Capítulo 3

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Sasuke atravessou o pátio que refletia a luz vermelha do sol, que começava a se pôr, indo em direção à biblioteca que ficava em frente ao prédio principal. Só neste momento, depois do jantar, os prisioneiros eram autorizados a fazer uso dos arquivos.

Ao abrir a porta, que era feita de latão enferrujado, podia se ver altas estantes de livros, alinhados em sucessão. O edifício fora construído inteiramente de arenito e laterita, tornando, a ventilação do edifício de vários andares um local adequado para manter os documentos de pele de ovelha, que podiam ficar descoloridos facilmente.

Aquele lugar era frio. A iluminação fraca era sombria. Uma das únicas fontes de luz eram as pequenas janelas destinadas à ventilação, que iluminavam o chão com quadrados perfeitamente simétricos, onde um pequeno feixe de luz do sol batia naquele momento em Sasuke, que pensava estar sozinho, porém percebeu sombras de outros prisioneiros que estavam sentados no chão, virando páginas dos livros que eles tinham nas mãos. Era difícil que a maioria dos prisioneiros era até alfabetizado ele achava que eles provavelmente estavam olhando as fotos por diversão.

De acordo com o plano dela, Sakura deveria estar esperando por ele na frente de uma estante perto de uma janela localizada a sul da biblioteca. Sasuke começou a se aproximar de Sakura, fingindo até mesmo tocar as prateleiras à procura de um livro. Ele vagueia pelas prateleiras, ficando cada vez mais perto. Ele chegou ao outro lado da estante de livros em que Sakura estava, pegando um livro enquanto encarava sua esposa, não havia ninguém por perto.

- O cara encarregado dos arquivos, ele é meu companheiro de cela - ele diz para ela, escondendo a boca atrás da capa do livro que segurava.

Houve uma pequena pausa antes que uma resposta viesse do outro lado da estante.

-... É o que está dormindo na mesa? Magro, baixinho...

- Ele gosta de apostar. Se tudo se tornar uma aposta, ele aceitará. Eu vou falar com ele primeiro, espere um pouco aqui, aí você aparece depois e me ajuda.

- Entendido - Sakura respondeu, fechando o livro que ela segurava.

Sasuke caminhou até Penjira, que estava com o rosto adormecido nas páginas do livro aberto. Sasuke bateu no ombro dele.

- Oi, Penjira.

- Uwa! Que surpresa - os olhos de Penjira se abriram - Isso é incomum, Sasuke.

- Eu não sabia que você era o encarregado dos arquivos.

- Ao contrário de vocês, minha sentença é mais curta. Estou tentando me tornar um candidato para sair por bom comportamento.

- Se você é um prisioneiro modelo, por que você não cuida melhor dos livros? Parece uma coleção preciosa, mas as páginas onde você dormiu em cima estão ensopadas de baba.

- Oh, merda - a página rasgou enquanto ele tentava esfregar com a manga para secar.

- Ahh, o meu rosto rasgou o Kabinaga...

- Kabinaga?

- Esse cara - Penjira apontou para uma foto de uma criatura de cauda longa. O nome escrito ali era - Titã - era difícil de ler, por conta da poça de saliva, mas parecia que a criatura estava sendo comparada à árvore atrás dela.

- É um livro que contém informações sobre uma tonelada de dinossauros e feras que estão extintas. Mesmo que você não saiba ler, as fotos são legais - Sasuke rapidamente olhou para a explicação escrita ali. Titã: A besta gigante. Um grande dinossauro com um enorme pescoço e cauda extensa. Cerca de 30 metros no total. Vários esqueletos foram achados do estrato que expandia o Centro de Pesquisa de Astronomia Tataru. Embora Sasuke não estivesse familiarizado com isso, os eruditos há muito tempo conheciam criaturas gigantes classificadas como "bestas" que outrora percorreram Redaku. Alguns até se referiam a eles como dinossauros. Deveria haver áreas úmidas planas na área antes que terremotos descessem a terra para formar montanhas. Na época, dinossauros e bestas andavam por ai.

Sasuke Retsuden - Sr. Sra. Uchiha e os céus estreladosOnde histórias criam vida. Descubra agora