Conversa

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5 de março 2000

Eu estava andando sem rumo pela floresta já que tinha terminado minha missão quando eu vi um menino de cabelos castanhos sentado com os olhos lacrimejando na beira de um riacho, quando chego mais perto, percebo que era o Iruka. Me aproximo e sento ao lado dele, eu fico em silêncio olhando para o nada, quando ele percebe minha presença, enxuga suas lágrimas e me olha.

-O que você está fazendo aqui?

-Eu estava andando por aí e vi você. Por que choras?

Ele me olha com um olhar um pouco triste, assim que nossos olhos se cruzam, ele abaixa a cabeça e olha para uma pequena raposa que estava bebendo água.

-Às vezes me sinto um pouco solitário, então eu venho aqui para me distrair, às vezes queria ser que nem uma pequena raposa. Livre para ir aonde quiser, poder fazer oque quiser. Queria não ter tantas preocupações, queria poder não sofrer, não chorar. Mas aí eu me lembro que até as raposas tem suas preocupações, e me pergunto se algum dia eu irei ser livre e feliz.

Depois dele dizer essas palavras, eu fico um pouco surpreso.
O que um menino que parece estar sempre feliz, sempre sorrindo e se divertindo tem que o prende tanto?
Por que ele não pode ser livre, feliz, e se divertir?
Eu achava que apenas eu me sentia assim, achava que só qu era preso ao passado, mas depois de ouvir essas palavras tão tristes vindo de uma pessoa tão "feliz", eu não sei mas se penso o mesmo.

-Eu sei como é se sentir assim, se sentir solitário e preso à um lugar, não poder, não conseguir se libertar. Mas assim como o vento, um dia você finalmente se sentirá livre, você poderá se apaixonar, ficar em um lugar sem se sentir preso.

Depois de dizer essas palavras, ele ome olha com um pequeno sorrisi no rosto e diz:

-É, talvez um dia.

Depois dessa pequena conversa, nós passeamos pelas ruas de Konoha, conversávamos coisas bobobas, apenas pequenos gostos em comum, sonhos, desejos, livros, músicas, gostávamos da companhia um do outro.

Fomos conversando até eu o deixar na porta de sua casa, assim que eu ia me virando para ir embora, ele me chamou para perto e me deu um pequeno beijo na bochecha. Pude ver seu rosto corar, antes dele fechar a porta na minha cara antes de mim expressar qualquer reação.
Eu dou uma pequena risada antes de me virar e voltar para casa.

No caminho para casa, eu invoco Pakkun, apesar dele ser mais para missões, eu gostava de falar com ele sobre Iruka, ele sempre me ouvia e não reclamava. Eu e ele costumávamos conversar a noite toda enquanto comíamos alguma besteira. Ele me dizia coisassobre os outros cachorros e histórias sobre o meu pai. Apesar dele ser bem carrancudo, ele sabia me fazer rir.

Naquela noite, eu senti que foi diferente das outras, senti que eu pude relaxar, finalmente eu tive uma boa noite de sono, depois de pelo menos 3 meses, eu finalmente durmi.

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Oi, aqui é o autor, eu queria agradeçer a MissKing-Sama, pela ajuda no capítulo, ela me deu a ideia da primeira estrofe.
Eu espero que vocês estejam gostando, porque no proximo capítulo, eles já vão estar adultos.

Até a proxima!

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Como Isso Virou Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora