Capítulo 3 - Caleb Reid

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Sinto um nó na garganta quando finalmente pousamos em Nova York. Eu realmente aceitei este emprego? Eu realmente estou fazendo isso? Bom, só tem uma maneira para descobrir.

O som das pessoas ao meu redor fazem-me voltar a realidade. Vamos Safira! Não vai ser tão ruim assim.

Coloco um sorriso no rosto e saio do avião. Aguardo do lado de fora para pegar a minha mala, mas enquanto isso, uma limusine estaciona ao meu lado. As pessoas não dão tanta bola, parece que todas aqui tem condições favoráveis para terem suas próprias limusines. Um homem bem vestido sai da limusine. Seria esse o meu cliente?

Rapidamente ele atrai diversos olhares. Uma camisa social preta, com uma calça jeans não justa, uma correntinha e seu cabelo perfeitamente arrumado. Ele é verdadeiramente um bad boy de tirar o fôlego.

Seus olhos recaem sobre mim, como se soubesse o que estou pensando. Rapidamente, me xingo mentalmente.

— Senhorita Safira Cásper? - ele me analisa com uma sobrancelha arqueada.

Como ele sabia que era eu? Bom, o James deve ter dado detalhes sobre a minha pessoa.

Abro um sorriso simpático para ele.

— Isso. - confirmo.

Ele continua me analisando em silêncio, até que ele fala novamente.

— Vem comigo.

As pessoas olham para mim atordoadas. Não as julgo. Essa foi a conversa mais estranha que eu já tive na minha vida.

Caminho lentamente até o carro, onde o mesmo estava segurando a porta para mim entrar. Depois que me sento no banco de atrás, ele senta um pouco afastado de mim.

— Vou ser direto. - ele fala olhando pela janela.

Ele era dono de uma voz rouca que, com certeza, fazia milhares de mulheres ficarem aos seus pés.

— Eu te contratei para fingir ser minha namorada, por um tempo.

Eu o analiso em silêncio. Lembro-me do James me passar as regras do contrato e uma delas era não questionar as decisões dos clientes. Eu apenas confirmo com a cabeça.

— Você... - ele para por um tempo. - Bem, vai ser pouco tempo. Você está sendo paga para isso, então não tem do que reclamar.

Eu o encaro, ainda em silêncio. Eu realmente não tinha do que reclamar, eu escolhi estar nessa posição.

— Claro. - falo encarando o chão, pensativa.

Eu não sabia nada sobre o meu cliente e talvez, eu tivesse medo de descobrir.

***

Entramos em um apartamento e subimos para a cobertura. Não me admira que ele morava em um dos prédios mais caros da cidade, mas também, eu nunca havia ouvido falar sobre ele.

Caleb Reid era um total mistério para mim.

— Ali é o seu quarto. - ele aponta para um dos quartos a minha direita.

Eu achei que, como acompanhante de luxo, nós dormiríamos juntos. Como se estivesse adivinhando os meus pensamentos, ele esboça um sorriso atrevido para mim.

— Não farei você dormir na mesma cama que a minha. A menos que você queira. - ele arqueia uma de suas sobrancelhas.

Sei que uma das regras do contrato é, sempre fazer as vontades dos clientes, mesmo que você não queira. Mas, nesta posição, eu tinha escolha.

Eu queria dormir no quarto de um completo estranho?

— Vou ficar com meu quarto. - falo dando as contas para ele, enquanto carrego minhas malas para o quarto.

Escuto ele balbuciar alguma coisa, mas já estava longe demais para ouvir. Já dentro do meu quarto, eu me jogo na cama e fico olhando para o teto.

No que eu fui me meter?

Morar em uma cobertura com um total desconhecido... Se minha mãe soubesse. Me tirando do meu transe, meu celular toca. Era a minha mãe. Rapidamente eu atendo.

— Oi mãe! - falo animada.

— Oi filha! Como foi a viagem?

Falei para ela, que ia morar em Nova York para ter mais chances de trabalho. Não posso contar sobre este emprego.

— Boa, cheguei bem aqui. Já estou em um hotel.

— Se quiser, a mãe manda dinheiro para você conseguir se manter por um tempo e..

— Não mãe!! Eu sempre dei despesas a senhora, agora é minha vez de me virar.

Enquanto falava no telefone, olhava pela janela. Tinha uma piscina bem ao lado do meu quarto e Caleb estava deitado em uma dessas cadeiras de descanso.

— Ok filha.

— Mãe, vai ficar tudo bem ok? Eu vou conseguir um trabalho e mandar dinheiro para a senhora. - falo confiante.

Eu já possuía um emprego, apenas tinha que durar nele.

— Eu vou desligar agora, a mãe vai trabalhar.

— Ok mãe, beijos.

Mesmo que fizesse apenas duas horas que havíamos pousado, eu já sentia tanta falta dela.

•𝘌𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘦𝘮! 𝘕𝘢𝘰 𝘴𝘦 𝘦𝘴𝘲𝘶𝘦𝘤𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘴𝘢𝘰 𝘣𝘦𝘮 𝘷𝘪𝘯𝘥𝘰𝘴 𝘦 𝘷𝘰𝘵𝘰𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦𝘮! ❤️•

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⏰ Última atualização: Jan 03, 2022 ⏰

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