Piece Of Clay | Dreamnotfound

Capítulo 1

A sala de barro está empoeirada e seca, talvez até o suficiente para sufocar alguém. Várias placas iridescentes e alguns projetos abandonados estão espalhados pelas bordas da parede. Por alguma razão, George ainda não os colocou no pugmill¹ para reciclar. Seu novo projeto, no entanto, precisa urgentemente de atenção.

Um jovem imóvel está parado no meio da sala; isto é, se você pode chamá-lo de homem. George terminou de juntar seus membros há poucos dias e, mesmo assim, muitas de suas formas são indefinidas. Este é o período de refinamento da escultura e, até agora, George só fez as mãos e o cabelo tediosamente fofo, junto com a espada que ele deveria segurar, que estava sobre a mesa. Ele havia começado esse projeto há um mês e provavelmente será vendido por muito se George trabalhar bastante. Depois de procurar o suficiente, uma grande ferramenta de raspagem se encontra nas mãos de George e ele começa a trabalhar na clavícula. Ele guarda o rosto para depois; o melhor fica pro final.

Embora, na verdade, os rostos sejam apenas tediosos. É uma relação de amor e ódio, muito parecida com Sapnap, seu companheiro de casa, e melhor amigo. Seus estúdios costumavam ser uma única sala, mas eles a renovaram em duas logo após se mudarem para a nova casa; uma para pintar e outra para esculpir. É mais organizado dessa forma.

Algumas horas se passam alisando braços e ombros; ele tem que trabalhar no peito agora. George lamenta ter jogado fora suas anotações de anatomia humana do colégio, embora elas provavelmente sejam inúteis, considerando que ele passou na matéria por um triz. Suspirando, ele lava as mãos da argila seca e pega o telefone, procurando por "homens esculpidos". Infelizmente, o que surge não são estátuas de homens. Ele suspira, imaginando que deveria ter se preparado para isso, e tenta novamente com "homens de barro esculpidos" desta vez.

Nenhuma das imagens eram boas referências. Em vez disso, ele pesquisa "esculturas gregas antigas".

Agora sim. Vou fazer esse filho da puta tão sexy.

Não muito depois, a porta se abre e revela Sapnap encostado na parede com uma xícara de café.

"Uau, belo abdômen." ele brinca.

"Obrigado...?"

"Eu não estava falando sobre você."

George dá uma risadinha curta, "Eu sei. No entanto, eu que estou fazendo."

"Eu acho que sim."

"'Acho que sim?'"

Por falta de uma resposta melhor, Sapnap ignora a pergunta. "Já são, tipo, meio-dia, cara. Você quer um pouco de ramen?"

George acha que precisa de uma folga de toda essa argila, e aceita o convite antes de pendurar seu avental na porta. Eles vão para a pequena cozinha, onde a água já está fervendo, e sentam-se frente a frente para almoçar.

Para iniciar uma pequena conversa, George começa: "Como está indo seu projeto?"

Sapnap leva um momento e se inclina para trás na esperança de ter um pensamento. "Está tudo bem. Estou ficando cansado do cheiro de tinta a óleo, no entanto. As outras impressões devem sair em uma semana ou mais."

Ele também está trabalhando em seu projeto há um mês até agora; é uma tela enorme de um metro de altura. É uma imagem de nada menos que o Chase Bank em chamas, que, para ser sincero, é muito divertido de pintar. Afinal, Sapnap é um artista de terror e você deve respeitá-lo por isso.

Depois que a caldeira é desligada, Sapnap se levanta para despejar a água quente nas tigelas de ramen. Enquanto esperam que o macarrão amoleça, George pega fatias de cebola verde e presunto e os coloca na sopa. "Deus, nós deveríamos ter sido chefs ou algo assim." Basta olhar para esta obra-prima. George se espanta por um segundo com o som do ramen deles tilintando na mesa de jantar. Eles voltam a sentar-se e começam a comer.