Only Mine ★ TAEGI

Obrigação

Yoongi achava que daria tempo de entrarem tranquilamente, porém assim que a porta da residência foi aberta, Taehyung já foi atacando os lábios do ômega enquanto sua mão segurava a cintura alheia com certa possessividade. O desejo de possuir o outro era tão grande que poderia fazer ali mesmo na entrada da casa, mas com o pingo de consciência que tinha sabia que o Min seria contra.

Ele já estava perdido nas ações do alfa, conseguia sentir a excitação do Kim contra sua pelve. O cheiro forte que emanava aos poucos entorpecia os seus sentidos...

— Taehyung! – escutaram a voz feminina. O Kim  parou o ósculo e logo olhou para o lado vendo sua progenitora surpresa. Yoongi tinha a respiração ofegante e nem sequer conseguia formular uma palavra. Taehyung então o pegou no colo e passou com um sorrisinho nos lábios pela ômega. — Pretende fazer isso sem o consentimento do Yoongi de novo? – questionou.

— Não. O Yoon veio comigo por vontade própria, completamente ciente do que eu pretendo fazer com ele. – respondeu simplista.

— Ei! Olha o jeito que você fala com a sua mãe! – reprendeu, porém Taehyung acabou achando graça. — Por que ri quando falo sério, Taehyung?

— Devia estar preocupado com a sua situação, Yoongi. – olhou insinuante para o mesmo. — Dito isso, estarei com ele nos próximos dias, mãe. Sugiro que você e meu pai fiquem esses dias fora. Bom, isso se não quiserem se sentir incomodados com os barulhos...

Boram nada disse e mesmo que dissesse sabia que seria em vão, já que percebeu que o filho estava entrando no cio. Então apenas observou subirem as escadas para depois ligar para o marido e deixá-lo ciente da situação.

— Poderia me soltar, Taehyung? Eu sei andar muito bem sozinho. – dizia olhando para o Kim, esperando que o escutasse, porém de nada adiantou, continuou indo em direção ao quarto. Ao parar de frente para porta engoliu seco, estava em um misto de ansiedade e nervosismo e isso piorou quando adentrou o cômodo.

Ao ser colocado sobre a enorme cama, observou Taehyung fechar a porta do quarto.

— Taehyung... Acho que é melhor você tomar um banho, sim? Provavelmente deve estar querendo fazer isso. E eu também. – a cada palavra dita, era um passo dado pelo alfa. — Não acha uma boa ideia?

— Não. – em um ato simples beijou o ômega. Aos poucos ia se ajeitando sobre o corpo alheio. Yoongi não sabia o que fazer direito, apenas tentava acompanhar o ósculo molhado enquanto segurava o lençol.

Taehyung logo tirou a camisa que usava e fez o mesmo com o Min. Tinha pressa, queria ter o enorme prazer de estar inteiramente ligado ao seu ômega.

— Kim, eu... – pretendia dizer algo, porém ao ver o olhar do alfa sobre si, de puro desejo, desistiu. — Eu me rendo. – suspirou.

— Achei que tentaria fugir de mim por mais um tempo, afinal você gosta de fazer isso. – provocou. Vendo que Yoongi iria protestar, começou a circundar o mamilo esquerdo do outro, que arfou com o ato. — Pelo visto não precisa estar no seu cio para sentir isso, continua sensível aqui.

— Seu... – ao sentir a boca quente cobrir o outro acabou se perdendo no que diria. Taehyung chupava e mordiscava levemente aquela região e em troca conseguia gemidos sôfregos do ômega.

Ah... Como gostava de escutá-lo, ainda mais de tal forma.

Já o Min ainda pensava em como estava sendo inacreditável o fato de estar ali e ainda por cima a mercê de outro, porém comparado a outra vez essa era um pouco diferente. Estava agora com Taehyung por vontade própria e isso de certa forma era um pouco estranho para si.

— É, pelo visto está te incomodando ainda. – dizia o olhando de cima. — Yoongi, eu realmente quero muito fazer isso com você, mas se a sua mente estiver em confusão será difícil. Então se quiser, pode ir embora. – o alfa se levantou e caminhou em direção a porta deixando o outro confuso.

Yoongi não sabia o que fazer agora, Taehyung havia pegado ele de jeito.

— Tae...

— Se veio por pena, porque se sente na obrigação, pode ir. Eu consigo passar por isso sozinho, ou talvez consiga outra pessoa. – riu soprado. — Não será difícil no meu estado atual...

— Acha mesmo que eu vim só por esse motivo? – questionou. — Está bem, levarei como um sim esse silêncio. – Yoongi se levantou e foi até Taehyung. — Se engana caso seja esse o seu pensamento. – virou o rosto do alfa para si. — Eu não saí do trabalho com você e fiquei puto com o trânsito para te trazer em casa para ajudar com o seu cio por pena!

— Ah, então é por obrigação.

— Sim. Quero dizer, não! Em partes é sim minha obrigação, afinal você me marcou então eu sou o seu ômega... E sim, é confuso. Não aceitei completamente o fato de não ser um alfa, ainda estou em processo, então paciência!

— Estou surpreso. Você disse que é meu ômega... Estou ouvindo coisas? – Yoongi suspirou e cruzou os braços.

— Se continuar me provocando, eu passo por essa porta. – advertiu. Taehyung sorriu e logo puxou-o para perto de si.

— Já que ainda não aceitou, finja que é um alfa e me morde. – disse virando minimamente o rosto para revelar mais o pescoço.

— Hã? Qual o sentido disso?

— Vou te contar uma coisa bem interessante sobre os lúpus. Tanto os alfas quanto ômegas podem marcar alguém. – escutando isso ficou interessado. — Se quiser marcar alguém você pode, ou seja, em nossas circunstâncias atuais você é meu, porém você não tem alguém de fato... – Yoongi percebia uma certa tristeza na fala final de Taehyung.

— Então se eu quisesse marcar outra pessoa, eu conseguiria? – assentiu. — E imagino que queira que eu marque você de volta...

— Seria bom, estaríamos dessa forma mais conectados do que nunca. E se me perguntar o porquê já sabe a resposta, mas qual é a sua? Existe alguma possibilidade de sentir o mesmo por mim?

— Eu te odeio. – o Min então o fez, cravou as suas presas em Taehyung. No mesmo instante uma onda de choque percorreu o seu corpo, sentia a sua pele pegando fogo. Apenas com o toque do alfa em sua cintura, percebeu que seu membro já dava indícios de vida. — Me diz que isso não é meu cio de novo...

— Não, é o meu. Agora que estamos ligados de verdade, o que eu estou sentindo também está tendo efeito em você, Yoongi. – dizia levando a mão ao rosto alheio. — E então, vamos nos divertir um pouco.