Sorriso falso

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\Terça-feira /

Mais um dia nessa droga de vida. "hey", não tinha te visto aí, olá me chamo Kaio e eu sou um garoto como qualquer outro, bom era oque eu imaginava até eu descobrir que tinha uma ficção por solidão e esfiha de frango. Você agora se pergunta, "porquer gostar de esfiha é estranho?" Bom, gostar, não é nada estranho, estranho mesmo é você conseguir comer sete esfihas e ainda sentir fome... Certa feita eu comi nove, eu disse nove esfihas e ainda não perdir a fome, eu tenho é um buraco negro ao invés de um estômago.
Essa ficção por esfihas foi o ponta pé inicial pra mim começar a ficar triste quando não comia uma todos os dias; com o passar dos tempos eu com essa rotina insaciável por comida gordurosa acabei passando de todos os limites; Más, um dia a conta por nosso atos vem e é uma fatura alta meus amigos, ganhei trinta quilos á mais, antes eu pesava "56kg" e depois passei a pesar "86kg", esses quilos á mais trouxe uma bagagem de doenças e dificuldades móveis, e pior que isso, fui motivo de "piadinhas" no colégio, na época dos fatos ocorridos eu tinha uns quinze anos se não me engano... Eu admiriva a criatividade daqueles que se denominaram meus colegas, sim eles tinham uma criatividade absurda, todos os dias no seu "vocabulário do mal" tinham novas palavras para me ofender, desde baleia, até botijão. Todas essas piadas não me afetavam, eu sempre fui forte, eu nunca liguei para problemas como esses, minha infância foi conturbada eu passei por diversas coisas ruins que me fizeram amadurecer rápido, portanto ser chamado de "Baleia" era nada; ÓBVIO, eu tinha que mudar minha regra alimentar e me cuidar, e assim foi, eu comecei a mudar minha mente, e depois meu corpo, me inspirei nos pensamentos de um escritor chamado Kw, umas de suas frases dizia o seguinte "Não seja como a lagarta que come e dorme para se tornar uma linda borboleta, você trabalha e evolui para se tornar o mais lindo você", essa reflexão foi como um tapa na minha cara.
O tempo passou e eu mudei drasticamente, ninguém me reconhecia, eu não tava só magro, eu estava evoluido mentalmente e fisicamente, eu definitivamente era o mais lindo eu, comia menos esfihas e tinha hábitos mais saudáveis... Tudo uma maravilha, NÃO, desculpa Kw eu não fiz como sua frase manda, eu não evoluir, eu me escondi dos problemas,  estoquei eles em meus pensamentos mais obscuro e profundos, tolo eu fui, por fora e por dentro era maravilhoso, porém semelhante quando se limpa a casa e o lixo que deveria está fora, na verdade está debaixo do tapete, por mais que finja não vê-lo ele está lá, e o tapete assim dizendo era minhas emoções, e o lixo estava apenas crescendo exponencialmente cada vez mais. Foi quando ele começou a me afetar, sujo por dentro e limpo por fora... ninguém percebeu, meus sorrisos escondia uma tristeza esmagadora e angustiante.

Cara, o tempo passou e eu fui percebendo que eu era um ótimo ator, minha vida era uma peça teatral, e eu era o ator principal, protagonista da minha própria mentira, meus amigos e familiares me perguntaram, "você está bem Kaio ?" E eu sempre com um sorriso e alegria dizia " estou ótimo ", e meu interior podre mais uma vez era escondido; Eu não sei se é por medo de preocupar as pessoas com os meus problemas fúteis, ou se era porque explicar tudo seria tão difícil, não sei, más o "eu tô ótimo " era o melhor... Minha mãe uma vez percebeu que tinha algo de errado, e ela veio conversar comigo, e eu sempre dava a mesma desculpa, "eu tô ótimo" e ela se convencia e me elogiava dizendo que eu era forte, desculpa mãe, eu sou um covarde que não tem coragem de se abrir e dizer " eu não nada ótimo". Um dia minha amiga Sara me convidou para comer um lanche e tomar um açaí, além é claro de pra conversar, eu adorava conversar com ela, a única pessoa que me fazia bem sem nem mesmo saber; quando eu via ela eu sentia meu coração esquentar e acelerar, e eu ficava todo bobo perto dela, eu olhava pra ela e a via como uma princesa, eu acho que, eu gostava dela, gostava muito, e quando ela me convidou pra sair eu fiquei ansioso, me arrumei cedo, e fui ao encontro dela na praça, quando eu vi ela meus olhos se encantaram, era tão linda, ela veio, me abraçou, o interessante é que durante esse abraço eu esqueci todos os meu problemas, por três segundos eu fui no paraíso, eu senti o coração dela bater, quando ela beijou minha bochecha eu fiquei vermelho, então fomos comer, e conversar, eu queria dizer pra ela que eu não tava bem, ela me passava essa segurança, de que eu poderia falar tudo pra ela. Daí ela fez a pergunta que todos faziam "você está bem ?" O coração palpitava mais rápido, a boca ficou seca, eu iria falar, eu iria me abrir, eu iria dizer que não tava bem, sim eu iria, só iria, não fui; Um "amigo" dela  chegou e roubou toda a atenção dela, ela mandou ele se sentar para comer, e eu mais uma vez disse "eu estou ótimo", e esse amigo de nome Roberto parecia chamar a atenção dela, eu via o brilho nós olhos dela a olhar pra ele enquanto ele dizia que queria um açaí, nessa hora eu via que eu estava atrapalhando... O Roberto era um cara legal, tinha uma  espécie de alegria contagiante nele, eu decidi ver a Sara mais como uma amiga mesmo, nada mais, aliás, é melhor ela ficar com um cara incrível e divertido do que um depressivo e problemático garoto que não consegue enfrentar os próprios "demônios internos". Eu dei uma desculpa boba que iria pra casa ajudar minha mãe, a Sara não insistiu pra mim ficar, eu fui embora, foi o melhor eu acho.

 Eu dei uma desculpa boba que iria pra casa ajudar minha mãe, a Sara não insistiu pra mim ficar, eu fui embora, foi o melhor eu acho

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