27- Vinte e sete🍃

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Hwang Hyunjin | POV

Depois que os caras foram presos, eu vejo Jisung e Felix irem embora, cada um em um táxi diferente, e enquanto isso, eu continuo dentro do meu carro.

Chorando.

Eu sabia que tinha alguma coisa errada com Jeongin, só não imaginei que fosse isso, esse inferno, minha cabeça está latejando e meu coração dói só de juntar esse fato com os aparentes traumas da Jina, imaginando o que ela passa e já passou, a única coisa que eu consigo fazer agora é chorar.

Hoje foi um dia com muita informação, muita coisa que eu não consigo colocar no lugar sem me estressar, e isso agora acabou comigo de tantos modos que eu não consigo me acalmar sozinho.

Tento respirar fundo uma vez, mas paro assim que sinto uma pontada forte de dor em uma de minhas costelas, e isso só intensifica mais ainda todas as dores que eu estou sentindo agora.

Essa é a parte ruim de brigar quando se é alto, é incrível como sempre me acertam no mesmo lugar, e a dor é horrível.

Assim que me sinto um pouco mais calmo, pego meu celular e procuro pelo número de Seungmin, ligando para ele em seguida.

— Oi Hyunjin, aconteceu algo?— ele atende nos primeiras toques, e eu tento de novo respirar fundo.

Sem sucesso.

— Oi Tio Seungmin, eu posso ir aí agora?— pergunto sendo direto, o que geralmente eu não sou.

— Claro que você pode vir aqui.— diz parecendo sorrir.

— Obrigado, de verdade, eu preciso muito conversar com o Senhor.— digo fungando um pouco, e creio que logo ele percebe que tem algo errado, ou muito errado.

— Você está chorando?— ele pergunta meio preocupado, e eu praticamente ignoro isso.

— Tem certeza que eu posso ir aí? Já é meio tarde...— pergunto torcendo para a resposta ser sim, mas eu preciso que ele autorize, ele costuma dormir cedo, não quero incomodar.

— Claro, claro.— confirma e eu me sinto aliviado por isso.

— Então vou avisar minha mãe que estou indo aí.— digo passando a mão em meus fios.

Eu preciso urgentemente de um banho, não posso ir para casa assim.

— Okay, avise mesmo.— ele confirma e então me lembro de uma coisa.

— Tio, o Senhor tem compressa de gelo?— pergunto sentindo mais dor, só de me lembrar que estou machucado elas se intensificam.

— Tenho, por quê?— pergunta e eu volto a sentir gosto de sangue na boca.

— Eu vou precisar.— digo fechando meus olhos, apenas na espera da resposta do mais velho.

— Entendi, já estou no aguardo.— diz se referindo a minha ida à casa dele, e eu assinto mesmo ele não estando me vendo.

— Tchau, já eu chego.— digo e espero que ele desligue.

— Tchau.— ele finaliza, desligando a chamada.

Abro meus olhos e por um momento observo a rua, mesmo estando com os vidros do carro fechados, eu praticamente senti a frieza que tem do lado de fora, e seguro uma forte vontade de chorar.

Decido aproveitar a situação, e ligo logo para minha, eu não posso deixar de avisar ela que vou chegar tarde.

— Oi meu amor!— ela diz assim que atende, e eu sorrio por isso.

Soulmates, More Than Imagination | Hwang + YangOnde histórias criam vida. Descubra agora