Wade (Pausado)

Capitulo I

O ano é 1719 onde o império britânico domina grande parte do mundo, continentes inteiros estão sobre nosso domínio. Europa, África, América, Ásia e Oceania. E como diz papai em breve dominaremos o mundo.

Os únicos obstáculos para alcançar tal glória são os piratas. Homens cruéis e sem escrúpulos que dominam os mares saqueando e matando dezenas de soldados britânicos ou quem ousar cruzar seu caminho. Terríveis perdas, homens leias a sua bandeira e sem medo de morrer por seus pais. Porem há uma exceção. James Wade. O único homem que todo soldado ou pirata teme. Wade é um homem horrendo que não tem piedade dos que se opõe ao seu poder. Por incontáveis vezes nossos navios foram atacados por ele e sua tripulação, navios de guerra e entre outros trazendo suprimentos para nossos depósitos.

Apesar de todos esses temores que afeta até o homem mais corajoso de toda Europa, nunca deixei de sonhar em navegar por essas águas, conhecer o mundo e seus mistérios. E admito que piratas são os meus menores problema, pois para dama como eu não é possível, casar e ter filhos era a única responsabilidade ou sonho que deveria ter. Papai diversas vezes me disse que preferia ver a filha morta a uma aventureira inútil.

Desde pequena, sentia-me diferente da maioria das meninas da minha idade, enquanto muitas delas realizavam-se com aulas de piano e etiquetas, com frequência escapava furtivamente, bem debaixo do nariz do meu pai para ver os treinamentos com armas de fogo e espadas de seus guardas, ou ir a varanda passando horas admirando o imenso mar que me chama com cada onde que batia nas pedras da costa. "Como mulher não devem sonhar com bobagens, damas devem se casar e ser boas esposas e mães. A única coisa que quero que sonhe é em me dar netos!". Palavras essas ditas pelo meu próprio pai e como sempre discordava de suas palavras duras e cruéis, acredito que meu comportamento não é adequado, mas com o mesmo temperamento que mamãe não conseguia ficar calada.

Sinto os primeiros raios do sol entrar por minha janela assim que Joanna abre pesadas cortinas em meu quarto. Minha governanta se aproxima com um sorriso doce, percebo que esta animada esta manhã e retribuo com um sorriso amigável.

▬ Oh minha querida precisamos nos apressar, o comandante pediu para deixa-la muito elegante e bonita pois ele tem uma surpresa para você.

▬ Tem ideia do que pode ser, Joanna? – Disse não contendo a curiosidade em sua voz.

▬ Não sei dizer menina, mas pela animação de seu pai, é uma grande notícia.

Papai não fica animado assim a muito tempo, e isso fez com que minha curiosidade me contorça por dentro.

Depois de estar adequadamente apresentável, sigo para o escritório onde por muitos anos era proibida de entrar para não quebrar nada. A cada passo crio expectativas do que poderia ser tão animador e meu corpo todo se agita.

Paro em frente a enorme porta levantando o punho e batendo delicadamente e espero sua autorização para entrar.

▬ Entre – Diz com sua voz firme. Passo pela porta e vejo seu sorriso, seus olhos brilham ao me ver, não o vejo assim a algum tempo. A morte da mamãe o afetou mais do que a mim mesma e ele se fechou. Com seus cinquenta e dois anos de idade, papai ainda permanecia com a mesmo charme de quando era jovem – Isso era o que mamãe me dizia.

▬ Joanna disse para encontra-lo aqui!

Agora dentro do comodo posso ver que papai mudou grande parte deste lugar, estantes ocupam todas as paredes e nelas estão pilhas e pilhas de livros de todos os géneros e historias. Foi por causa deste lugar que me apaixonei pelo romance e o mundo.

Em um dos cantos estava um senhor que logo reconheci.

▬ Sim, minha filha. Tenho ótimas notícias – respira fundo – Acredito que se lembre do Lorde Willians, certo?