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  P R Ó L O G O 

 Tentava caminhar, sair daquele lugar o mais rápido possível, mas minha visão embaçada graças às lágrimas, não ajudava muito

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 Tentava caminhar, sair daquele lugar o mais rápido possível, mas minha visão embaçada graças às lágrimas, não ajudava muito. Naquele momento, eu tentava tirar forças de onde não tinha para fugir daquele lugar que me causava arrepios, e também para fugir dele

  Estar em um bordel não era algo comum para uma mulher como eu, era um grande desrespeito a minha família estar um lugar sujo - em todos os sentidos da palavra - como aquele. 

Megan, minha madrasta, havia pedido, implorado para que eu não fosse, para que eu ignorasse aquele bilhete anônimo, que dizia claramente que o encontraria ali, até mesmo o numero do quarto estava correto... antes eu tivesse a ouvido, pouparia aquele misto de sentimentos ruins e avassaladores que tomavam conta do meu corpo. 

 Havia acabado de pegar o homem que me jurou amor por toda a vida com duas mulheres poucas horas antes do nosso casamento, ele estava tão ocupado que nem ao menos percebeu que eu cheguei a vê-lo logo de imediato, foi preciso eu gritar por seu nome para ser notada. 

 O que mais me doía era saber que minha irmã mais velha estava certa, um homem como Miguel jamais olharia para uma mulher como eu se não fosse pelo peso do meu sobrenome, mas eu não dei ouvidos, já que Alessandra era amarga com todos e não gostava de ninguém, Miguel se mostrava tão apaixonado que eu não acreditaria mesmo se o próprio dissesse que não me amava.

Soltei um grito fino quando uma mulher esbarrou em mim, me fazendo cair de joelhos no chão. Tentei me levantar usando a raiva que habitava em mim como combustível, levantei e finalmente me arrastando, tentando abrir caminho entre as muitas pessoas que estavam ali, cheguei a saída.

  Outra vez as lágrimas tomaram conta e descendo lentamente, estava no chão outra vez, chorando baixo. Todos os meus planos de vida haviam ido por agua abaixo, viver uma vida feliz, com o homem que supostamente me amava, me respeitava, ter uma família com ele... estava tudo arruinado, porque de forma alguma eu aceitaria me casar com ele depois de ver aquilo com meus próprios, era demais pra mim. No momento que eu vi perdido em sua própria luxuria, decidi que aquele não seria o homem que seria meu marido, não importasse o que eu precisasse fazer pra isso. 

Baby? - uma voz masculina me fez levantar a cabeça e encarei o homem alto desconhecido me encarando preocupado. — Tudo bem?

Antes que eu pudesse responder, ouvi um grito. Era Miguel, ele chamava por meu nome. Cassandra. Como eu odiava ouvir meu nome saindo de sua boca. Levou tanto tempo pra eu aceita-lo como meu marido, mas tudo que eu sentia, todo meu carinho e talvez até o possível amor que cultivávamos, tudo tinha se transformado em nojo, repulsa. 

— Me leva daqui por favor -  pedi ao estranho já entrando em desespero — Por favor, não quero ver ele.

— Tudo bem... - o homem me ajudou a levantar e me guiou até um carro que estava próximo dali. Ouvi Miguel outra vez e caminhei mais rápido ainda, entrando no carro antes que o próprio dono.

A OBSESSÃO DO CONSIGLIERE ||| DREAMEOnde histórias criam vida. Descubra agora