Josh. Um jovem de dezessete anos que se mudou para a cidade de Oakland, Califórnia, ainda quando criança, com o seu pai, logo após presenciar sua mãe que havia tirado sua própria vida. Até hoje ele não entende o porquê da sua morte, já que o pouco q...
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Dia de mudança e o clima não poderia ser outro, céu nublado e vibe filme triste de televisão. Lucas não deixou de vir para me ajudar e também se despedir, odeio despedidas, mas não poderia deixar de vê-lo hoje.
- Tudo pronto. - Diz meu pai, saindo de casa com a última caixa.
- Então é isso. - Falo quando o silêncio se instala.
- Ah cara... Vou sentir sua falta. - Lucas me puxa para um abraço.
- Eu também... Suas ideias atrapalhadas me farão falta também. - Sorrio me desfazendo do abraço.
- Não vai pensando que se livrará de mim tão facilmente tá!? Te farei visitas sempre que puder.
- Essa não... - Faço falsa cara de preocupado.
- Vai se ferrar.
- Josh, está pronto? - Meu pai fala antes de entrar no carro.
- Já vou.
- Aí, vai conhecer carne fresca, sabe o que isso significa? Várias gatas!
- Tem razão, serei rejeitado em duas cidades diferentes agora.
- Ah, qual é!?
- Tenho que ir, se cuida irmão.
- Você também.
Entro no carro do meu pai, aceno uma última vez para Lucas, que retribui e assim pegamos a estrada.
- Está pronto, filho? - Fala com o olhar fixo na estrada.
A resposta era não... Eu não estava.
- Sim pai.
Vejo-o suspirar, porém nada diz.
•••
- Josh... - Desperto do sono com meu pai me chamando.
- Oi pai. - Coço os olhos ainda sonolento.
- Chegamos, venha me ajudar com as caixas.
Saio do carro e as caixas estão todas em frente da casa, meu pai já entrou com duas, então vou ajudá-lo com as outras.
Assim que pego uma das caixas distraio-me vendo um carro se aproximar e parar em frente a casa ao lado. Uma mulher sorrindo sai do carro, e da porta de trás sai uma garota que também sorria, deviam está comentando sobre algo engraçado para ambas, assim que a garota me ver seu semblante muda, ficando séria e logo adentra sua casa.
- Josh!
Me assusto, fazendo a caixa cair de meus braços.
- O que há, filho?
- Nada não. - Apanho a caixa novamente levando-a para dentro.
Enfim em casa...
Não sei se isso é bom ou ruim.
- Pode deixar essa na sala mesmo, as suas já estão no seu quarto.
- Certo. Vou pegar as outras então. - Coloco a caixa no chão da sala.
- Não! Quer dizer... Não precisa, deixa que eu as pego, você pode ir organizar o seu quarto enquanto isso.
- Eu sei, mas quero ajudar.
- Josh, não precisa. Essas caixas... São para o porão...
- Tudo bem. - Sigo para o meu quarto, fechando a porta após entrar.
Não mudou nada pelo que eu me lembro...
•••
- Amanhã mesmo você poderá começar no novo colégio.
"Novo".
- Tudo bem. - Respondo distraído com a comida no prato.
- E amanhã já começarei a trabalhar, o dia será longo, então se eu demorar, não me espere para o jantar.
- Tudo bem.
- Está tudo bem mesmo?
- Sim, só estou um pouco cansado.
- Imagino, vamos descansar então, está ficando tarde.
- Certo, vamos.
Já no quarto, me deito na cama, porém não consigo dormir.
Vamos Josh, durma de uma vez!
Rolo de um lado para o outro afim de achar uma posição confortável que me fizesse pegar no sono, e depois de talvez horas, consigo enfim dormir.