Amor /ô/ s.m
1. Forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
2. Atração baseada no desejo sexual.
Cinco de Abril de 2015
— Sabe quando você descobre que ta gostando de alguém, e percebe que esse alguém pode não gostar de você, ou ate mesmo pode gostar, mas você não sabe, pois tem medo?
— É só perguntar, Juliette! Do que tens medo?
As melhores amigas estavam sentadas no chão do quarto de Sarah, com vários livros e cadernos em volta delas, também tinha um prato de brigadeiro na perna de Juliette.
— Medo de se entregar, de se soltar, de tentar sentir algo além de gostar...
— Amar pode ser tão bom, se não existir o medo de errar, de permitir, de viver, de curtir, de sentir, de se entregar e não esperar nada em troca.— Andrade pega mais brigadeiro com sua colher— Amor não pede nada em troca, isso que as pessoas não entendem.
— Talvez não ser amado seja mil vezes pior, em todos os sentidos, saber que fizemos de tudo para alguém que não nos deu valor dói, saber que lutamos sozinhos.
A morena levanta e vai até a janela deixando Sarah e o prato de brigadeiro no chão.
— Somos os nossos próprios motoristas, se você não estiver gostando do caminho, vire na próxima esquina.
O barulho do silêncio ecoava pelo quarto. Juliette olhava o movimento dos carros, enquanto Sarah brincava com a colher em sua mão.
— Você tá gostando de alguém, Juju?
— O que é gostar? Como vou saber?
— Pergunte aos seus pensamentos. Vou levar isso lá pra cozinha.
Coragem - s.f
1.moral forte perante o perigo, os riscos; bravura, intrepidez.
2.firmeza de espírito para enfrentar situação emocional ou moralmente difícil.
— Ainda procuro em teus olhos vestígios do meu amor não correspondido.
Freire não olhava para Sarah.
— Juliette?
— Perguntei aos meus pensamentos de quem eu gosto e me veio você.
Agora elas se olham.
— O que te faz gostar de mim?— Sarah pergunta calma, andando em direção a Juliette. — Meu cabelo bagunçado? Minha fala muito rápida? O jeito que eu te abraço? Ou que eu te irrito?
Estavam frente a frente. As respirações se misturavam. Os olhares estavam conectados.
— Eu ainda acho que o melhor motivo para gostar de você, é não ter motivos.
Andrade deixou escapar uma risada e pegou nas mãos de Juliette.
— Você sabe que meus pais vão nos matar, né?
— Tudo que me mata faz eu me sentir mais viva.
Juliette
Nossos olhos se cruzaram, fomos lentamente nos aproximando, até que numa dose de doce paixão nossos lábios se encontraram.
Foi como se meu corpo não me obedecesse mais, não resistia aquele encontro de desejos. A força do amor era mais forte que eu, o céu parecia ter descido sobre nós. Não podia conter a alegria de beijar a mulher que me fez conhecer o sentido de amar....
Dor /ô/ s.f
1. Sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a esses estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter.
2. Mágoa originada por desgostos do espírito ou do coração; sentimento causado por decepção, desgraça, sofrimento, morte de um ente querido etc.
Onze de Fevereiro de 2016
— O amor é uma doença.— Juliette esperniava— Eu sinto náuseas, febres, dores musculares. Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa.
— Me desculpa.
Sarah tinha o olhar baixo e rosto molhado de lágrimas.— A culpa não é sua.
— É sim. Eu sabia o risco que corríamos e deixei nós nos apaixonarmos.
Freire pegou no queixo de Andrade apenas com o dedo indicador e levantou, conectando os olhares.
— Foram os dez melhores meses da minha vida.
— Já estou com saudades...
— Então fica.
— Era tudo que eu mais queria.
— Eu odeio seus pais.— Juliette voltou a gritar.
— É por pouco tempo, eu volto logo.
— Tomara que sim.
Adeus - s.f
1. Palavra gesto ou sinal de despedida
2. Separação física
Sarah
Senti Juliette se aproximar mais de mim, minhas mãos estavam trêmulas, borboletas faziam festa no meu estômago, minha cabeça explodia de dor. Eu só queria ela, para sempre.Seus lábios gelados, de mármore se pressionaram nos meus.
Nenhuma de nós estava preparado para a minha resposta.
O sangue queimou embaixo da minha pele, queimou nos meus lábios.
Minha respiração saiu num suspiro.Meus dedos foram lentamente ao seu pescoço, a trazendo mais para mim.
Sua língua pediu passagem e eu cedi. Era um beijo confortável, a mão de Juliette acariciava minha cintura.
Vez ou outra eu sentia um gosto salgado no beijo, eram nossas lágrimas.
— Você volta?— Juliette pergunta com nossas testas ainda coladas.
— Farei de tudo.
— Vou estar aqui.
— Eu sei que sim.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Talking to the moon- Sariette
Ficción GeneralÀ noite, quando as estrelas iluminam o meu quarto Me sento sozinha Conversando com a Lua Tentando chegar até você Na esperança de que você esteja do outro lado conversando comigo também Ou eu sou uma boba que fica sentada sozinha conversando com a L...