Olá para vocês, primeiramente eu gostaria de me desculpar pela demora, eu realmente já tinha o capítulo pronto, mas o Spirit teve alguns probleminhas aqui e não consegui fazê-lo antes. Espero que vocês gostem e se possuírem alguma dúvida, comentário ou sugestão eu agradeceria se deixassem aí embaixo. Muito obrigada e vamos lá!!!
Era estranho para Lilith se afastar de onde ela havia praticamente passado parte de sua adolescência e fase adulta. Não que fosse sentir falta, mas ainda sim seus pensamentos vagavam soltos por aí.
Vez ou outra ela olhava para Branca, que andava com os dedos entrelaçados aos seus e sorridentemente falando com a mãe, ela nunca pensou nisso, mas desde sempre amava Branca de Neve. No ódio, na raiva, na cobrança...o amor era refletido em cada uma dessas coisas. Branca fazia ela se questionar, fazia-na ter dúvidas acerca de si mesma e do mundo a sua volta, não, definitivamente ninguém era igual ao seu amor.
Lilith tinha anseios, tinha medos e tinha vontades. Queria poder viver bem longe de reis e reinos juntamente com Branca de Neve, tinha vontade de beijar para sempre os lábios carnudos e adocicados da mais jovem, mas tinha medo de não conseguir...tinha medo de no fim do túnel, tudo ser em vão e ela perder Branca por entre seus dedos. Não, ela não suportaria perder seu amor, seu ar, seu motivo de viver. Não suportaria ver a luz se apagar dos olhos negros da mais nova ou esquecer como era seu sorriso, ela tinha medo e seu medo a fazia querer explodir a qualquer instante, mas seu amor por Branca...ah, seu amor a salvava de si mesma, a salvava da escuridão e da noite que morava em seu interior, a salvava do mundo e do universo inteiro. Ela não sabia, mas a natureza e o destino tinham planos, muitos e muitos planos.
-Estamos quase chegando na vila -Robert disse para Lilith e Maria, que descobriu ser a mãe perdida de Branca.
-Estamos chegando Branca -falou a rainha afagando seus cabelos e acordando-a
-Já? -perguntou a mais nova bocejando
-Sim -disse a mais velha
Eles haviam roubado uma carroça das tropas, depois de uma pequena luta e agora estavam fugindo para o lado contrário ao castelo. Precisavam pensar num plano, em algo que envolvesse dar um fim em Zhenda de uma vez, pelo menos era nisso que Branca falava, mas sempre Lilith desconversava e se afastava. Tinha sido assim nos últimos dois dias, a mais nova não entendia o motivo dela estar tão distante daquele jeito.
-Vamos parar para abastecer a água -Robert se pronunciou estacionando a carroça ao lado de um lago, ele convidou Branca para ajudar e ela aceitou de prontidão
Lilith se distanciou deles e respirou fundo colocando suas mãos sobre a terra, pronunciando novamente palavras numa língua desconhecida. Ela queria saber, queria entender o que viria em seu futuro, mas apenas uma nuvem densa e espessa se manifestava, por que a natureza estava ocultando aquilo dela?
Ela sentia que estava perdendo seu vínculo, seu elo com a natureza, mas pelo que?
-Sozinha aqui? -a voz de Maria tirou-a dos pensamentos
-Tentando ao menos -respondeu com certa aspereza na voz, tipicamente dela. O que fez Maria dar um riso baixo, exatamente como a filha descreveu
-Por que o riso? -indagou a rainha
-Branca descreveu você exatamente como é -disse se escorando numa árvore
-Ela e suas manias de falar demais às vezes -disse ela
-Ela gosta muito de você e às vezes fala até depressa -disse Maria com certa alegria, afinal ela havia perdido sua filha por tanto tempo que amava escutar quando ela lhe falava com alegria
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Era Uma Vez -Branca de Neve
Historische RomaneEra uma vez, num reino tão tão distante, ou melhor, nem tão distante assim. Uma jovem branca como a neve, cabelos negros como o pelo de um corcel e uma boca tão vermelha quanto o sangue, seu nome era Branca de Neve. Ah, havia também uma rainha, cab...