Alguns minutos antes da entrada no portal.
Pov: Arthur
Estava eu e Vitória sozinhos numa noite fria do Rio de Janeiro, iríamos fazer aquela noite uma festa e pretendíamos chamar amigos para passar a noite conosco. Fico mexendo o chocolate na xícara no fogão para o chocolate quente quando a sensação ruim atinge eu e Vitória, paramos de fazer o que estávamos fazendo naquele momento e olhamos para a janela da cozinha vendo as nuvens pretas com trovoadas verdes indo diretamente pro lado sul que era onde ficava a igreja.
— Mas... — Vitória tentava falar algo completamente nervosa por não ter explicação nenhuma para isso.
Desligo o fogão e vou para a janela que tinha pro lado onde estavam indo as nuvens e abro as persianas.
— Puta que pariu... — Entro em pânico pensando nas inúmeras possibilidades de merdas que eles podem ter feito. E uma delas teria sido invocado algum deus asgardiano.
— Você não acha que....? — Vitória perguntava com sua voz trêmula.
— Ora pois eu acho. Vamos pra lá agora! — Digo olhando para Vitória, saindo correndo para a porta junto a ela, apenas parando para pegar a chave e trancar por fora.
Pov: Ariana
Estava já um pouco desgastada daquela situação, estava gritando por alguns minutos contra Marco por coisas bobas enquanto Deysiane era a única que me apoiava, segurando em meu moletom branco que já estava um pouco molhado por causa da chuva junto a minha calça legging e meu tênis Nike da mesma cor.
— Você não é, e nunca será alguém novamente, Ariana. Veio aqui literalmente só pra tentar reconciliar o que você acabou porquê EU era abusivo? — Ele gritava tocando em meu peito me empurrando com Deysiane me segurando para não cair.
— É CLARO QUE VOCÊ É ABUSIVO, ELA NÃO VÊ PORQUE TÁ APAIXONADA NESSA PORRA DE RELACIONAMENTO ABUSIVO E NÃO QUER ACEITAR ISSO, VOCÊS TODOS SÃO SURTADOS DE ACEITAR ISSO! ISSO É LOUCURA! — Ouvia Deysiane gritar enquanto lágrimas rolam sobre meu rosto e apenas paravam de gritar pela sensação ruim que apareceu em todos. Já não ligava mais pra nada e sai correndo da varanda da casa deles, correndo pelas ruas vazias do Rio de Janeiro com respingos de chuvas daquelas nuvens escuras em meu rabo de cavalo.
Deysiane havia percebido que eu tinha sumido e começava a correr pelas ruas gritando meu nome pra me fazer aparecer. Apenas ouvia pelo eco mas não respondo.
Em meio aquela bagunça ouço as sirenes de polícia e começo a olhar ao redor vendo onde estava localizada, em frente a porta da igreja ametista enquanto o ar estava pesado e o vento forte levita meus cabelos e um pouco do meu moletom para o lado direito. Um feixe de energia verde cai daquele centro de nuvens no teto da igreja, formando daquele portal um ser de capa que liberava sombras por elas tendo somente visível a capa verde e seus olhos da mesma cor me encarando. Seu olhar me assustava e me acalmava ao mesmo tempo, sinto meu cérebro não responder mais por si só e ouço vozes na cabeça dizendo frases de manipulação que me conquistam tão facilmente mas não era eu querendo aquilo, no fundo era algo que eu realmente iria adorar, mas não cairia tão facilmente nessa proposta.
((Venha, filha, seu pai está te chamando para sua casa, o lugar onde seus maiores sonhos viram realidade. Onde o namorado que você tanta espera está, o mundo das mil maravilhas. ))
Ele abria espaço mostrando outro portal com uma linha oval verde musgo com uma aparência linda e um gato roxo com heterocromia caminhando por lá, formando um jovem bonito que brincava com o gato que me chamava, e a vontade de ir ficava cada vez mais alta a cada segundo, chegava perto do portal, finalmente tocando nele, me entregando por toda causando uma explosão enorme em forma de onda que atinge em todos os cantos e logo me teletransportava para outro mundo diferente.
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Another World: Nightmare (HIATUS)
Fiksi RemajaUm grupo de amigos de uma universidade um dia conversando sobre realidades alternativas, descobriu que eram verdadeiras e que podiam ser abertas usufruindo do conhecimento da magia antiga. Ao se juntarem para fazer o ritual numa igreja abandonada, s...