2° CAPÍTULO

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USA, Los Angeles - 20h55 pm.

"The Santos party"

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"The Santos party"

"Los Santos, Charlie?" Cuspo a pergunta ao mesmo que está limpando as mesas da lanchonete preparando tudo para fechar.

"Sim Cass, festas são normais" ele diz como se não fosse nada e cruzo meus braços o encarando com deboche.

"Porra, em menos de 24 horas você já quer me enfiar na casa de uma gangue?"

Ele respira fundo me olhando como se eu estivesse sendo exagerada. Estava? Não sei em que mundo isso seria normal quando se tratava dos Santos a casa de uma das gangues do bairro, talvez até a mais falada dos tempos por roubos bem sucedidos e tempo passando de gerações por gerações.

"Antes era anormal porque tínhamos medo, as gangues do bairro não querem matar a vizinhança."

"Continua brincando com fogo pra tu vê se não se queima" Retruco o mesmo e ele apenas ri me fazendo respirar fundo.

"Vem, preciso ir em casa para me arrumar."

Ele joga o pano de prato e o avental em cima do sofá junto a uma mesa e balanço minha cabeça concordando com o mesmo. Talvez eu estivesse completamente enganada e Freeidge não fosse mais a mesma já que eu provavelmente estava a caminho da casa de Los Santos. Na minha época era zona proibida ou como Charlie disse, era anormal porque tínhamos medo e lógico que tínhamos medo daqueles urubus em cima de nós enquanto muitos achavam que poderiam ameaçar qualquer morador, se sentindo literalmente os donos do bairro.

"Você tem carro, fazia faculdade e namorava um quarterback?" Charlie diz assim que paramos em frente ao meu carro citando algumas bagunças do meu passado.

"Você agora é tipo uma Patricinha de Bervely Hills?" Encaro o mesmo com deboche e abro a porta o olhando por cima do capô.

"O quarterback foi um erro e prefiro nem comentar sobre o patricinha, vamo logo!"

O apresso logo adentrando o carro e quando o mesmo se senta ao meu lado começo o trajeto até sua casa.

No caminho Charlie me explicou que Los Santos não mudou em simplesmente nada, as gangues do bairro ainda brigavam entre si para vê quem tomava a liderança mas que os Santos estavam sempre dando festas abertas para venda de drogas e se aproximar de adolescentes. Minha cabeça estava explodindo com tanta informação que ele conseguiu me passar no pequeno trajeto até sua casa, até mesmo me informou sobre a vida de alguns moradores, quando paro em frente a sua casa ele me pediu para ficasse no carro que jaja voltava e assim fiz.

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Charlie está me olhando com o sorriso no rosto quando nos aproximamos da casa dos Santos, ao dobrar a esquina já se pode escutar a música alta e gritarias, os vizinhos não estão felizes com 100% de certeza. Não posso dizer o mesmo de Charlie que está dançando antes mesmo de chegar a festa e o olho sorrindo como se estivesse em câmera lenta, a falta que ele fazia em minha vida, toda loucura que vivemos e ele continua me trazendo mais.

"Só espero sair daqui viva" digo ao trancar o carro e seguir o mesmo atravessando o gramado extenso.

"Drama, dios mío! Quer relaxar?" Respiro fundo lhe dando os ombros e logo adentrando a casa lotada de gente.

Na sala havia algumas pessoas fumando maconha em suas panelinhas, a música alta enquanto muitos andavam de um lado para o outro. Eu me sentia com 16 anos de novo fugindo para uma festa, pulando a janela de casa esperando ser pega por Charlie – e muitas vezes cair no chão. Eu estava em puro êxtase desde o momento em que pisei meus pés em Freeidge novamente. Quando chegamos a cozinha minhas lembranças são cortadas por uma garota que corre até a pia vomitando ali mesmo, olho para Charlie com nojo em minhas expressões então pego um copo cheio de vodka e viro um gole do mesmo.

"Nojento" dizemos em uníssono.

"Oh sua vadia louca, você só pode está de brincadeira!" Um cara alto e tatuado diz a mesma e viro mais um gole da minha vodka.

Charlie está com um baseado entre os lábios o acedendo, confesso que é um ponto fraco meu desde que começamos com isso no último ano do colegial. Continuo dando goles em minha vodka e agora seguimos para os fundos da casa, preciso de álcool se vou suportar uma casa cheia de gângsters armados e drogados. Espero que até o fim da noite esteja tão louca quanto eles para não pensar nisso.

"Charlie!" Um garoto baixo com topetinho diz ao cumprimentar Charlie com um high five e o mesmo passa o baseado para ele.

"César, eai garoto, estudando muito?" Charlie ri enquanto o garoto solta a fumaça sorrindo.

"Eu só tiro A+" franzo o meu cenho tentando entender o prodígio de maconheiro á minha frente.

Charlie me apresenta César e conversamos enquanto o baseado passa entre nós. César parece ser um garoto realmente inteligente mas infelizmente nasceu para carregar o nome dos Santos nas costas e ao que parece seu irmão havia saído da cadeia a pouco tempo tirando de si a vida de adolescente já que lhe fez parte da gangue assim que voltou.

Fico impressionada com a capacidade que esses caras tem de ser uns completos idiotas, solto a fumaça no ar e já podia senti meus olhos pequenos.

"Preciso de álcool!" Dou risada passando o que resta do baseado ao Charlie enquanto caminho para dentro novamente.

Quando adentro a cozinha vou direto aos copos vermelhos espalhados pela bancada mas me decepciono ao vê todos vazios, acabo simplesmente pegando qualquer um indo até a pia e me lembro da garota vomitando, desisto da higienização e volto para geladeira.

Confesso que meu raciocínio não estava bom porque parei por alguns segundos com a geladeira aberta me perguntando o que realmente poderia beber, me abaixo para pegar a garrafa de vodka.

"Bundinha gostosa, chica" Uma voz rouca diz, me levanto assustada batendo minha cabeça em umas das prateleiras da geladeira escutando a risada aguda atrás de mim.

Me viro com cuidado dando de cara com um par de músculos alto e careca, a tatuagem no pescoço em cruz com "SANTOS" dentro da mesma não me deixa negar que estava de em frente a um dos gangsters da casa. O sorriso em seu rosto ressaltava a cara de cafajestes junto ao corpo cheio de tatuagens, inclusive uma lágrima perto ao seu olho esquerdo. Estava paralisada a sua frente enquanto a maconha tenta raciocinar o que dizer ao seu comentário tosco sobre a minha bunda.

O sorriso em seu rosto vai se desfazendo quando o mesmo se aproxima cada vez mais de mim e perco o fio de respiração que me resta, o ar gélido me faz falta quando a porta da geladeira se fecha, sinto o metal gelado em minhas costas. Ele ergue uma mão acima de nós e sigo o movimento com os olhos observando quando abri o armário retirando de lá uma garrafa de whisky, engulo em seco.

"Cheers" *

É tudo que ele tem a dizer após me deixar sozinha ali, ainda encostada contra a geladeira (onde havia me encurralado) e uma garrafa de vodka em mãos, completamente embriagada com seu perfume forte e gostoso.

"Porra!" Sussurro, jogando o copo de volta a bancada e virando a vodka no gargalo mesmo.

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*cheers (saúde).

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⏰ Última atualização: Apr 02, 2021 ⏰

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