6 - 𝑠𝑖𝑥

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1484 palavras .

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Morgana Steel Parker -

A visão de Midtown Manhattan na manhã de sábado me trazia conforto.

Meu lar.

Passei essa semana inteira com meu pai, ele deixou a empresa nas mãos dos seus sócios e ficou em casa. Foi bom voltar em casa por um tempo, desde que me mudei nunca tinha vindo aqui passar um tempo, eu realmente precisava.

Amo estar com papai, ele me faz sentir segurança... Algo que não sinto sozinha ou com mais ninguém.

Essa semana faltei na psicóloga, sei que levaria bronca dela por isso, mas só precisava desse tempo.

Eu e o papai fizemos nossas coisas preferidas:

Cozinhamos

Jogamos jogos de tabuleiro

Video game (Ganhei dele no Mario Kart)

Maquiamos um ao outro

Pintei suas unhas

Desenhamos um ao outro (Ele não se saiu tão ruim)

Vimos filmes e entre outras milhares de coisas.

Foi um dos melhores tempos que tive com ele em anos.

Agora estou tomando meu chá de camomila matinal no sofá que fica ao lado da enorme janela de vidro, o sol que passa ali enquanto minha pele e me traz vida e vitamina D.

Quando era mais nova costumava sentar aqui com minha mãe nas manhãs de sábado e domingo, ela lia um poema para mim, se ela estivesse aqui ainda faríamos isso?

Gosto de imaginar que sim.

Meu pai está fazendo nosso almoço, ele sempre amou cozinhar, é assim desde que sou pequena.

Tantas lembranças vem na minha cabeça, e todas doem de certa forma.

"Querida, você já vai hoje?" Ele me chama me tirando dos devaneios.

"Sim papai, infelizmente. Amy deve ter comido pizza a semana inteira, preciso cuidar dela." Digo e ele ri.

"Claro Nana, sem você Amy morreria de fome." Papai diz entre risos e eu o acompanho.

"De fato, pai." Falo dando o último gole no meu chá e levo a xícara para a pia. "Vou organizar minhas coisas para ir. Quero levar também algumas coisas que deixei aqui." Ele apenas assente com a cabeça e eu sigo meu caminho até a escada que leva ao segundo andar do apartamento, devo preparar minhas coisas rapidamente para voltar para casa.

[...]

Quando estou no corredor dos quartos indo em direção a escada, paro em frente a porta do antigo ateliê de pintura da minha mãe, meu pai o mantinha trancado, mas algo me disse para tentar abrir.

Deixo minhas duas malas ali e coloco a mão na maçaneta fria e prateada, hesito; mas por fim acabo abrindo a porta.

Nada? Não tinha mais nada ali, será que papai tirou tudo daqui há muito tempo?

Lembro de quando era adolescente pegar a chave no seu escritório, e ficar bisbilhotando as obras de mamãe por horas enquanto ele trabalhava.

"Querida, você está bem?"

"Querida, você está bem?"

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The art of the devil  [L.T]Onde histórias criam vida. Descubra agora