.Lembranças.

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Cinco anos antes.

.Kitty Pots.

Acordo com batidas fortes na porta que com toda certeza deve estar aberta, abro meus olhos tendo a visão de Sier já com seu rosto irritado.

Me sento na cama sentindo meu corpo dolorido.

- Vai ficar na cama até quando? - Ele diz sem paciência. - Se não levantar logo, eu vou te tirar dessa cama pelos cabelos. - Ele fala friamente.

- Ja tô ino. - Falo simples.

Ele sai andando e eu olho para o quarto vazio que tem apenas minha presença e a de um colchão no chão.

Respiro fundo e prendo meu cabelo mesmo que com o corpo doendo tanto.

A alguns anos atrás minha mãe se casou com um homem que ela acreditava amar e nós duas pagamos o preço pelos seus ingênuos sentimentos, mas não demorou muito para que ela desistisse dessa vida e fugisse.

Desço pelas escadas e meus olhos encontram algo que pela primeira vez me causou reconhecimento.

Sier abre a porta para duas pessoas, um Homem grande que segura com força uma Garota pequena que está amarrada e amordaçada.

O homem grande eu conheço por ser um dos colegas de trabalho sujo de Sier, mas a garota...

- Kitty, traga duas cervejas. - Sier grita e eu ando apressada para cozinha, buscando as cervejas na geladeira.

Olho para a garota Ruiva que parece está assustada, decido lhe mostrar um sorriso gentil para que ela não sinta tanto medo, mesmo ela parendo vários anos mais velha que eu e eu sendo apenas uma criança decidi pelp menos tentar conforta-la nem que fosse um pouco.

Eu só tenho treze anos.

- Tá ati. - Coloco as carrafas sobre a mesa ouvindo sua barriga roncar.

Olho para ela e vejo seu olhar em meus pés, por algum motivo.

- Eu não vou beber, pelo menos não hoje. - Louis diz se ajeitando no sofá e mantendo a garota ao seu lado.

- Está com vergonha de beber na frente da garota? - Sier Rir.

- A mocinha é a sua enteada, Sier? - Louis me olha e eu ando para cozinha a procura de coisas para fazer um sanduíche.

- É, eu cuido da pirralha agora que a vadia da mãe dela foi embora. - Paro por alguns segundos e depois volto a fazer o sanduíche.

Faço o sanduíche o mais rapido que consigo e volto a sala colocando o prato a sua frente com um pouco de suco.

- Eu fiz um sanduichi voxe palece está doenti, melho tume um poquinhu. - Digo gentilmente.

Sorrio da forma mais gentil e reconfortante que consigo, ela me olha surpresa e ainda bem assustada.

O terror que sofremos não é algo que pode ser explicado tão facilmente.

- Você parece ser uma mocinha bem educada, eu agradeço em nome da Molly. - Ele diz tirando sua amordaça, o ignoro completamente.

♡🌸My Little Cute🌸♡ (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora