The art of the devil [L.T]

5 - 𝑓𝑖𝑣𝑒

Sem revisão
1480  palavras .

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Morgana Steel Parker -

Dezembro, 2007

Papai estava dirigindo e eu estou sentada atrás dele, mamãe está sentada ao seu lado.

Seus cabelos ruivos, iguais aos meus, voavam com vento que entrava pela janela.

A mulher mais linda que eu já vi no mundo.

No rádio tocava uma música que eu não sabia o nome. Mas mamãe sabia e cantava baixinho.

Todos nós estávamos animados para passar um tempo em New Jersey na casa do vovô e da vovó.

Faz um ano que não os vimos, a saudade era tanta que mal cabia no peito.

Estava distraída observando minha mãe. Sua beleza era tão rara que me deixava fixada nela. Ela fala que eu a observo muito desde bebê.

Estou ali e em milésimos segundos um carro bateu com tudo na gente pelo lado direito do carro.

Lado em que minha mãe estava sentada.

Eu começo a chorar imediatamente quando vejo o sangue escorrer pela sua testa, e ela estava completamente machucada e desacordada.

"Mamãe, mamãe." Digo entre lágrimas e soluços.

"Nana? Amor você está bem? Algum machucado?" Meu pai se vira para mim e pergunta; ele tem um suave no rosto.

Apenas balanço a cabeça dizendo sim, estava em um pânico tão grande que não pude dizer nada.

"Okay, vou ligar para a ambulância e tudo vai ficar bem filha. Eu te amo." Papai me fala e desabo ainda mais em lágrimas.

Mamãe não me respondia, por favor Deus, não tira minha mamãe de mim.

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Morgana Steel Parker -

Presente.

Eu corro e total desespero pelo hospital, essa era minha última chance de vê-la, eu não podia perder.

Enquanto meus pés batiam no chão me sentia cada vez mais fraca e mais incapaz. As lágrimas de pura dor e descrença escorriam pelo meu rosto, como isso pode acontecer?

Amy corria um pouco atrás de mim, Niall e Harry logo chegariam.

São 03:27 da madrugada.

Dobro um corredor e me deparo com meu pai em frente a uma porta.

Ele ainda está com as roupas do trabalho.

"Pai." Digo quando me aproximo.

"Filha..." Papai me abraça forte e eu retribuo, escuto ele chorar baixinho. "Nana eu não pude salvá-la, eu não pude ajudá-la a passar por isso. Eu não a salvei, filha, sua mãe se foi. O amor da minha vida se foi e eu nem pude dizer adeus." Ele diz e eu não suporto tanta dor, desabo completamente assim como ele.

Dor e impotência.

Estava sem minha mãe faz 13 anos, o coma podia durar sua vida inteira.

Lembro muito pouco do acidente, era tão nova.

Muitos falam que eu já havia perdido ela, muitos se referiam a ela como se mamãe já estivesse morta. Mas ela não estava, tinha a esperança de ela acordar, nem que fosse 20 anos depois.

Tantos momentos que eu quis compartilhar com ela.

Meu primeiro amor.

Minha primeira pedalada na bicicleta sem rodinhas.