Eu deixei o vinho subir
E a boca dela cair
Na minha.
E fomos até uma e trinta.
Éramos beijos e lua
E, naquela noite, quisera eu estar nua,
crua,
Na impureza da certeza de ser eu
Pura.
Pela primeira vez, me deixei sentir o gosto
Que me ardia por dentro o fogo
Do desespero de não ser quem sou
De não estar vivendo a verdade que está em mim
Até que me libertei, enfim
Nos braços de uma morena
Nas unhas afiadas pelas minhas costas
Vento gelado no rosto
Quentura subindo pelo corpo.
Só ela e eu
Até uma e trinta.
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Desejos Poéticos
ŞiirPoesias que expressam desejos. Desejos de viver, de amar, de foder. A liberdade entre o sensual e o visceral. Nas entranhas da alma de poetas e musas de suas poesias.