caminhando até mim e tocando em meu ombro, me assusto um pouco com seu toque e a primeira coisa que faço é me afastar.

—Estou sem fome, se me der licença eu preciso ir para aula de estudo supervisionada. –falo querendo me livrar da presença dele.

—Eu sei, é daqui a vinte minutos. –ele diz olhando um relógio de bolso que ele tira de sua capa. —cada chefe de casa é responsável pela turma de sua casa. –ele avisa respondendo meu pensamento sobre como ele sabia de que horas é minha aula.

Acabo soltando um sorriso, ele sempre fez isso, quando ele ia me visitar lá no Brasil ele sempre fazia isso,na verdade a gente se comunicava por pensamento a maior parte do tempo, ou quando eu estava aqui no reino unido, principalmente para irritar a minha avó.

—Dá tempo você almoçar merlizinha. –ele fala isso e sinto meus olhos marejados, por que ele ta fazendo isso em?! Ele sempre me chamava assim antes dele resolver se afastar, antes mesmo dele me abandonar!

—Por que você está chorando?- ele pergunta me pegando pelo braço lhe fazendo olhar nos olhos e tento a todo custo relutar com as malditas lagrimas que resolveram sair de meus olhos.

—Me solta, por favor. – peço tentando segurar minhas lagrimas, mas para todo o meu espanto ele passa a mão em meu rosto limpando as minhas lagrimas.

—Eu irei mandar um Elfo trazer uma refeição para você, coma e quando terminar desça, a aula é na sala principal da masmorra. – ele avisa me soltando e em seguida saindo do quarto me deixando sozinha.

Passo as mãos em meus olhos e varias lagrimas começam a transbordar pelo meu rosto, caminho até a minha cama e sento nela e abraço meus joelhos chorando, era disso que eu mais tinha medo, medo de me aproximar dele novamente, medo de que ele me abandone novamente.

Pov(Snape):

Fecho a porta do quarto dela e me encosto-me à porta ouvindo seu choro, sinto meu coração se quebrar em pedaços, fecho meus olhos, por que eu faço isso comigo? Por que eu faço isso com ela?! Sinto meus olhos marejados, mas logo passo as mãos em meus olhos, eu não posso chorar aqui, não posso ser visto por um aluno meu dessa forma.

Caminho para fora dos dormitórios femininos e saio rápido do salão comunal da sonserina, em uma velocidade enorme, no caminho acabo esbarrando em um ou outro aluno e acabo soltando algumas perdas de pontos, entro em meu escritório e vou até a porta que fica por trás da minha mesa, abro a porta que liga meu escritório com minha "casa" e sento na poltrona que se encontra em frente a uma TV trouxa e assim que sento desabo em lagrimas, eu poderia ter acabado com todo esse sofrimento, eu poderia, quando ela começou a chorar eu poderia ter domado ela em meus braços,lhe abraçado e lhe garantindo que ia ficar tudo bem, que eu a amo muito e o meu papel é proteger ela, mas não, não como sempre eu sempre estrago tudo! Chamá-laela de merlizinha como eu sempre a chamava quando ela era pequena e passava o dia todo colada em livros, onde eu estava com a cabeça?! Até parece que ela iria aceitar isso sem nenhuma reação, o que eu esperava? Esperava que ela me abraçasse e dissesse "EU TE AMO PAPAI", como se fosse simples, ela provavelmente nem me considera como pai, ela nem me chama de pai! E eu não a culpo por isso, pois tudo isso é culpa minha, a culpa de eu ser esse imprestável morcego, rabugento é minha.

A Princesa Mestiça - 1º TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora