We can't be friends

304 43 59
                                    

Notas: ⚠️ ATENÇÃO: esse capítulo contém uso de drogas e homofóbia. Não usem drogas e não sejam homofóbicos, lembrem-se que homofobia é crime, e que a vida do coleguinha não se diz respeito a ninguém! 😉⚠️ 

Hey dad, look at me - Ei pai, olhe para mim

Think back and talk to me - Pense bem e converse comigo

Did I grow up according to plan? - Eu cresci de acordo com o plano?

And do you think I'm wasting my time - E você acha que eu estou perdendo meu tempo

Doing things I wanna do? - Fazendo as coisas que eu quero fazer?

But It hurts when you disapprove all along - Mas dói quando você desaprova tudo

Perfect – Simple Plan

À noite daquele dia tão esperado por todos não fora nada do que planejaram.

Allison estava animada em conhecer o pai, Sirius e Remus estavam animados em, finalmente, começarem a planejar jantas e almoços em família.

Contudo, a animação foi preenchida por raiva, decepção e ódio quando Remus apertou a campainha da casa e foi recebido com um Sirius bêbado, agitado e com as pupilas dilatadas. O som estava no último volume, tocando um rock pesado.

Desculpas e explicações não foram precisas para uma briga se iniciar na frente das crianças.

— Qual o seu problema, Sirius?! — A frustração na voz de Remus era nítida.

— VAI EMBORA LUPIN! — Sirius esbravejou dando um soco na parede.

Allison e Ted se olharam com medo e foram para trás do pai, procurando alguma proteção caso o homem à frente resolvesse socar outra coisa... ou melhor, pessoa.

Ted choramingou de medo, e segurou na barra da camisa do pai. Allison estava em choque com a cena, abraçou o irmão para procurar algum contato que passasse segurança a ela. O que ambos queriam era ir embora, não queriam ficar nem mais um segundo ali.

Remus não respondeu, nem quis discutir sobre os motivos pelo quais Sirius estava bêbado e drogado; não havia explicações nem justificativas para aquilo, essa era para ser uma noite especial, e ele conseguiu ferrar com tudo.

Segurou nas mãos das crianças e deu meia volta.

A vontade de chorar era enorme, mas a de socar Sirius era ainda maior, ele estava com raiva, queria voltar lá e dizer muitas coisas ruins, mas sabia que seria em vão, Sirius não lembraria nem metade do que ele falaria.

Pegou o celular em mãos quando chegaram na praça e ligou para sua mãe, perguntando se ela podia ficar com as crianças por essa noite.

"Você está bem, filho? Parece triste"

"Tudo bem mãe, só quero saber se eles podem dormir aí hoje, tenho uns assuntos para resolver"

"Claro, pode trazer eles"

"Obrigado"

A chamada foi encerrada, e uma Allison assustada começou a chorar. Ela se agarrou no pai como se a vida dela dependesse daquilo, estava com medo.

— Está tudo bem filha, foi só um imprevisto, vocês vão dormir na vovó e amanhã eu busco vocês, ok? — As crianças perceberam que não tinham opções de escolhas, apenas mexeram a cabeça em concordância.

Crossed Destines •WOLFSTAR•Onde histórias criam vida. Descubra agora