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Exausto, destravo a pistola e me escondo atrás de um carro, pesando a cabeça para trás e passando o dorso da mão pelo suor que escorria da testa. A minha respiração descompassada se confunde com a dos outros meninos que também tentam se recompor para voltar a atirar. Carrego a AK47. Olho as horas pela décima vez e antes de me levantar e encaro Taehyung que afirma com a cabeça, me liberando. Finalmente.
De pé coloco o cano da arma apoiado no capô do carro e prendo a respiração, mirando e acertando em cheio um dos caras que cai, já sem vida. Vários tiros voltam em nossa direção, conto as balas e assim prevejo quando vão precisar recarregar. Quando a hora chega eu me levanto, atirando na cabeça do que estava em uma van em movimento. Ela perde o controle e vai de encontro ao poste. A porta da van se abre e três caras saem de lá armados, tentando nos acertar. Namjoon consegue acertar um deles enquanto eu posiciono a metralhadora, mas logo volta a se esconder. Aproveito a deixa para me reerguer e direciono a metralhadora, deixando os tiros serem disparados sem dó.
Me certifico de que já estavam todos mortos e organizo as armas, guardando-as.
- Eu já vou, galera. - Pego as cases onde ponho as armas e cumprimento todos antes de sair. - Se cuidem.
-Você também, e...- Yoongi corre até mim me entregando uma case. -Entrega essa metralhadora pra aquela chatinha, eu perdi a dela na ultima fuga.- Yoongi fala pausado, recuperando o fôlego ainda respirando fundo.
- Verdade! - Namjoon diz cansado igual.
-Tá bom. Já agradeço de antemão! Tchau.- Aceno antes de sair do meio da rua, indo pro meu carro as pressas. Já no banco do motorista, afivelo o cinto e pego o celular.
Mensagem de texto Jungkook: Me espera sem calcinha, gostosa.
Bloqueio o celular e coloco no guarda volumes, dando partida no carro, rumo a minha casa, eu até passaria em um café antes, mas estou sujo de sangue, penso indo para casa. Quando estiver em casa eu vejo o que ela quer comer.
Your point of view
Mesmo sem ânimo algum, acordo e sinto a falta dele na cama. Olho para a cômoda ao lado da cama e leio o post it azul claro colado no meu abajur.
"só vou ensaiar, vai ser rapidinho, tanto que não vai dar tempo de sentir a minha falta. Eu amo você."
Guardo o post it de vários que ele já me escreveu na gaveta, com um sorriso no rosto, entendendo o que ele quis dizer e em seguida tento sentir a minha temperatura com o dorso da mão, mas é óbvio que o meu corpo estaria todo quente e eu não faço ideia de onde o coelho colocou o termômetro. Morrendo de frio, decido esperar ele chegar e volto para debaixo das cobertas. Minha omma agora grita em meu subconsciente, me dizendo para não cobrir o corpo todo, mas hoje eu sou a lei. Me cubro até o pescoço, inalando fundo o cheiro gostoso dele impregnado na coberta fofinha.
