Hey meus amores, espero que estejam bem. Aqui vai mais um capítulo saindo direto do forno para vocês, dei uma revisada, mas pode não estar tão bem revisado assim. Obrigada por lerem, qualquer coisa deixem nos comentários :D
Manhã, Início do Inverno. Anos antes...
-deixem minha avó em paz! -grita ela com raiva
-sua avó é uma bruja e vai morrer como uma! -os guardas arrastam a senhora de idade que proferia algumas palavras ao vento
-vó! Por favor, não deixa eles fazerem isso com a senhora! -ela gritou desesperada
-tudo bem minha neta....a natureza segue seu curso...seu verdadeiro curso.... -ela falou e foi amarrada a um poste de madeira
-por favor, eu vos imploro! -a garota pedia em prantos e lágrimas
-tira essa imunda daqui -o outro falou
O outro guarda a arrastou pelos cabelos brancos, enquanto nesse instante sua avó começava a queimar nas chamas. Naquele instante tudo mudou, a natureza achou seu fio de contato com a jovem e então ela gritou, liberando seus poderes, liberando seus ancestrais por aquele fio extenso de dor.
Os soldados foram jogados longe, ela sentiu seu corpo se contrair e suas asas saírem com extrema força, quase como um parto. Ela se levantou, notando que estava num tom ainda mais branco que a própria neve. Estava mais forte, com mais vigor. Quando partiu para salvar sua avó, uma rede jogada por cima dela a impediu. Ela sentiu seu corpo queimar pela primeira vez, sentiu seus ossos se contorcerem e sua visão embaçar. Ela viu sua avó gritar mais por ajuda e se apoiou no solo, sentiu a força emanar em suas veias, então uma onda de calor saiu de seu corpo arrancando a rede com toda a velocidade.
Avançou fortemente contra um dos soldados, segurando-o pelo pescoço e fazendo questão de apertar, suas unhas cresceram e perfuraram o pescoço dele, o sangue escorreu como vinho por toda sua mão. Ela sentiu o poder invadir mais ainda seu corpo, sentiu aquilo a consumir por inteira. Então uma lâmina fria invadiu seu ombro, ela sentiu dor e caiu, mas seu ódio ainda era maior, sua raiva a consumia como um rastro de pólvora. Ela arrancou a lâmina e perfurou várias vezes o pescoço daquele homem, ele respingou nela, mas ela não parou. Apenas quando seus olhos se reviraram e a floresta se silenciou, ela parou.
Sua avó havia morrido, seu amado havia morrido, ela tinha dons dos quais não sabia controlar, como se esconderia, como esconderia as asas?
-o lago... -os ventos pareceram sussurrar para ela e como uma fiel seguidora, ela foi até o lago e adentrou nele.
Logo, a floresta percebeu que sua filha se encontrava ali. A nova Feiticeira das Águas havia achado seu lugar em meio à natureza. Havia ódio, dor, tristeza e solidão em seu coração. Então, num pacto desesperado para salvar sua Feiticeira, a natureza uniu-se com o destino, prometeu para a Feiticeira que ela encontraria sua verdadeira felicidade na gota de sangue vermelha e na sela de um cavalo negro, mas se partisse por esse caminho, teria que tomar escolhas difíceis. Sem hesitar, ela aceitou e seu destino se encarregou de salvá-la.
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Ela suspirou, erguendo a taça de vinho e levando o copo metálico até sua boca. Mas um leve tremor em sua mão fez com que ela desistisse da ideia. Posicionou o copo com cuidado sobre a escrivaninha e fechou os olhos. Sua cabeça latejava de dor e milhões de pensamentos. Estava perdida e dessa vez, a natureza não quis lhe mostrar o caminho ideal, apenas se manteve em silêncio perante tudo.
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Era Uma Vez -Branca de Neve
Historical FictionEra uma vez, num reino tão tão distante, ou melhor, nem tão distante assim. Uma jovem branca como a neve, cabelos negros como o pelo de um corcel e uma boca tão vermelha quanto o sangue, seu nome era Branca de Neve. Ah, havia também uma rainha, cab...