Seu corpo parecia arder em chamas, a sensação de calor era quase febril e irradiava por todas suas extremidades. A consciência corporal permitia-o sentir os capilares subcutâneos se expandindo, e consequentemente, rubor ganhando vida em suas bochechas. Enxugou a palma das mãos em sua calça, o nervosismo crescendo dentro de si, tanto que ele podia escutar a própria frequência cardíaca.
Dizem que se apaixonar nos deixa totalmente fora de órbita, mas naquele instante Jungkook estava completamente ciente da presença tão desejada. A dopamina em sua corrente sanguínea mantendo-o absorto, e suas pupilas tão dilatadas para fazer jus ao objeto de seu total apreço, sem que perdesse um detalhe sequer.
Jimin. O nome ecoou em sua mente como um cântico suave que o deixou nauseado, enquanto lentamente perdia a cabeça. Ele encarou o dançarino que agora conversava com seu pai enquanto examinavam o carro juntos. E a cada segundo que passava seu coração se incendiava mais e mais. Ele é como a lua no meio do dia, uma visão grandiosa e intrigante.
De repente, sem ao menos esperar por isso, Jungkook percebe que está sentindo uma profunda atração por Jimin, e a evidência estava clara. Clara em cada dia em que ele esperou ansiosamente para vê-lo dançar, mesmo que isso implicasse em observá-lo de longe e não ser notado, quando o dançarino assaltou seus sonhos durante noites inquietas, e principalmente quando o medo de nunca mais poder vê-lo o atingiu durante a última semana.
Ele então listou em seus pensamentos as causas de sua queda, e era absolutamente tudo, tudo que envolvia Jimin. Seu sorriso, seus lábios vermelhos, um olhar único e encantador, um corpo envolvente que quando se movia mexia com a mente de qualquer um. E enquanto o tempo passava, Jungkook apenas assistia. Eu sou um prisioneiro, totalmente condenado e sem julgamento.
- Filho? Vamos. – Seu pai encostou a mão em seu ombro, e assim foi puxado para a realidade.
- Que? – Ainda desnorteado, Jungkook arregalou os olhos.
- Já acabaram, o rapaz consertou o carro, podemos ir. – Jungkook acompanhou com o olhar seu progenitor seguir para a saída da oficina, suas pernas pareciam fincadas no mesmo lugar, até a voz alta do seu pai vir como um incentivo para tirá-lo do lugar. – Jungkook! Vamos logo.
Quando se deu conta do que estava acontecendo, Jungkook correu até seu pai e agarrou seu braço em um ato impulsivo. – Pai? Tem certeza que já está pronto?
- Mas é claro, já até paguei o conserto. – Seu pai franziu o cenho com o ato repentino. – O que foi? Finalmente vamos embora, você não está feliz?
- Não é isso... – Sussurrou. – É que... É que... Pai, como você confia que está bom? Você nem testou o carro! E se ainda estiver ruim? Acho que você deve pedir para olharem mais uma vez. – Argumentou enquanto seguia atrás de seu pai, o sol do início da tarde o saudando do lado de fora do espaço escuro e úmido.
- Filho, você está bem? É claro que vou testar o carro antes de sair, que ideia é essa Jungkook? – Seu pai gargalhou em divertimento.
O ronco do motor soou alto fazendo com que Jungkook se sobressaltasse, chegando para o lado na calçada. Sua cabeça tombou para o lado enquanto ele assistia o carro do seu pai sendo posto para fora enquanto a ré era dada, e aparentemente funcionando muito bem. Quando o banco do motorista ficou em sua faixa de visão ele engoliu em seco. Jimin tinha um braço apoiado na janela aberta, a outra mão firme no volante, enquanto olhava pelo retrovisor para por fim estacionar o veículo na fachada da oficina.
- Aqui está, señor. – Jungkook observou enquanto Jimin entregava a chave para seu pai, seu sorriso irradiando toda sua beleza, ainda que por trás de um rosto suado e sujo de graxa.
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Baila Conmigo - JJK + PJM
Любовные романы- Quando eu penso em como você me olha, sinto que poderia cair em tentação... Então, apenas, dance comigo. Ou Jungkook é obrigado a mudar de cidade e consequentemente de vida, odiando cada segundo disso, mas apenas até ver Jimin dançar.