[02] lovely things and how they act in the heart

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[ três avisos antes de começar: o primeiro é, como sempre, esse capítulo não está corrigido! o segundo é, estamos de volta ao passado, e agora vai andar de forma cronológica. o terceiro é, se vocês puderem usar a tag #BTTKsatzu para falar sobre a fanfic no twitter, agradeço muito, ajuda demais na divulgação! ]

Woo girl, you're shinin'
Like a 5th Avenue diamond

MINATOZAKI SANA

Nunca acreditei em amor. Pelo menos não até me acontecer. Eu sabia que, quando pensava em amor, era normal me remeter aos meus pais - ou ao meu pai, e aquilo não era felicidade. Então, para que amar quando não se pode ser feliz amando? Nunca sonhei que descobriria a resposta para essa pergunta, e muito menos que, quando acordei naquele dia, estava tão perto de começar minha jornada para finalmente entender esses sentimentos que algumas pessoas dizem agir no coração.

Sai de casa sem meu pai me perguntar para onde eu ia, e isso já era normal. Não que eu gostasse da sensação. Sempre acabava por olhar de esguelha para ele, sentado no sofá encarando a parede como se visse um filme em uma televisão, e esperava ele dizer algo antes de fechar a porta. Ele nunca dizia nada.

Olhei para os dois lados da subida do pequeno morrinho ladrilhado para confirmar que não seria atingida por uma bicicleta como já aconteceram tantas vezes quando eu era mais nova, e então me pus a descer.

Era sábado e eu não tinha muito a fazer, então apalpei meu bolso traseiro confirmando que carregava comigo o pouco dinheiro que tinha, e saí andando, virando as ruas e cumprimentando as poucas pessoas que conhecia. Se tudo desse certo, aquelas duas estariam lá e então eu teria com o que me ocupar.

Minha vida não era realmente muito feliz, mas eu não me colocaria em lugar de reclamar de nada. Minha mãe morreu anos atrás... muitos anos mesmo, dezenove anos atrás, pois nenhum hospital aceitou atendê-la no momento em que estava passando. Médicos ilegais eram tão poucos na época.

Acho que faltava uma pequena brasa ser lançada para incendiar a vontade de fazer o bem para o próximo nessas pessoas, e eu estava muito perto de conhecê-la.

Quando virei a curva e avistei o bar do fim da rua, rapidamente identifiquei as duas figuras.

Uma sentava no meio fio e rabiscava com um galho no chão agora de terra, e a outra tentava se equilibrar no concreto, vacilando diversas vezes até cair com as botas pesadas no chão onde a de antes rabiscava e receber diversas gravetadas nas coxas.

— Bom dia, jovens — falei em tom alto ao me aproximar e observei os dois olhares caírem em mim, antes de Dahyun me ignorar por breves segundos e dar com o graveto na cabeça de Chaeyoung, fazendo com que quebrasse, e então me olhar com um sorriso angelical no rosto.

— Bom dia, Sana.

Chaeyoung revirou os olhos quando Dahyun falou.

— Estávamos esperando você aparecer — disse Son.

— Motivo? — Perguntei, embora já tivesse ideia.

— Fomos às ruas com mais comércio ontem — disse ela, e puxou a mão para fora do bolso, exibindo um bolo de algumas notas de dinheiro amassadas demais. — Os comerciantes ricos não parecem se importar muito quando deixam notas e notas caírem no chão.

Eu a fuzilei com o olhar.

— Está virando batedora de carteiras? — Perguntei, e Chaeyoung exibiu um sorriso ladino.

— Eu deveria.

— Não deveria, não — disse Dahyun, se virando para Chaeyoung — Se te pegam com uma carteira que não é sua, sabe-se lá para onde vão te levar.

minha namorada é maior que o rei [ hiatus ] Onde histórias criam vida. Descubra agora