— Ok. Tchau Carl, bom encontro pra vocês. — Estendo a mão para ele.
— Se cuida, carinha. — Ele brinca.
Vejo pela janela o carro engatar. Pego meu celular e disco o telefone de uma pizzaria que sempre compro, pedindo duas pizzas. O atendente diz que chegará em trinta minutos. Deixo o celular sobre a mesa da cozinha e subo as escadas, e corro para o banheiro para tomar banho. Durante o banho, começo a pensar em como vai ser a noite. Depois de alguns minutos, ouço barulhos. Porta abrindo. Pisos fortes.
— Puta merda. — Desligo o chuveiro, me enrolando na toalha.
Saio do banheiro devagar, descendo as escadas, suspeitando do que tem ali. Olho na cozinha, nada. Olho no quintal, nada. A noite já está caindo, o sol se pondo e as estrelas aparecendo. Na ponta dos pés, vou até a sala.
— PORRA! — Me assusto. — Kurt, cara, que susto.
— Qual é, mauricinho? Você falou pra eu vir, então eu vim. — Kurt está sentado no sofá, usando uma roupa diferente das que ele usa normalmente. Ele está com uma camiseta regata preta, uma bermuda jeans rasgada até o joelho, um chinelo de dedo, com o cabelo penteado em um topete, meio úmido.
— Não tínhamos combinado às seis e meia? São seis e quinze ainda! — O susto foi tão grande, que nem percebi que estava apenas de toalha na frente dele, marcando meu membro.
— Ah, eu quis vir antes para aproveitar a noite. Deixei algumas cervejas em cima da mesa.
Os dois se encaram em um clima constrangedor. Percebo Kurt me analisar de cima à baixo.
— Bom, eu... eu vou me trocar, espera aqui.
Subo correndo as escadas, porém acabo escorregando por ter saído molhado do banheiro, e torço o pé, rolando escada a baixo.
— AI! — Solto um grito.
Kurt corre para me ajudar.
— Caramba, cara, você tá bem? Puta merda, calma! — Ele se desespera. — Vou te levar até seu quarto, vem.
— Não, não precisa, eu tô bem. — Tento me levantar, mas caio novamente. — Merda, acho que torci o pé.
— Deixa de graça, vem.
Kurt me pega no colo, subindo as escadas e me levanto até minha cama. Foi estranho, mas ao mesmo tempo, fofo. Ele me deita cuidadosamente na cama, esticando minhas pernas.
— Deixa eu ver, cara... Estica o pé, devagar.
Tento esticar o pé, mas ao tentar girar, sinto uma dor imensa.
— É, você torceu mesmo, cara.
Nesse momento, percebo que minha toalha se desenrolou e mostra uma parte do meu pau. Me sinto constrangido, porém Kurt parece não ter reparado nisso.
— Olha, você quer ir no hospital? — Ele pergunta, virando para mim.
Ao olhar para meu membro aparecendo, ele toma um leve susto, abrindo a boca na tentativa de falar algo, mas desiste.
— Merda! Desculpa, desculpa! — Me cubro com o lençol, sentindo meu rosto queimar.
— T-tá tudo bem, cara. — Pela primeira vez, eu vejo o badboy gaguejar corado. — Nada do que eu não tenha também, né?
Solto uma risada de canto, sentindo-me mais leve.
— Olha, acho que não precisa, minha mãe volta de manhã, então eu peço para ela me levar. — Digo, me sentando na cama.
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On My Way
Teen FictionWhen my head tells me "no", my heart tells me "go". So I'm here in the road 'cause I, I know my heart's too drunk to drive, but I'm on my way to you. Yeah, I'm on my way to you, you, to you tonight.