4. The Almost Date - Part. 2

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— Ok. Tchau Carl, bom encontro pra vocês. — Estendo a mão para ele.

— Se cuida, carinha. — Ele brinca. 

Vejo pela janela o carro engatar. Pego meu celular e disco o telefone de uma pizzaria que sempre compro, pedindo duas pizzas. O atendente diz que chegará em trinta minutos. Deixo o celular sobre a mesa da cozinha e subo as escadas, e corro para o banheiro para tomar banho. Durante o banho, começo a pensar em como vai ser a noite. Depois de alguns minutos, ouço barulhos. Porta abrindo. Pisos fortes. 

— Puta merda. — Desligo o chuveiro, me enrolando na toalha.

Saio do banheiro devagar, descendo as escadas, suspeitando do que tem ali. Olho na cozinha, nada. Olho no quintal, nada. A noite já está caindo, o sol se pondo e as estrelas aparecendo. Na ponta dos pés, vou até a sala.

— PORRA! — Me assusto. — Kurt, cara, que susto. 

— Qual é, mauricinho? Você falou pra eu vir, então eu vim. — Kurt está sentado no sofá, usando uma roupa diferente das que ele usa normalmente. Ele está com uma camiseta regata preta, uma bermuda jeans rasgada até o joelho, um chinelo de dedo, com o cabelo penteado em um topete, meio úmido. 

— Não tínhamos combinado às seis e meia? São seis e quinze ainda! — O susto foi tão grande, que nem percebi que estava apenas de toalha na frente dele, marcando meu membro.

— Ah, eu quis vir antes para aproveitar a noite. Deixei algumas cervejas em cima da mesa. 

Os dois se encaram em um clima constrangedor. Percebo Kurt me analisar de cima à baixo.

— Bom, eu... eu vou me trocar, espera aqui. 

Subo correndo as escadas, porém acabo escorregando por ter saído molhado do banheiro, e torço o pé, rolando escada a baixo. 

— AI! — Solto um grito. 

Kurt corre para me ajudar. 

— Caramba, cara, você tá bem? Puta merda, calma! — Ele se desespera. — Vou te levar até seu quarto, vem. 

— Não, não precisa, eu tô bem. — Tento me levantar, mas caio novamente. — Merda, acho que torci o pé. 

— Deixa de graça, vem.

Kurt me pega no colo, subindo as escadas e me levanto até minha cama. Foi estranho, mas ao mesmo tempo, fofo. Ele me deita cuidadosamente na cama, esticando minhas pernas. 

— Deixa eu ver, cara... Estica o pé, devagar. 

Tento esticar o pé, mas ao tentar girar, sinto uma dor imensa.

— É, você torceu mesmo, cara. 

Nesse momento, percebo que minha toalha se desenrolou e mostra uma parte do meu pau. Me sinto constrangido, porém Kurt parece não ter reparado nisso. 

— Olha, você quer ir no hospital? — Ele pergunta, virando para mim. 

Ao olhar para meu membro aparecendo, ele toma um leve susto, abrindo a boca na tentativa de falar algo, mas desiste. 

— Merda! Desculpa, desculpa! — Me cubro com o lençol, sentindo meu rosto queimar. 

— T-tá tudo bem, cara. — Pela primeira vez, eu vejo o badboy gaguejar corado. — Nada do que eu não tenha também, né? 

Solto uma risada de canto, sentindo-me mais leve. 

— Olha, acho que não precisa, minha mãe volta de manhã, então eu peço para ela me levar. — Digo, me sentando na cama. 

On My WayOnde histórias criam vida. Descubra agora