Voldemort morreu

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Pietra P.O.V

  Um feitiço foi disparado contra minha direção e criei um escudo usando protego. Em seguida, lancei estupefaça e corri até Black que ainda enfrentava um Comensal. Lancei um expelliarmus, por fim Black o derrubou e veio até mim. Mais Comensais chegaram e nos unimos de costas um para o outro, prontos para atacar.

— Isso me lembra da missão em Brasil. — lancei um confundus nos meus oponentes.

— Eu tenho uma lembrança mais agradável da missão em Brasil. — ele riu.

— Sabe, depois de anos sem te ver, esqueci como era pervertido.

— Como se você fosse santa — todos estavam caídos no chão.

— Eu cresci, Black. — ajeitei meus fios de cabelo que notei estarem brancos — Abandonei minhas atitudes promíscuas.

— E pelo jeito sua juventude também.

— Ainda estou com a maldição — me olhei no espelho que tinha naquele cômodo — pareço 20 anos mais velha.

— Mas ainda está forte — apontou para um dos Comensais todo ensanguentado — Você acabou com ele.

— Acho que me empolguei.

  Escutamos passos e ficamos a postos, mas quando vimos Severo e Minerva, baixamos a guarda.

— Tudo limpo lá em cima — Severo falou e corri até seus braços lhe dando um beijo.

— O que… — Minerva exclamou confusa me fazendo rir.

— Desculpa, a gente ainda não te falou, mas bom nós estamos… — abaixei o olhar envergonhada.

— Nós estamos noivos. — Severo completou.

— Oh, felicidades para o casal — Minerva nos abraçou — E é bom que você cuide bem dela, Severo. — ela o ameaçou.

— Relaxa, Minerva, eu estou bem — minha cabeça explodiu de dor e tudo começou a girar, fazendo com que minhas pernas fraquejassem, a última coisa que eu escutei foi o meu nome, então desmaiei.

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  Acordei escutando gritos e levantei do sofá rapidamente, achando que alguém estava sobre a maldição Crucio.
   Sai da casa e vi Severo, Minerva, Remo, Black, Dumbledore, Arthur, Tonks e Alastor junto com um pessoal do Ministério da Magia, que estavam prendendo os Comensais. Belatriz Lestrange gritava tentando se soltar:

— Ele vai voltar! Eu sei que ele vai! E eu vou estar esperando novamente por ele! Aí vocês vão ver! Não irá sobrar ninguém — ela me viu e tentou se avançar contra mim — Traidora! Ele confiava em você, ofereceu a oportunidade de estar ao lado dele, mas você o matou! Quando o Lorde me libertar eu farei você enlouquecer igual aos Longbottom, ou até pior.

— Cala a boca, Belatriz — Severo lançou um feitiço impedindo sua voz de sair.

  Recuei, voltando para casa chateada. Senti Severo me abraçar e ele sussurrou:

— Não escute ela. Belatriz só não aceita que ela perdeu. O que você fez mudou o mundo, salvou pessoas.

— Eu sei é só que… Ele era o meu pai. E ao mesmo tempo que digo que eu o odeio, também tem uma parte de mim que sente falta de um amor parental. — meus olhos lacrimejaram.

   Ele me abraçou mais forte e deixei algumas lágrimas caírem, por que eu me sentia assim? Depois de tudo eu ainda espero que ele me ame. Por que eu sou assim?



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  Com a pá comecei a cavar os buracos um por um, com um pouco de trabalho. Quando estava anoitecendo, Endrew chegou e me ajudou a colocar os caixões e enterra-los. Endrew não conseguiu enterrar a vovó, ele começou a chorar e o abracei. A noite estava linda e nós estávamos colocando flores na frente das lápides, dessa vez eu me rendi as lágrimas e precisei me sentar. Deixamos as nossas despedidas e mais lágrimas vieram, por fim erguemos nossas varinhas por alguns minutos e voltamos para casa.

— Antes eu achava Azkaban um lugar horrível — Endrew confessou — Agora vendo como são esses Comensais, eles merecem algo até pior.

— Endrew, eu sei o quanto isso é doloroso — segurei sua mão — mas não há nada que possamos fazer, apenas seguir em frente.

— Então vamos fingir que nada aconteceu? — ele soltou sua mão — Minha família inteira está morta e você espere que eu fique bem?

— Eu espero que você não guarde rancor. Os responsáveis já estão presos e é isso o que importa.

— Só isso que importa? Parece que você nem amava eles.

  Fiquei boquiaberta e sentei no sofá, suspirando.

— Eu amei eles, eu faria de tudo para trazer eles de volta, para as coisas voltarem ao normal, para te deixar feliz. Mas eu sei que não dá e já estou cansada de ficar chorando por coisas que não posso mudar. Eles estão em um lugar melhor e nós temos que honrar eles mantendo a fazenda viva.

  Ele concordou com a cabeça e me abraçou e murmurou alguma coisa que eu não entendi.

— Sabe que eu te amo, filho. Eu faria de tudo pra te fazer feliz, ok?

— Uhum — ele engoliu suas lágrimas — Eu também te amo.

  Beijei sua testa e olhei para o relógio.

— Vamos começar a fazer o jantar, acho que Severo já deve estar voltando.

— Será que ele se perdeu na trilha?

— Não, mas se ele se perder, nós vamos saber. Sabe fazer fricassê?

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  A mesa estava posta e escutei a porta da sala se abrir.

— Severo, estamos na cozinha! — o chamei e o abracei — Você demorou!

— Dumbledore queria conversar comigo.

— Ah, é? Algo de importante?

— Bom, além de ele estar feliz por nós, ele queria que você tivesse isso — Severo me deu uma caixa dourada, dentro tinha um anel de ouro com uma pedra preta e uma carta — Ele disse que esse anel era seu.

— Era da família do meu pai — li a carta — E obviamente foi usado como Horcrux. Que belo presente — fechei a caixa — É melhor jantarmos ou a comida vai esfriar.

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   Nós estávamos arrumando a casa já fazia horas e não aguentávamos mais, tanto que Endrew já foi para a cama. Não conseguimos dormir então o levei ao telhado para ver as estrelas até ficarmos com sono.

— Pietra, eu estava pensando — Severo falou — já que estamos noivos acho que deveríamos usar isso — ele me deu uma aliança dourada com alguns pequenos diamantes.

— Ah, Severo, é tão lindo... — peguei suas mãos — Severo Snape, quer casar comigo?

— Eu quero.

Ele colocou no meu dedo anelar da minha mão direito e fiz o mesmo com a sua aliança. Então nós nos beijamos enquanto as estrelas cintilavam de alegria.













Amor Venenoso - Livro 2 - Severo SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora