Ajeitando as coisas

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Pietra P.O.V

   Acordei com uma sensação gelada e molhada batendo contra meu rosto. Tentei voltar a dormir, mas a sensação se repetiu e tentei abrir os olhos. Severo dormia ao meu lado em um sono pesado e não estava sendo incomodado por aquela coisa. Me levantei e olhei para a janela, estava escuro e estava chovendo pesado.
  Olhei para o teto e vi uma pequena goteira em cima de mim. Soltei um xingamento pegando a minha varinha na cômoda e concertando o teto. Voltei a dormir, mas outra gota passou raspando no meu nariz, dessa vez por causa de outra goteira.





— Bom dia, amor! — Severo desses das escadas e olhou os vários baldes espalhados pela sala — O que é isso?

— Goteiras. — resmunguei — Para todo o canto. — vi uma outra goteira — filhos da mãe — andei até o outro lado da sala pegando uma tigela — Essa chuva destruiu o lugar.

— Ei, por que você não vai descansar? — ele me abraçou pelas costas — Vou fazer o café da manhã.

— Hum, tá bom. — sentei no sofá, que quebrou imediatamente — Cacete! Era o meu sofá preferido!

— O lado bom é que pelo menos ficamos a salvo — Severo comentou — Mesmo que o sacrifício tenha sido a casa.

— Feitiços não vão consertar isso — murmurei — Vamos ter que ir ao Beco Diagonal.

— Ótimo — Endrew desceu as escadas — Preciso comprar os materiais do ano. — ele parou ao meu lado e me deu abraço  de bom dia — Eu arranjei um dinheiro, acho que vai dar para algo.

— Onde você conseguiu? — Severo perguntou.

— Eu dei aulas para os alunos em troca de alguns galeões.

— Olha ele já tá sendo professor igual a mãe — falei orgulhosa.

— Foi assim que conheci o Charlie. — ele suspirou bobo e ri.

— Então vamos. Temos muita coisa para fazer!





  O relógio bateu meio-dia quando entrei em Gringotes. No momento nós havíamos passado por algumas lojas, que aproveitei para fazer e renovar os acordos de comércio. Pedi para Endrew e Severus já irem pedindo alguma coisa no Caldeirão Furado, enquanto eu ia resolver as coisas da minha herança.

— Pietra Linns, você é herdeira universal de todos os itens pertencentes a Thomas Marvolo Riddle…

— Não, não, o senhor não entendeu. Eu quero a herança de Carl Linns. Ele faleceu recentemente e…

— Aqui só tem Thomas Marvolo Riddle.

— Olha, senhor, eu sei que tem uma herança para mim, eu sei que tenho a posse da fazenda Linns. Sabe, a única fazenda bruxa com produtos de qualidade.

— Senhorita Linns, você sempre teve a posse da fazenda.

— Tem certeza?

— Sim, junto com uma quantia de mais de 1 bilhão de galeões em moedas e 500 milhões de galeões em ouro e jóias.

— E posso ter acesso a essa quantia a vontade?

— Sim.

  E eu fui pobre a minha vida toda.





— E aí, mãe? — Endrew perguntou — Como foi lá?

— Sim, mas descobri outra coisa: meu pai me deixou uma herança.

Amor Venenoso - Livro 2 - Severo SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora