Capítulo 1

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Max

Eu estava no meu escritório, olhando das janelas que iam do chão até o teto a vista do Central Park. Era bom ser rico e estar à frente de uma das maiores empresas do ramo de mineração do mundo depois que meu pai finalmente se aposentou. O sol já começava a se por e eu mal poderia esperar para mais uma noite de muito sexo.

O meu iphone 12 Pro Max, assim como eu, vibrou na minha mesa e eu olhei o nome de Brad brilhando na tela.

— Eu pensei que você estivesse indo para a Grécia agora, sentiu saudades?— Meu melhor amigo e jogador de futebol profissional não ligaria para mim justo agora.

— E só que...— Limpou a garganta.— Annelise está aqui.

Se eu não já estivesse sentado poderia ter caído no chão naquele exato momento. Annelise Preston era a minha ex-namorada, passamos meses juntos mantendo nossa relação em segredo, até que ela simplesmente sumiu do mapa. Nenhuma amiga sabia onde ela estava, seus pais nem mesmo queriam olhar na minha cara, tudo por culpa de uma antiga rixa familiar. Eu gastei uma fortuna, não que isso fizesse cócegas no meu bolso, para encontrá-la e não achei nada conclusivo. Nem o caralho de uma pista sobre o seu paradeiro. Quais são as chances de Brad tê-la encontrado justamente em um aeroporto?

— Você tem certeza disso?— Afrouxei um pouco a minha gravata, meu terno de três peças feito sob medida parecia uma gaiola agora.— Annelise está desaparecida há 3 anos.

— É ela e...— O outro lado da linha ficou praticamente mudo, apenas os ruídos do aeroporto poderia ser ouvido.

— Você pode falar logo?

— Ela está com um menino de 3 anos que tem cabelos castanhos e um olho verde e o outro azul. Ele se parece muito com você, Max. Annelise está no aeroporto com o seu filho.

Minha cabeça começou a girar, era como se minha vida estivesse passando diante dos meus olhos. Annelise tem um filho? Um filho que pode ser meu? Meu iphone vibrou na minha mão com uma foto que Brad havia mandado para mim. Eu reconheceria aquele perfil e aqueles cabelos castanhos em qualquer lugar. Ela estava com óculos escuros e roupas simples, mas eu conhecia muito bem aqueles lábios, aquela pinta que ela tinha do lado esquerdo do pescoço. Ao seu lado, um garotinho de 3 anos segurava a sua mão. Ele estava de frente para a câmera e dava para ver com nitidez os seus olhos, iguais aos meus. Era como estar olhando para uma versão em miniatura de mim, um Mini Max, ou Maxinho.

— Você ainda está aí, cara?— A voz grossa do meu amigo me tirou dos meus devaneios.— Max?

— Eu tenho que ir.

— Ir? Você não vai fazer nada?— Quase podia ver sua testa franzindo.

— Ah eu vou sim, não se preocupe.— Desliguei, já traçando o ramal para o meu irmão mais novo. Ele odiaria isso, mas era o que precisava ser feito.— Adam? Mande fechar o aeroporto agora, ninguém pode sair até que eu chegue lá.

— Você quer que eu faça o quê? Simplesmente trancar o aeroporto? Você enlouqueceu?

— Annelise está lá, ela não vai fugir de mim hoje, nem nunca mais.— Meus dedos digitavam freneticamente para que o motorista do meu helicóptero estivesse a postos.— Eu não vou perdê-la novamente.

— Você enlouqueceu.— Adam não era o maior fã de Annelise.— Isso nem mesmo deve ser legal, qual é o problema com você?

— Qual é o problema com você!— Gritei.— Eu sou o CEO desse empresa, seu patrão e seu irmão mais velho, eu estou dizendo para você falar com aquela mulher, que você acha que ninguém sabe que te bate até você gozar, para fechar a merda daquele aeroporto antes que a minha mulher fuja novamente levando o meu filho junto. Ligo novamente em 5 minutos para atualizações.

 Segui até o elevador e antes mesmo de chegar ao heliporto, recebi a mensagem de Adam de que estava tudo feito. As pás do helicóptero já giravam e meu piloto particular já estava a postos, tudo pronto para a minha viagem em busca para encontrar Annelise.

***

A entrada do aeroporto estava um caos, as portas fortemente protegidas e fechadas, as pessoas implorando para entrarem e saírem. eu deveria me sentir culpado por atrapalhar a vida de seja lá quantas pessoas, mas eu não me importava nem um pouco. Depois de 3 anos procurando, finalmente terei Annelise em meus braços e vou poder perguntar o que diabos aconteceu para ela fugir de mim escondendo o meu filho.

Abordei um segurança alto e dei-lhe minha identificação. Ele falou pelo com seus superiores e me lançou um olhar desconfiado, mas liberou a passagem.

— Ei!— Um velho com um bigode farto gritou do meio da multidão.— Se nós não podemos entrar, você também não pode!

— Eu sou rico.— Ele continuou me xingando, mas eu não me importei. Eu estava em uma missão, eu iria encontrar minha amada.

Os meus seguranças me seguram e começaram a buscar por Annelise, embora eu duvidasse que ela estivesse escondida. As pessoas dentro do aeroporto pareciam apreensivas e nervosas. Pegando meu celular, havia uma mensagem de Brad.

Brad: Que merda foi essa que você fez?

Eu: Só queria ter certeza de que ela não fugiria.

Brad: Fechando a porra do aeroporto????

Eu: Em qual portão você está? Ela ainda está perto de você??

Brad: Sim, estamos próximo ao portão C. Não se atrase, meu voo é em 20 minutos.

Corri o mais rápido que pude, esbarrando em algumas pessoas, mas sem ter tempo de pedir desculpas. O portão C parecia estar a quilômetros de mim, essa era com toda a certeza a maior corrida que eu já havia feito em toda minha vida. 3 anos inteiros sem ver Annelisse, sem tocá-la, sem nem mesmo saber o que havia acontecido com ela. Em um acento afastado da multidão, eu a vi. Meu coração bateu descompassadamente e quando eu a olhei. Às vezes eu me perguntava se ela era tão linda quanto eu me lembrava ou se eu apenas fantasiava demais sobre ela, mas agora eu percebia que ela era mais bonita do que eu me lembrava. O garotinho no seu colo mexia num tablet, era da Multilaser e aquilo me fez ofegar, em que condições meu filho estava sendo criado?

Eu caminhei para eles, até que estivesse tão perto que fiz uma sombra neles dois. Annelise levantou a cabeça e, quando me reconheceu, arregalou os olhos e ficou tão pálida quanto a parede atrás dela. Seus braços agarraram o menino com mais força e ele olhou para mim. Os mesmos olhos, nariz e boca, a semelhança era assustadora. Ele olhou para mim, reconhecendo algo que quase ninguém tinha, e sorriu. Annelise permaneceu imóvel, mas eu estendi a mão para ela.

— Creio que temos contas a acertar, meu bem.

*** 

Olá pessoas?? Gostaram do meu livro cringe?? Vou me esforçar para que na próxima att ele esteja pior.

Votem e comentem se acharem que eu mereço e até logo 🖤✨

Baby, Volta Pro Seu Nego? (Trilogia Investe Em Mim #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora