Draco Pov
Eu sempre gostei de contar histórias.
Isso começou quando eu era bem pequeno e inventava várias para fazer minha mãe sorrir e ganhar a atenção dela.
Claro que, com o tempo, isso foi amadurecendo conforme minha personalidade aflorava.
Mas eu nunca parei de inventar e contar histórias.
Meu pai costumava dizer que eram mentiras bem contadas, já minha mãe apenas sorria ao dizer que eu tinha uma imaginação fértil.
Para mim, no entanto, se tratava apenas da vontade de viver algo tão espetacular e emocionante, que eu inventava em minha própria mente, como uma forma de trazer meus sonhos a realidade.
E com o passar dos anos, as histórias aumentaram cada vez mais, e só conta-las para meus pais ou amigos já não era o suficiente.
Não.
Eu precisava contar minhas histórias para o mundo.
Foi assim que, dentre tantos futuros possíveis, eu acabei me tornando um escritor.
E, sem alguma modéstia, poderia me considerar um bom escritor.
Mas eu queria ser mais do que isso.
Eu apenas não sabia, que para ser um ótimo escritor, você precisa contar uma ótima história, uma realmente fantástica.
E foi em busca desse objetivo, que eu acabei escrevendo a melhor história da minha vida.
E ela começava, em um supermercado.
Sim.
Um supermercado qualquer, desses com pessoas impacientes demais nas filas, crianças chorando por doces e música de elevador tocando pelos alto falantes.
E em meio a toda minha dor de cabeça por ficar horas escrevendo na frente de um computador, já estava impaciente ao ver Harry indeciso sobre comprar ou não uma nova cafeteira.
- Qual o problema da antiga? - pergunto, tentando soar o mais calmo possível.
- Ela faz uns barulhos estranhos quando liga e o café saí frio - me explica, sem desviar os olhos do modelo vermelho brilhante na prateleira.
- Certo, vamos levar então - decido, de forma prática.
Tudo em que consigo pensar é que tenho dois manuscritos inacabados em casa.
- Não sei se realmente precisamos - Ele volta ao ar de indecisão. - Podemos só mandar consertar.
- Levamos essa para usar enquanto mandamos a outra para o concerto então.
- Mas aí teríamos duas cafeteiras.
Não posso conter um suspiro.
- Harry você quer tomar café quente ou não?
- Eu só não quero gastar com algo desnecessário. - ele finalmente me olha, as esferas cintilando naquele brilho já tão familiar para mim.
- Eu admiro isso, mas seu café não é algo desnecessário, apenas pegue isso e vamos embora, minha cabeça está doendo.
- Está doendo porque você não sai da frente do computador. - declara, finalmente pegando a caixa com a cafeteira e colocando no carrinho.
- Não. Está doendo porque você insiste em me trazer para fazer compras. Sabe que eu odeio isso.
Ele cruza os braços, um sorriso pairando nos lábios.
- É a única forma de te arrancar de casa. Compras são coisas que casais fazem Draco, pare de resmungar.
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about us... - Drarry
RomanceOs indícios de que eu poderia ser um péssimo pai começaram a me atormentar no momento em que ouvi Harry gritar para mim, rindo: - Draco, você não pode segurar o bebê de cabeça para baixo!