𝐀 𝐜𝐚𝐫𝐧𝐢𝐯𝐚𝐥 𝐢𝐧 𝐁𝐫𝐚𝐳𝐢𝐥 - 𝐉𝐨𝐚𝐥𝐞𝐲

↷ Sixteen

Como no outro capítulo esse também terá alguns GATILHOS, não se force a ler. Boa leitura ❤️
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Joalin Deinert.
Salvador, Brasil

Corro e pego oque estava em sua mão, tacando longe.

— Nour! — Falo.

E nessa hora que ela cai em choro. Ela chorou, gritou, e eu fiquei ali dando apoio. Pois eu não podia fazer mais que isso, eu queria tirar um pouco da dor que ela estava sentido e ter botado em mim. Não gostava de ver pessoas chorando, pois eu tinha a incrível mania estranha de chorar junto.

Depois de um tempo sentadas juntas no chão, ela chorava menos. Então eu decido falar.

— Vem tomar banho, precisamos limpar o seu braço! — digo calma, passando a mão em seus cabelos.

Levanto ela e a sento na cama.

— Vou ligar o chuveiro e pegar uma uma roupa para você vestir... onde tá sua mala! — pergunto e ela aponta para o outro lado do quarto.

A mala estava escondida debaixo da cama.

— Agora eu entendi como o seu quarto é tão arrumado. — falo tentado tirar o clima pesado que estava ali.

Pego um pijama azul, era um short molinho e uma blusa de manga também molinha. Peço licença para ela e também pego uma calcinha.

Entro no banheiro e procuro  por um kit de primeiros socorros, mas não acho. Pego o shampoo, condicionador, uma toalha, uma escova de cabelo, removedor de maquiagem, ponho tudo em cima da bancada da pia, para que ela use.

Saio do banheiro e a chamo, ela estava encolhida na cama.

— Vem, vamos tomar um banho... — sussurro para ela. Ela levanta e vai em direção ao banheiro fechando a porta.

Saio do quarto dela, e vou em direção a recepção. Havia uma menina que trabalha na pousada ali, parada quase dormindo.

— Boa noite... você sabe onde tem um kit de primeiro socorros?! — pergunto e a menina leva um susto.

— Boa noite, tem um aqui. — ela pega uma caixinha branca e me da.

— Obrigada! — a agradeço já indo em bora mas no meio do caminho paro.

— Mas uma pergunta, você sabe se tem algum lugar aqui que vende comida libanesa, que esta aberto? — pergunto.

— Eu sei que o Habib's, é de comida árabe, tem esfirra lá. E eles são vinte quatro horas, então tá funcionado e entregam aqui. — ela fala me dando um panfleto do local.

— Obrigada de novo, tenha uma ótima noite. — a agradeço novamente.

— De nada, para você também! — ela falou.

Volto pra o quarto e o barulho de água caindo no chão continuava. Procuro pela gilete que eu havia tirado da mão de Nour, a pegando e jogando fora. Ligo para o restaurante, e peço esfirra de queijo e de carne moída, viram trinta. O poço que tenho dentro de mim estaria alimentado.

༶

Se havia passado uns trinta minutos, a esfirra já havia chegado, mas não havia saído do banheiro ainda. Estava realmente preocupada com ela, então bato na porta do banheiro. Espero para que ela responda, mas ela não faz isso. Me desespero. Abro a porta rapidamente e dou de cara com Nour vestida ainda com a fantasia rasgada, chorando em silêncio debaixo do chuveiro.